Sessão Especial

Nova presidente promete priorizar bem-estar da cidade

A vereadora Mônica Leal garante que não adotará uma “postura contemplativa” em relação à Prefeitura

  • Sessão Especial de posse da Mesa Diretora 2019. Na foto, a vereadora Mônica Leal.
    Vereadora Mônica Leal (PP) é a quarta mulher a assumir a presidência da Câmara nos 245 anos da Casa (Foto: Giulia Secco/CMPA)
  • Sessão Especial de posse da Mesa Diretora 2019. Na foto, a vereadora Mônica Leal.
    Na tribuna, a nova presidente fez menção especial à memória de seu pai, ex-vereador Pedro Américo Leal (Foto: Giulia Secco/CMPA)

No primeiro discurso como presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, nesta quinta-feira (3/1), a vereadora Mônica Leal (PP) disse que comandar o Legislativo em 2019 será um grande desafio, mas também “o curso natural” de uma trajetória dedicada à Casa, à política e ao partido. Garantiu que, à frente da Mesa Diretora, priorizará o interesse coletivo, o bem-estar da cidade e o pleno funcionamento da Câmara, com total cumprimento da Lei e do Regimento Interno. Também afirmou que, ao longo de sua gestão, não adotará “uma postura contemplativa em relação ao Executivo”.

Como lembrou Mônica, uma das principais funções dos vereadores é legislar cumprindo a Lei, com obediência aos ritos dos processos e aos critérios legais que norteiam o trabalho legislativo e transparência dos atos normativos, para garantir uma legislação justa e acima de interesses. “Serão cumpridos, religiosamente, o Regimento Interno e a Lei”, prosseguiu. “Ressalto que não terei uma postura contemplativa em relação ao Executivo Municipal, mas, sim, atuarei no sentido de cobrar medidas necessárias para o cuidado da cidade e o bem-estar dos porto-alegrenses.” Frisou, no entanto, que estará sempre pronta para o diálogo, “fundamental à boa administração que nossa cidade merece”, adotando postura conciliatória e mediadora.

A vereadora também destacou a importância de a Câmara “estar bem, operacional, estrutural e financeiramente para atender e ser útil ao município e buscar eficiência e qualidade na prestação de serviços e na economicidade”. Disse que está ciente de que terá de dar prosseguimento a projetos importantes nas áreas de qualificação profissional, segurança, sustentabilidade, infraestrutura, tecnologia e manutenção. “Afinal estamos falando do Palácio Aloísio Filho e seus mais de 14 mil metros quadrados construídos”, acrescentou. 

Segunda casa

Mônica prosseguiu dizendo que se sente agradecida e motivada por iniciar neste novo papel conferido a ela pela votação dos colegas vereadores (realizada em dezembro de 2018). Para ela, sua eleição para a Presidência da Câmara é também um reconhecimento “da legítima importância da participação das mulheres na política”.

A presidente salientou que foi a primeira representante feminina do PP a compor a diretoria da Câmara e ser eleita para comandar a Mesa Diretora e a Casa. “A primeira vereadora de um partido de direita e a quarta mulher a presidir este Legislativo em 245 anos de história”, reiterou. “O meu vínculo pessoal com este lugar é muito forte, já conta 25 anos, e me remete a 1993”, enfatizou, definindo a Câmara como sua “segunda casa”.

Legado paterno

O trabalho na Câmara foi lembrado por Mônica: “Comecei como a assessora da assessora no gabinete do meu pai, vereador Pedro Américo Leal, que iniciava o primeiro dos seus três mandatos. E com ele trabalhei por 12 anos”. Ela contou que passou por todos os cargos no gabinete parlamentar e, somente no último mandato de Pedro Américo, chegou à chefia. “Com isso, e com o seu exemplo diário, como político e como ser humano, aprendi muito sobre o Legislativo, sobre a vereança, sobre atendimento à população e sobre política”, disse.

Em 2004, ano de eleições municipais, como relatou, o pai decidiu não mais concorrer, declarando ela como sua herdeira política. Após a decisão paterna e formada em Jornalismo, seus planos voltaram-se para a área da Comunicação. Mas, "a partir dali, como filha de bom soldado, cumpri a missão". Fez sua primeira campanha como candidata e iniciou a caminhada como vereadora. "Passei por duas suplências, fui vice-líder do governo José Fogaça e, por duas vezes, líder da Bancada Progressista", informou. Em 2016, ela foi eleita vereadora titular.

Antes de encerrar o discurso, Mônica agradeceu o apoio de sua equipe, do PP, dos colegas de bancada, dos servidores da Câmara, da Mesa Diretora e demais vereadores. Enfatizou sua gratidão à família, especialmente a Pedro Américo, já falecido. “Dedico este e cada passo da minha caminhada política ao meu pai, que me ensinou o significado do trabalho comprometido com a Lei e realizado com seriedade e compromisso pelo bem comum”, afirmou. “Foi minha inspiração e meu guia”, disse, garantindo que busca dar continuidade à mesma causa dele: a segurança pública.

Encerramento

A presidente disse ainda que é com muito entusiasmo que assume à honrosa tarefa de presidir a Câmara em 2019, que se soma ao seu trabalho como vereadora, contando com o “auxílio precioso” das diretorias, assessorias, da Procuradoria e de todos os vereadores. “De alma e coração, o meu muito, muito obrigada”, declarou.

Por fim, Mônica convocou todos os vereadores para a primeira sessão ordinária de 2019, que se realizará às 14 horas do dia 4 de fevereiro.

Texto: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)

 

Tópicos:Mesa Diretora 2019possevereadora Mônica Leal (PP)