Instalação

Instalada Frente em Defesa do Artesanato e da Economia Criativa

A reunião de lançamento recebeu lideranças de entidades e elegeu comitê de atuação.

  • Instalação da Frente Parlamentar em defesa do artesanato e da economia solidária. Na foto: vereador Aldacir Oliboni (de barba), presidente da Frente.
    Mesa foi composta por lideranças de entidades ligadas à arte (Foto: Leonardo Contursi/CMPA)
  • Instalação da Frente Parlamentar em defesa do artesanato e da economia solidária. Na foto: vereador Aldacir Oliboni (de barba), presidente da Frente.
    Frente visa levar ao Executivo demandas ligadas ao artesanato e à economia criativa (Foto: Leonardo Contursi/CMPA)

Foi realizada, na tarde desta sexta-feira (7/4), na Câmara Municipal de Porto Alegre, a reunião de instalação da Frente Parlamentar em Defesa do Artesanato e da Economia Criativa. Conforme o proponente, vereador Aldacir Oliboni (PT), a Frente tem o objetivo de estabelecer um fórum de discussão com o Executivo sobre seus temas e elencar demandas para o desenvolvimento das artes e da economia sustentável.

Integrante do Fórum Nacional de Segurança Alimentar dos Povos de Matriz Africana, a suplente de vereadora Iyà Vera Soares (PT) descreveu o encontro como “um momento nobre e singelo”. “Em sua gênese, a Frente trata também de promover a igualdade social”, garantiu. Para Milton Bernardes, representante da Frente Estadual em Defesa da Economia Solidária, da Assembleia Legislativa, a solidariedade promovida no encontro é a única alternativa para viver em paz. “Que a Frente tenha muita energia para trabalhar e construir avanços, neste momento de retrocessos políticos”, desejou ele, repassando a Oliboni um relatório do órgão estadual.

Demandas

Na mesma linha, Rejane Verardo, da Frente Gaúcha dos Artesãos, apontou que a iniciativa atende um anseio da classe, que reivindica políticas para desenvolvimento do artesanato em Porto Alegre. “O desemprego aumentou a quantidade de pessoas na economia informal, o que afetou nosso segmento de maneira desregulada e desleal”, atestou. Segundo Rejane, o poder público deve ter um olhar abrangente, “de reflexão e análise” sobre a causa. “Se fazem necessárias uma política de regularização, a qualificação das feiras e a ampliação para novos espaços, melhor divulgação e um programa municipal de qualificação”, apontou.

Por sua vez, Marco Antônio Darkiewicz, presidente da Associação dos Artesãos do Rio Grande do Sul, mostrou-se cético ao esperar políticas públicas do Executivo. “Temos que valorizar e fortalecer o que já é tradicional e locais onde pode ser feita uma divulgação histórica”, opinou. De acordo com ele, há vários “briques” em formação no município, que devem ser aproximados das comunidades. “Temos que criar uma noção de que ali passe a ser também um lugar de convívio, não apenas de comércio”, declarou, apontando ainda a possibilidade da retomada da feira realizada na Usina do Gasômetro.

Representando a Associação do Voluntariado e da Solidariedade (Avesol), a supervisora administrativa Daniela Pimentel salientou que a economia solidária comporta áreas como a alimentação, reciclagem e prestação de serviço e que essas iniciativas são espaços importantes na interação social. “Atividades de fomento devem estar presentes nas comunidades para diminuir a violência, através do diálogo e da expressão cultural”, sustentou, afirmando que as feiras de economia solidária da Capital devem ser regionalizadas.

Além de Oliboni, compõem a Frente Parlamentar em Defesa do Artesanato e da Economia Criativa os vereadores Adeli Sell (PT), Sofia Cavedon (PT), João Carlos Nedel (PP), Fernanda Melchionna (PSOL), Márcio Bins Ely (PDT) e André Carús (PMDB) – que também compareceu ao encontro. A reunião foi prestigiada ainda por integrantes do Brique da Redenção, da Cooperativa de Artesãos Gaúchos e demais artesãos e expositores ligados às artes.

No final do evento, as entidades presentes formaram um comitê de atuação da Frente Parlamentar, que comandará os trabalhos e elegerá demandas para pautar o diálogo junto ao Executivo.

Texto: Paulo Egidio (estagiário de Jornalismo)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)