Comissão especial

Secretários tratam de afastamento de servidores

Secretários municipais compareceram à Câmara Municipal Foto: Tonico Alvares
Secretários municipais compareceram à Câmara Municipal Foto: Tonico Alvares

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara que apura o excesso de atestados médicos entre o funcionalismo do município reuniu-se, nesta quinta-feira (30/3), com os secretários municipais da Administração, Sonia Vaz Pinto, e da Saúde, Pedro Gus. Os secretários apresentaram as ações da Prefeitura na tentativa de reduzir os afastamentos e alcançar a melhoria nos serviços públicos da capital.

Segundo Sônia, o alto índice de afastamentos na administração centralizada determinou uma série de iniciativas do Executivo. Além do Serviço de Recursos Humanos na Secretaria Municipal da Administração, para administrar fatos relatados pela rede, foi criada a Gerência de Acompanhamento Funcional, a fim de solucionar conflitos envolvendo servidores e chefias.
Conforme Sônia, a necessidade de prevenção, “para que o dano não seja instalado”, também motivou a criação da Coordenação de Qualidade de Vida do Servidor, pela qual são realizados programas de prevenção à saúde ocupacional, enfrentamento da violência doméstica, uso racional de medicamentos e reeducação alimentar. “Isso tudo pode justificar afastamentos”, alertou a secretária, destacando ainda a reestruturação do serviço de Ouvidoria.

Ao apontar dados do diagnóstico elaborado pela Prefeitura, Sônia considerou alarmantes os números que indicam média de 45 anos entre os servidores municipais, bem como o fato de 27,4% serem mulheres na faixa entre 49 e 57 anos, período em que passam a apresentar mais problemas relacionados à saúde. “Estamos, sim, preocupados com a prevenção”, disse, anunciando a elaboração do Plano de Saúde do Servidor.

O secretário municipal da Saúde, Pedro Gus, reiterou a atenção do Executivo destacando a criação de seis Núcleos de Atenção ao Servidor (NAS) na Capital. “Recebendo ou não a licença, o funcionário conta com a atenção de um profissional na  saúde, que procura amenizar o seu problema”, explicou. Afirmou que, no setor pelo qual responde, a exposição contínua a atividades de risco e insalubres justificaria por si alguns atestados médicos. “As licenças são dadas legalmente, com avaliação”, assinalou, acrescentando que não cabe à secretaria contestar dados.

Também participaram do encontro no plenário Otávio Rocha, presidido pelo vereador João Dib (PP), os vereadores Adeli Sell (PT), vice-presidente da CPI; Neuza Canabarro (PDT), relatora;  Sofia Cavedon (PT), Clênia Maranhão (PPS), Carlos Todeschini (PT) e Angélica Konzen (PMDB) . A próxima reunião da comissão está marcada para quinta-feira (6/4).

Andréia Bueno (reg. prof. 8148)