Informatização na educação avaliada na Cece
A Comissão de Educação, Cultura, Esportes e Juventude (Cece) realizou nesta tarde (2/3), no Plenário Ana Terra, o painel Alunos Digitais Escolas Analógicas. O objetivo foi a troca de experiências com o intuito de encontrar mecanismos que permitam ampliar e otimizar essa importante ferramenta na educação regular, em todos os níveis de ensino.
A professora da PUC, especialista em Ciência da Computação, Lúcia Maria Martins Giraffa, informou que desde a década de 80 existem programas de educação na área da informática, e já nessa época se pensava em colocar programas de tecnologia da informática (TI) nas escolas. "O tema TI é fascinante e com o incremento da banda larga com custo acessível todas as pessoas se comunicam". O que precisa ainda, afirmou, é a inclusão social para um melhor aproveitamento e aprendizado, para que as pessoas não fiquem tão alijadas das informações.
De acordo com Lúcia Maria, o aprendizado é constante: "Tudo na vida é um aprendizado. Conforme ela, o computador já foi significativo, mas o grande impacto para todos é a internet. Lúcia Maria disse também que as salas de aula são atendidas hoje em dia pelos e-mails que permitem a um aluno, por exemplo, entregar um trabalho após o horário da aula. Nós, professores, não defendemos a virtualização das aulas mas como um complemento e auxilio para o aluno, argumentou ainda.
Outro dado trazido pela professora é que a escola deixou de ser um local repositório de informações. "A Internet substitui e oferece uma série de serviços com informações. Também existem vários serviços que permitem ao professor construir aulas, montar cursos e fazer com que suas atividades pedagógicas se tornem interessantes". Para ela, existe ainda a necessidade da banda larga nas escolas para que se possa utilizar o material disponível para educar.
A segunda convidada, professora da Ufrgs Mara Lúcia Carneiro, especialista em Metodologia do Ensino Superior e Informática na Educação, fez uma breve demonstração do que era uma máquina de computador na década de 60 e um nos dias de hoje. "Antigamente, as pessoas não sabiam e tinham medo de utilizar um computador. Hoje, a internet é uma necessidade", afirmou. As crianças já nascem com todas as informações, argumentou. "Os professores de hoje necessitam reaprender outras formas de ensinar. O aluno busca outras informações e acaba entrando em confronto com o professor", lembrou ainda. O professor necessita buscar na forma de ensinar o que precisa para ser melhor completou ela.
Na opinião de Zilmino Tartari, diretor técnico da Companhia de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre (Procempa), é um desafio como gestor público e educador diminuir as diferenças. Em Porto Alegre a Secretaria Municipal de Educação (Smed) está privilegiada entre as Capitais, pois possui 95 escolas com conexão na Internet em banda larga com laboratórios disponibilizados aos alunos em pleno funcionamento. Os meios estão disponíveis, agora temos que utilizar a tecnologia disponível, ressaltou.
Daniela Bortolon da Silva, professora da rede municipal de Porto Alegre, trabalha há 13 anos com Tecnologia da Informática (TI) em cinco escolas pólos. Conforme Daniela, de 1993 até 2006 houve investimentos para ampliação dos laboratórios de 40 escolas de educação infantil atendendo às necessidades pedagógicas de cada escola. Em 2006 também foram renovados os computadores. Mudar a cultura de ensino é o que leva mais tempo, implantar redes e programas é fácil, afirmou.
Adultos
Outro tema tratado na Cece nesta terça-feira foi a política de educação de jovens e adultos (EJA) na rede municipal de ensino da Capital. De acordo com o presidente da Comissão, vereador Mauro Zacher (PDT), a discussão sobre o EJA no Município está satisfatória.
Participaram da reunião os vereadores Mauro Zacher (PDT) presidente da Cece, Sofia Cavedon (PT) vice-presidente, Fernanda Melchionna (PSOL) , Haroldo de Souza (PMDB) e Tarciso Flecha Negra (PDT).
Regina Tubino Pereira (reg. prof. 5607)