Plenário

Observatório Social de Porto Alegre é apresentado aos vereadores

Diogo Chamun preside o Observatório Foto: Ederson Nunes
Diogo Chamun preside o Observatório Foto: Ederson Nunes (Foto: Foto de Ederson Nunes/CMPA)
O acompanhamento de um Observatório Social é de extrema importância para a sociedade. Entre as principais características do Observatório Social de Porto Alegre estão a sustentabilidade, a representatividade, a estrutura (formada basicamente por voluntários) e também, a capacidade. A afirmação foi feita nesta quinta-feira (19/3) pelo presidente do Observatório Social de Porto Alegre, Diogo Chamun, durante o período de Comunicações Temáticas, na sessão ordinária da Câmara Municipal de Porto Alegre, que debateu questões referentes à organização não-governamental.

Na sessão ocorrida no Plenário Otávio Rocha, Diogo Chamun explicou qual é a função da instituição, criada no dia 16 de dezembro do ano passado. "No Observatório, a maioria exerce trabalho voluntário. Os principais eixos em que atuamos é a conscientização da cidadania fiscal e a busca pelo apoio público." Segundo Chamun, o objetivo deste projeto é o apoio àqueles que necessitam; na maioria das vezes, crianças. E, em casos que os problemas não tem resolução, os mesmo são encaminhados para o poder público.

A estrutura do Observatório possui, segundo Chamun, cerca de 40 voluntários treinados para exercer as funções. Ao exemplificar as funções exercidas pelo Observatório, ele citou a compra de materiais escolares para crianças carentes, onde o processo de compra e entrega é fiscalizada e realizada pela instituição. "Nós temos alguns exemplos de ações realizadas pelo Observatório Social do município de Maringá. Lá, por um erro na ata, a prefeitura da cidade arcaria com uma despesa de R$ 200 mil na compra de remédios que, na verdade, deveriam ter custo de R$ 26 mil. O prejuízo não aconteceu devido ao trabalho do Observatório local", disse.

Finalizações

Finalizando a apresentação sobre o Observatório Social de Porto Alegre, o presidente da instituição afirmou que existem 2 mil voluntários atuando nos Observatórios de todo o Brasil. “Estamos captando ainda mais voluntários. Temos em nosso escopo fazer o acompanhamento de cargos e salários. Tudo isso fica sob o olhar do Observatório dividido em um sistema alimentado com histórico de dados em todo país, validando preços dentro da normalidade”, concluiu Chamum.
 
Já para o presidente do Conselho Consultivo do Observatório Social de Porto Alegre, Pedro Gabril, há também indicadores externos que falam da efetividade das políticas públicas empreendidas. “Nós temos condições de acompanhar cidades com dados externos de eficácia da gestão, bem como a efetividade dos processos. O Observatório Social da capital gaúcha não atua somente em licitações. Nós compomos quatro áreas prioritárias de atuação, com programas de qualidade na atuação pública, sendo eles: educação (aquisições, merenda, transporte, uniformes, material escolar), saúde (medicamentos e equipamentos), obras e terceirizações”, destacou Pedro, lembrando que a instituição trabalha com uma rede de observatórios sociais, estando agendado um encontro nacional, em Brasília, para a próxima semana.


Texto: Clara Porto Alegre (estagiária de Jornalismo)
   Mariana Kruse (reg. prof. 12088)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)