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Conselho Gestor reclama de sucateamento na UPA Lomba do Pinheiro

  • Visita à Unidade de Pronto Atendimento Lomba do Pinheiro.
    Teresinha, do Conselho Gestor, e vereadores Carús e Oliboni durante a visita à UPA (Foto: Henrique Ferreira Bregão)
  • Visita à Unidade de Pronto Atendimento Lomba do Pinheiro.
    Lâmpadas fluorescentes descartadas ficam jogadas ao lado da Unidade (Foto: Henrique Ferreira Bregão)

Os vereadores André Carús (PMDB) e Aldacir Oliboni (PT), integrantes da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal de Porto Alegre, visitaram, nesta sexta-feira (12/5) pela manhã, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Lomba do Pinheiro. Na ocasião, Carús e Oliboni foram recebidos pela coordenadora-geral da UPA, enfermeira Sirlei Rogélia da Rosa, e por representantes do Conselho Gestor do Pronto Atendimento, que entregaram aos vereadores um documento apontando problemas que necessitam providências urgentes e que podem comprometer o bom atendimento à população.

No documento, os conselheiros elencam quatro problemas principais que permanecem sem providências por parte do Executivo, apesar dos reiterados pedidos encaminhados pelo Conselho: macas, camas e poltronas estão, segundo eles, totalmente sucateadas, colocando os pacientes muitas vezes em risco de queda; há depósito inadequado de sucatas de utensílios diversos no porão da Unidade, as quais são potenciais geradoras de vetores (ratos, mosquitos, escorpiões); é necessário dar destinação adequada aos animais abandonados que circulam pelas dependências da UPA; e há milhares de lâmpadas acumuladas e expostas em área aberta da Unidade, com riscos ao meio ambiente e à saúde das pessoas.

“Nós nos sentimos de mãos atadas, não sabemos mais a quem recorrer para que sejam feitas estas melhorias”, disse Teresinha Medeiros, integrante do Conselho Gestor. Os conselheiros reclamam também que a UPA não dispõe de um profissional para fazer a manutenção da Unidade quando são necessários consertos. Além dos problemas listados no documento entregue pelos conselheiros, o ar-condicionado do prédio está está estragado, e a porta de uma das salas da Unidade permanece caída há cerca de 15 dias, apesar dos pedidos de providências à Secretaria Municipal da Saúde. “Não temos nenhuma cama gradeada. E precisamos mais segurança aqui na UPA, pois convivemos com o tráfico de drogas. A Guarda Municipal precisa estar mais presente.”

Presidente da Cosmam, André Carús observou que as reclamações da comunidade não dizem respeito ao atendimento prestado pela equipe da UPA. “Elas se referem à estrutura e às condições de trabalho oferecidas. São problemas que poderiam ser facilmente solucionados e esbarram em entraves burocráticos.” O vereador considerou “um crime ambiental” o depósito inadequado de lâmpadas fluorescentes em terreno do Pronto Atendimento, colocando a saúde das pessoas em risco. “São providências que a Secretaria da Saúde tem de adotar.”

Para Aldacir Oliboni, a Cosmam se propõe a fazer a intermediação entre a comunidade e o Executivo municipal, a fim de que as reivindicações por melhorias sejam rapidamente atendidas. “É preciso insistir para que a cidade consiga funcionar, apesar dos cortes de gastos prometidos pelo governo.” Os vereadores prometeram encaminhar pedido de providências à Secretaria Municipal da Saúde a respeito das demandas listadas pelo Conselho Gestor.

Texto: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)