Plenário

Atempa critica a Prefeitura e faz apelo aos vereadores

Entidade aponta perdas salariais, redução de recursos e ataques ao plano de carreira, à Previdência e à aposentadoria

  • Tribuna Popular - Associação dos Trabalhadores em Educação do município de Porto Alegre (ATEMPA). Na foto, a diretora de assuntos educacionais do ATEMPA, Vládia Paz.
    Vládia Vaz relatou a diminuição de verbas para a merenda (Foto: Giulia Secco/CMPA)
  • Tribuna Popular - Associação dos Trabalhadores em Educação do município de Porto Alegre (ATEMPA). Na foto, a vereadora Mônica Leal,  a diretora-geral, Sinthia Santos Mayer e a diretora de assuntos educacionais do ATEMPA, Vládia Paz.
    Para Sinthia Mayer (e), o Executivo tem cometido "atrocidades" (Foto: Leonardo Contursi/CMPA)

A diretora-geral da Associação dos Trabalhadores em Educação do Município de Porto Alegre (Atempa), professora Sinthia Santos Mayer, ocupou a Tribuna Popular da Câmara Municipal na sessão desta segunda-feira (6/8) para denunciar o que considera “atrocidades” cometidas pelo atual governo municipal. “Hoje começa oficialmente o ano letivo, e nós estamos em greve”, disse. Ela enfatizou que, desde 2017, os professores não recebem a reposição da inflação, o que significa perda nos salários da categoria. Segundo Sinthia, o prefeito ainda ataca o plano de carreira, a Previdência e a aposentadoria. 

A professora afirmou que a Atempa é pioneira na construção de um projeto visando à educação pública em Porto Alegre. “Há 20 anos discutimos a importância da inclusão nas escolas. Somos a rede do Projeto Adote, da dança, da Orquestra Villa-Lobos, das aulas de teatro e de capoeira, da hora do conto e da escola 100%”, citou. Sinthia finalizou dizendo que os professores da Atempa são aqueles que compreendem que ensinar não e só transferir conhecimento. “Nós ensinamos como fazer uma leitura de mundo”, acrescentou.

Redução de verba

Vládia Vaz, diretora de Assuntos Educacionais da Atempa, também ocupou a Tribuna Popular, dando sequência às manifestações. “Desde 2017, com a nova rotina, tivemos uma redução de R$ 2 milhões na verba para alimentação”, disse, lamentando ter que dizer para as crianças que não podem mais repetir a carne e que só podem comer um ovo e uma coxinha de galinha.

A diretora ainda disse que os professores não podem mais fazer reuniões pedagógicas durante o expediente e que não contam mais com as assistentes sociais do Município. “Não temos mais para onde encaminhar os alunos que nos contam que tentaram se suicidar”, alertou.

Segundo Vládia, por autoritarismo da Secretaria Municipal da Educação, as escolas perderam 21 vice-diretores. “Estamos adoecendo. Só podemos ir ao médico a cada dois meses”, contou. Para encerrar, ela convidou os vereadores para que se juntem às causas do funcionalismo. “Não temos diálogo com este governo”, criticou. 

Texto: Regina Andrade (reg. prof. 8.423)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)