Presidência

Câmara tenta mediar impasse entre Cais Mauá e Cisne Branco

Dona do barco pediu a mediação da Câmara Foto: Desirée Ferreira
Dona do barco pediu a mediação da Câmara Foto: Desirée Ferreira
O presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereador Professor Garcia (PMDB), acompanhado dos vereadores Bernardino Vendruscolo (PROS) e Lourdes Sprenger (PMDB), esteve reunido, na manhã desta sexta-feira (7/2), com a direção do consórcio Cais Mauá para mediar o impasse referente à permanência do barco Cisne Branco junto ao Cais do Porto da Capital.

No encontro, que aconteceu na Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH), a proprietária do Cisne Branco, Adriane Hilbig, fez uma explanação sobre o caso, alegando que é impossível cumprir o prazo dado pela administração responsável pela revitalização do Cais e que expirou na quarta-feira (5/2).

Ela disse que não existe outra área física para ancorar o barco de turismo, alegando que já procurou outros locais e não encontrou nenhum disponível. “Temos barco de passeio que opera desde 1992 realizando viagens pela orla, prestes a encerrar suas atividades por falta de um ancoradouro” lamentou.

O advogado da Associação Transporte de Turismo de Porto Alegre (ATU), Everton Nunes, lembrou que no projeto da orla do Guaíba, do arquiteto e paisagista Jaime Lerner, o barco será contemplado com um ancoradouro, “mas o projeto levará tempo para ser executado” observou. Disse, ainda, que este é o ano da Copa do Mundo no Brasil, e que Porto Alegre é uma das cidades sedes. “O Cisne Branco é um equipamento turístico da Capital para mostrar a cidade aos turistas, mas enfrenta dificuldades para sobreviver” destacou.

Responsabilidade

Para André Albuquerque, presidente do Cais Mauá (consórcio que venceu a licitação para a revitalização do local), o impasse se estabelece em dois pontos: abastecimento e pernoite do barco. “A entrada e saída de veículos transportando combustível para abastecer o Cisne Branco nos causa preocupação porque estamos em obras e, caso ocorra algum acidente, poderemos ser responsabilizados” justificou, dizendo que para isso seria necessária uma autorização dos órgãos ambientais.

Outro problema é a permanência da embarcação durante a noite no cais, sem nenhum tipo de segurança. Neste ponto sugere para que procure outro local o cisne passar a noite. “Queremos manter o embarque e o desembarque no cais depois do porto revitalizado, mas durante as obras é complicado” concluiu.

Solução

Diante do impasse, Professor Garcia sugeriu a ampliação do prazo para a permanência das atividades no Cais Mauá, possibilidade sinalizada pelo consórcio, mas a administração do Cisne Branco entende que não poderá cumprir os prazos e solicitou apoio da Câmara para que se consiga junto a Superintendência de Portos e Hidrovias a liberação de um ancoradouro no Cais Navegantes para que o Cisne Branco possa pernoitar e ser abastecido.

O presidente e os demais vereadores presentes se prontificaram em marcar uma audiência com o superintendente, coronel Bonete, para encaminhar o pedido o que deverá acontecer ainda este mês. “Queremos mediar as negociações para que não chegue ao judiciário, porque depois de ajuizada qualquer ação cai por terra nossa participação” sentenciou Garcia.

Texto: Flávio Damiani (reg. prof. 6180)