Cultura

Espetáculo sobre a Revolução Farroupilha teve estreia na Orla

Neste sábado e domingo haverá mais duas apresentações, sempre às 20 horas, com entrada gratuita.

  • Primeira noite de apresentação do espetáculo "Revolução Farroupilha, uma História de Sangue e Metal", na Orla Moacyr Scliar.
    Com direção-geral de Clóvis Rocha, espetáculo multimídia tem 50 artistas em cena (Foto: Ederson Nunes/CMPA)
  • Primeira noite de apresentação do espetáculo "Revolução Farroupilha, uma História de Sangue e Metal", na Orla Moacyr Scliar.
    Público prestigiou evento que reuniu dança, teatro, circo e música (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

A Orla Moacyr Sclliar recebeu na noite desta sexta-feira (30/11) a primeira apresentação da Ópera Rock com o espetáculo cantado da Revolução Farroupilha – Uma História de Sangue e Metal. A encenação contou com um público animado que prestigiou o evento reunindo dança, teatro, circo e música. A iniciativa foi promovida pela Câmara Municipal de Porto Alegre em conjunto com a Secretaria Municipal de Cultura. Neste sábado (1º/12) e no domingo (2/12) haverá mais duas apresentações do espetáculo, sempre às 20 horas, com acesso gratuito à Orla Moacyr Scliar (Avenida Edvaldo Pereira Paiva).

O musical teve como ponto de partida o universo da obra Revolução Farroupilha, do escritor Luiz Coronel, e no espetáculo a direção-geral foi de Clóvis Rocha. Segundo o diretor, a apresentação foi feita em cinco atos, sendo um espetáculo de multimídia, tendo em cena 50 artistas, somando um total de 120 profissionais envolvidos. “A obra narrou as lutas envolvendo os personagens, conflitos e desenlace, bem como sua significação profunda para a identidade gaúcha.” Para tanto, Rocha lembra que Coronel buscou sustentação no livro Farrapos, de Walter Spalding, e no valioso material das edições de Revolução Farroupilha - Cronologia do Decênio Heroico, de Antônio Augusto Fagundes; de Os Farrapos, de Carlos Urbim; de Homens Ilustres do Rio Grande do Sul, de Aquiles Porto Alegre; e do Cancioneiro da Revolução de 1835, de Apolinário Porto Alegre.

Proposta

O diretor explica também que nesta montagem o roteiro não promove uma celebração incondicional. "Mais importante para mim são as ideias que podem ser retiradas e que foram criadas por aqueles que estavam bem avante das propostas existentes no Brasil naquele momento. (A Revolução Farroupilha) tem um quê precursor, mas tem seus erros também", comenta Clóvis Rocha.

Apesar das diferentes propostas, o tom é o mesmo durante toda a atração, garante o diretor-geral. "O tom é dado por dois personagens que perpassam toda a história. Um representa os generais farrapos, mas é um pajeador. A outra é uma mulher que representa as gaúchas, as mães, a revolução", descreve o diretor, ressaltando que uma banda ajuda a fazer a costura.

Luiz Coronel ressaltou que qualquer compensação a esse projeto fica pequeno, pois essa identidade é do gaúcho com seus personagens e seus fatos. “Espero que esse acontecimento se multiplique e que percorra outros palcos, pois é uma reverência ao nosso povo, principalmente pela maneira que está sendo contada aqui com esse trabalho tão bem elaborado”.

Participam instrumentistas, cantores e atores como Erick Endres, Paulinho e Ernesto Fagundes, Valéria Houston e Rossendo Rodrigues, entre outros. Os poemas musicados foram adaptados por João Maldonado e Éverson Vargas. Há também poemas declamados e dançados ao longo da montagem. Já o trabalho de Danúbio Gonçalves é referência nos figurinos e apareceu nas projeções, como pano de fundo para a narrativa. O musical intitulado como ópera rock trouxe também a música clássica, o pop e o tradicionalismo durante todo o espetáculo.

Idealizador

O presidente da Câmara, vereador Valter Nagelstein (MDB), idealizador da iniciativa, parabenizou o espetáculo. “Estamos nesta noite compartilhando com a cidade um evento de qualidade e dando um presente a todos os gaúchos. Isso é fazer cultura, e a Câmara Municipal e a Secretaria de Cultura conseguiram realizar esse sonho, precisamos investir mais na nossa história”, ressalta.

O secretário municipal de Cultura, Luciano Alabarse, também saudou a iniciativa dizendo que essa ideia deve ser regular e que, além de “ressaltar a cultura do nosso Estado, proporciona a geração de trabalho e renda, fazendo de Porto Alegre uma referência para todo o Brasil”.

Também estiveram presentes no espetáculo o ex-prefeito de Porto Alegre José Fogaça, o prefeito de Canoas, Luiz Carlos Busato, os secretários municipais Ramiro Rosário e Carlos Siegle e os vereadores Cassio Trogildo (PTB), Reginaldo Pujol (DEM) e Sofia Cavedon (PT).

Texto: Priscila Bittencourte (reg. prof. 14806)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)

 

 

Tópicos:sangue e metalRevolução Farroupilhaópera rock