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CCJ apoia trabalho do Banco de Alimentos

Parisi (e) explicou como funciona o banco Foto: Bruno Todeschini
Parisi (e) explicou como funciona o banco Foto: Bruno Todeschini

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal de Porto Alegre vai enviar cópia da ata da reunião de hoje (1/12) à bancada de deputados gaúchos na Câmara Federal. Na ata, os vereadores da CCJ pedem aos parlamentares agilização na votação do projeto apelidado de "bom samaritano", que disciplina a distribuição de sobras de alimentos de restaurantes a entidades assistenciais. Os vereadores decidiram fazer o pedido ao ouvirem relato sobre o trabalho desenvolvido em Porto Alegre pelo Banco de Alimentos. O "bom samaritano" tramita há 12 anos no Congresso.

O Banco de Alimentos é uma organização sem fins lucrativos, apoiada por grandes empresas e pela Fiergs, que recolhe alimentos prontos e não consumidos de restaurantes industriais e produtos hortifrutigranjeiros de 32 supermercados da rede Wal-Mart. Os alimentos são higienizados e inspecionados por nutricionistas e, depois, distribuídos a 331 entidades beneficiadas pelo projeto. "O Banco de Alimentos distribui mensalmente 250 toneladas de comida em Porto Alegre", informou o diretor secretário da organização, Antonio Parisi.

Conforme Parisi, o número de pessoas beneficiadas poderia ser maior se o Banco de Alimentos pudesse recolher as sobras também dos restaurantes comerciais. Explicou, porém, que isso não é possível porque na maioria dos restaurantes comerciais não há um nutricionista responsável pela segurança alimentar dos produtos. "No caso dos estabelecimentos industriais, há sempre um nutricionista responsável, além dos profissionais que trabalham no próprio Banco de Alimentos", observou Parisi.

O Banco de Alimentos foi fundado em 2000. Desde então, já distribuiu 15 milhões de quilos de alimentos. Além das empresas que participam diretamente da doação de alimentos e da Fiergs, a organização tem o apoio do Sindicato das Empresas Transportadoras de Cargas do RS (Setcergs), que se encarrega de fornecer caminhões e funcionários para a distribuição dos produtos.

A sugestão de envio da cópia da ata da reunião à Câmara dos Deputados partiu dos vereadores Luiz Braz (PSDB) e Maria Celeste (PT) e foi apoiada pelos colegas Valter Nagelstein (PMDB), presidente da CCJ, e Bernardino Vendruscolo (PMDB).

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)

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CCJ pede apoio a projeto para distribuição de alimentos