EDUCAÇÃO

Carús cobra manutenção do Unipoa e do Pré-Vestibular Gratuito

Indicação aprovada por apreciação terminativa prevê manutenção dos programas municipais

Movimentação de plenário. Na foto, o vereador André Carús.
Movimentação de plenário. Na foto, o vereador André Carús. (Foto: Henrique Ferreira Bregão/CMPA)
Por solicitação da UEE Livre, DCE Fadergs, DCE Unirritter/FAPA e DCE Unirriter Zona Sul, iniciativa do Vereador André Carús, que prevê a manutenção dos programas Unipoa e Curso Pré-Vestibular Municipal Gratuito, foi aprovada no último dia 27. A Indicação ao Poder Executivo tem como objetivo garantir que jovens de baixa renda tenham a oportunidade de acessar o ensino superior. Em julho, os dois programas tiveram seu fim anunciado pelo Executivo: o Unipoa será mantido apenas para os atuais bolsistas, sem abertura de novas vagas, e o Pré-Vestibular foi encerrado em definitivo.

Pela Indicação aprovada, a Prefeitura deve preservar o Unipoa e o Pré-Vestibular, subordinando a abertura de novas vagas à disponibilidade financeira dos cofres públicos, controlando a evasão e estabelecendo contrapartidas aos estudantes beneficiados. “Mesmo que num primeiro momento ocorra redução da oferta de vagas, os programas não devem acabar. Vamos cobrar do Executivo a implementação da Indicação já a partir de 2018”, destaca Carús.

Para reduzir a evasão escolar, estudantes defendem alterações no Decreto 16.736/2010, que instituiu o Unipoa. Em documento encaminhado ao Executivo, está a sugestão de vincular a renovação da bolsa do Unipoa a 75% de aprovação das disciplinas matriculadas em cada período letivo. “Os estudantes argumentam que a exigência atual de 100% de aprovação para a rematrícula é um dos principais motivos para a não conclusão dos cursos pelos alunos de baixa renda. A alteração solicitada viria ao encontro das exigências de programas como o Prouni e FIES”, disse.    

Carús argumenta ainda que a geração de oportunidade de educação e qualificação para a juventude não pode ser considerada um gasto supérfluo pela atual administração da cidade. “Apostar nos jovens é investir num futuro próspero e em novos talentos, que tanto precisamos. É preciso disputar esses jovens com o mundo das drogas, da criminalidade e desemprego. Uma pesquisa da FGV apontou que quem completou o ensino fundamental tem 35% a mais de chances de ocupação que um analfabeto. O número sobe para 122% na comparação com alguém que tenha o ensino médio e 387% com ensino superior.”