Tribuna Popular

Associação gaúcha destaca necessidade de inclusão dos celíacos

TRIBUNA POPULAR - Art. 100 da LOM - (10 minutos) 
Entidade: Associação dos Celíacos do Brasil – ACELBRA/RS 
Assunto: Doença Celíaca. 
Oradora: Srª Ester Cândido Benatti, vice-presidente.
Ester Benatti com o vereador Cássio Trogildo, que presidiu a sessão (Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)

Na sessão ordinária desta segunda-feira (18/9), da Câmara Municipal de Porto Alegre, o período de Tribuna Popular foi ocupada pela Associação dos Celíacos do Brasil - Seção do Rio Grande do Sul (Acelbra/RS). O assunto abordado foi a doença celíaca, cuidados necessários e dificuldades vividas pelos portadores. A vice-presidente da entidade, Ester Cândido Benatti, falou sobre a importância de inclusão de pessoas com a doença celíaca em atividades cotidianas, além da necessidade de projetos de leis voltados à esta causa. 

"Somos consumidores hipervulneráveis", definiu a representante da Acelbra/RS ao falar sobre os celíacos, pessoas que não podem ingerir glúten, proteína presente no trigo, cevada, centeio e aveia e seus derivados. Esta doença impõe uma condição de saúde aos portadores que, como explicou Benatti, impede o consumo de alimentos como massas e pães. "Há uma dificuldade em seguir o tratamento alimentar, pois é difícil encontrar produtos que não contém glúten". A dificuldade do diagnóstico da doença foi outro dos problemas destacado por ela: "não é possível detectá-la logo no início". 

De acordo com Benatti, a Acelbra/RS atua há 26 anos, sendo a mais antiga do Brasil nesta área, fazendo com o que o Rio Grande do Sul seja pioneiro na luta por direitos relacionados a esta doença. "Uma das conquistas foi a redução da carga tributária da farinha de arroz, que hoje está na cesta básica dos gaúchos". Benatti citou ainda projetos de lei aprovados na Casa, como o Dia Municipal da Celíaco e a lei para cardápios que devem discriminar se o alimento contém glúten ou não. "Precisamos que a sociedade nos veja, que pense em nós e que construa um mundo mais inclusivo, onde se possa ter qualidade de vida", afirmou. 

Texto de: Munique Freitas (estagiária de Jornalismo)
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)