Cosmam

Beneficência aguarda empréstimo do Banrisul

Negociações tentam salvar o hospital Beneficência Portuguesa Foto: Elson Sempé Pedroso
Negociações tentam salvar o hospital Beneficência Portuguesa Foto: Elson Sempé Pedroso

A diretoria do Hospital Beneficência Portuguesa e o Sindicato dos Empregados em Hospitais do RS (Sindisaúde) aguardam resposta do Banrisul sobre a solicitação de empréstimo de R$ 1 milhão feita pelo hospital. Representantes do Beneficência e do Sindisaúde informaram, nesta terça-feira (6/5), aos integrantes da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal que o presidente do Banrisul, Fernando Lemos, prometeu dar uma resposta ainda no final da tarde de hoje. De acordo com o diretor administrativo do Beneficência, Robson Morales, a instituição necessita pagar salários atrasados relativos aos meses de fevereiro e março de 2006 e ao 13º salário de 2005 dos seus funcionários, que se encontram em greve há 28 dias. Além disto, o hospital possui dívida de R$ 270 mil com fornecedores. “Só o pagamento dos salários atrasados pode fazer os trabalhadores retornarem ao trabalho”, afirmou o representante do Sindisaúde, Gilmar Luís França.

Morales informou ainda que desde o ano passado, quando tomou posse a nova diretoria, o Beneficência já conseguiu reduzir seu déficit mensal de R$ 260 mil para R$ 90 mil. “Precisamos definir uma estratégia que permita ao hospital continuar ativo até março de 2007, quando já poderá seguir com as suas próprias forças.” Segundo o dirigente, os recursos de R$ 240 mil mensais relativos ao IPE acabam sendo utilizados apenas para a amortização da dívida.

Gilmar França lembrou que, em 30 de março, o Sindisaúde chegou a convencer os trabalhadores a retornarem ao trabalho, assinando documento que dava 30 dias de prazo para a direção buscar empréstimo com o Banrisul e com a garantia de que os trabalhadores receberiam os salários. “No entanto, vimos que ao final do prazo não havia se avançado nada.”

O representante da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Eduardo Elsade, garantiu que a SMS pode facilitar o adiantamento de recursos ao Beneficência relativos à prestação de serviços. No entanto, alertou, a Secretaria não pode assumir a responsabilidade de fazer aportes de outros recursos financeiros. “É preciso que se construa uma saída negociada de maneira mais ampla.”

O presidente da Cosmam, vereador João Carlos Nedel (PP), solicitou aos representantes do Sindisaúde e da Beneficência que dêem um retorno à Comissão sobre as decisões tomadas na assembléia que os funcionários realizarão nesta quarta-feira (7/6) e sobre a evolução das tratativas com o Banrisul.

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)