Plenário

Dificuldades enfrentadas pelo Hemocentro são discutidas na Câmara

O número insuficiente de doadores de sangue foi o tema das Comunicações Temáticas desta quinta-feira.

  • Peíodo para tratar das dificuldades enfrentadas pelo Hemocentro de Porto Alegre. Na foto, a assistente social da instituição, Marilu Peck
    Para Marilu Peck, a sociedade deve se conscientizar sobre a importância da doação de sangue (Foto: Ederson Nunes/CMPA)
  • Peíodo para tratar das dificuldades enfrentadas pelo Hemocentro de Porto Alegre. Na foto, vereador José Freitas
    Vereador José Freitas (PRB) propôs o debate sobre o tema (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

As dificuldades enfrentadas pelo Hemocentro de Porto Alegre foram discutidas durante período de Comunicações Temáticas, na sessão ordinária desta quinta-feira (8/6). A falta de doadores de sangue é a principal preocupação da instituição que veio à Câmara pedir por colaboração dos vereadores sobre a questão. A convite do vereador José Freitas (PRB), a assistente social Marilu Peck, também responsável pela captação de doadores do Hemocentro de Porto Alegre, compareceu ao plenário Otávio Rocha com o objetivo de explicar a importância da doação de sangue para salvar vidas.

Conforme a profissional, a cidade está carente neste setor e isso dificulta o abastecimento de bolsas de sangue em hospitais atendidos pela instituição. Uma atenção especial sobre o assunto é o que reivindica a assistente social, que afirmou que pelo menos 2,5 mil bolsas são necessárias para atender 49 unidades hospitalares. "A responsabilidade não é só do Hemocentro, dos hospitais ou dos profissionais que trabalham lá, mas de todos nós", destacou. Com a preocupação sobre a falta de esclarecimentos da população em relação à prática de doar de sangue, Marilu solicitou uma parceria com a Câmara para que fosse feito um projeto para trabalhar grupos de doação. 

Em suas considerações finais, Marilu agradeceu pela receptividade que o Hemocentro teve na Câmara. "É um assunto que toca muito no coração das pessoas, pois todos nós temos alguém próximo que um dia pode precisar", concluiu. 

Parlamentares

Os vereadores manifestaram apoio à causa:

RECONHECIMENTO -  Tarciso Flecha Negra (PSD) disse ser muito importante a doação de sangue. "Doar sangue é doar vida", constatou. Segundo Tarciso, doar é um ato humanitário que enobrece e salva vidas, pois esta atitude dá esperança a muitos pacientes para continuar vivendo. "É preciso que as pessoas saudáveis doem regularmente", acrescentou. (MF)

CAMPANHAS - Adeli Sell (PT) defendeu a criação de campanhas específicas na Casa, junto a outros tipos de instituições, para que esse espírito de solidariedade se espalhe para o resto do estado. "Estamos aqui efetivamente para nos engajarmos neste processo de doação de sangue", disse ao elogiar os profissionais que continuam nesta batalha. (MF) 

DOADORES - Doar sangue é um gesto humano e universal, segundo Aldacir Oliboni (PT). “Todos podemos ser doadores ou contribuir de alguma forma”, declarou. O vereador salientou a importância do gesto de doar, pois todos, em algum momento, recebem alguma demanda de parentes ou amigos que necessitam de sangue. Atualmente, cerca de 1% da população brasileira “se dispõe a fazer a doação”. Conforme Oliboni, se pelo menos 3% ou 4% dos brasileiros doassem sangue, “não precisaríamos de campanhas”. Para ele, doar sangue é doar vida. (CM)

VAZIOS - José Freitas (PRB) contou que, recentemente, realizou duas cirurgias e precisou de doação de sangue. “Precisamos conscientizar as pessoas que é fundamental doar”, pois a transfusão dá a possibilidade de as pessoas terem “uma vida mais longa”. O vereador sugeriu trazer a unidade móvel de doação de sangue à Câmara Municipal para conscientizar e dar oportunidade para os funcionários da Casa doarem. Por fim, Freitas direcionou-se à convidada e disse que imagina ser angustiante “ter tantos hospitais precisando de sangue e ver os conservadores do Hemocentro vazios”. (CM)

RECONHECIMENTO II - Mencionando que é doador de sangue desde a época da faculdade, o Professor Alex Fraga (PSOL) comentou que ”sempre temos alguém que está precisando de doação”. Conforme o vereador, doar sangue “é um ato de vida, além de ser um hábito saudável” que proporciona perspectivas às pessoas que necessitam de transfusão. “Aqui no Brasil, somos, de certa forma, abençoados porque temos uma frequência muito grande do grupamento sanguíneo O”. Entretanto, explicou, parte da população acha que não pode ser doadora por falta de informação. Ao final, recomendou que a Câmara viabilizasse horários para a doação de sangue no ambulatório da Casa. (CM)

HORÁRIOS - “Precisamos ser multiplicadores desta ideia de que doar sangue é um ato de amor”, declarou a Comandante Nádia (PMDB) ao iniciar seu discurso na tribuna do Plenário Otávio Rocha. Ela também expôs que é doadora de sangue e que, em alguns locais, enfrenta dificuldades para realizar a doação em função da lotação. Segundo a vereadora, uma das causas para a baixa adesão de doadores pode estar nos horários limitados de doação. “Um horário mais estendido talvez facilitasse. Salvamos vidas com a doação de sangue”, encerrou. (CM)

Texto: Munique Freitas (estagiária de Jornalismo) 
               Cleunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)