Luto

Morre a socióloga Lícia Peres

Vítima de câncer, Lícia faleceu nesta quinta. Velório ocorrerá a partir das 9h de sexta-feira na Câmara.

Na foto: Lícia Peres
Lícia foi atuante na defesa dos direitos humanos (Foto: Mariana Fontoura)

O Palácio Aloisio Filho, da Câmara Municipal de Porto Alegre, sediará, nesta sexta-feira (17/3), o velório da socióloga Lícia Peres. Ela faleceu nesta quinta-feira (16/3) no Hospital Mãe de Deus, onde estava hospitalizada para tratamento de um câncer, doença que enfrentava já há mais de um ano. As despedidas acontecerão entre as 9h e as 11h30min, no Teatro Glênio Peres, no segundo piso da sede da Câmara. O espaço leva o nome do seu marido Glênio, falecido em 1988, vereador eleito e cassado pelo regime militar após o seu discurso de posse na Câmara Municipal, em 1977.

Gaúcha e porto-alegrense de coração, Lícia Margarida Macedo de Aguiar Peres nasceu em 1940, em Salvador (BA). Casou-se com o jornalista gaúcho Glênio Peres e veio morar em Porto Alegre em 1964. Lícia cursou Ciências Sociais na Ufrgs e iniciou sua militância política no movimento estudantil. Sua atuação, entretanto, ganhou destaque como ativista na resistência à ditadura militar. Filiou-se ao MDB. Fundou e presidiu o Comitê Feminino pela Anistia no Rio Grande do Sul e, mais tarde, foi fundadora do PDT ao lado de Leonel Brizola e outros líderes trabalhistas. Em 1985, o marido Glênio se elegeu vice-prefeito de Porto Alegre na chapa encabeçada por Alceu Collares. Lícia disputou o mesmo posto em 2004, com a candidatura de Vieira da Cunha a prefeito. Ainda integrou a comissão do Acervo de Luta contra a Ditadura no Rio Grande do Sul desde sua criação, no início de 2000.


Texto: Milton Gerson (reg. prof. 6539)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)