Saúde

Outubro Rosa: Campanha recolhe doações para pacientes de câncer

Setor de Taquigrafia da Casa realiza anualmente esta atividade voltada ao apoio de mulheres carentes

Outubro Rosa.
Taquigrafas da Câmara Municipal recolhem doações destinadas para mulheres carentes (Foto: Tonico Alvares/CMPA)

O Setor de Taquigrafia da Câmara Municipal de Porto Alegre, formado essencialmente por servidoras mulheres, está promovendo campanha em alusão ao Outubro Rosa, mês de conscientização sobre o Câncer de Mama. A campanha recebe até o dia 26 doações que serão encaminhada ao Centro de Convivência do Hospital Santa Rita, da Santa Casa de Misericórdia da Capital.

Estão sendo recolhidos no setor, localizado no piso térreo do Legislativo de Porto Alegre, lenços de cabeça, echarpes, perucas, escovas de dentes, creme dental, sabonetes - exclusivamente de glicerina - e toalhas de lavabo. Os itens serão distribuídos para pacientes carentes, a fim de auxiliar na higiene e na auto-estima de quem sofre com esta doença.

Segundo a taquígrafa Cláudia Coelho, o Hospital Santa Rita recebe pacientes com todos os tipos de câncer, inclusive de mama, provenientes de todo o estado, para fazer radioterapia, quimioterapia e consulta médica. "Alguns vem sem nada (de itens pessoais) e acabam ficando internados para realizar o tratamento", destaca ela. Para Ana Paula Franchetto, também taquígrafa, a campanha de Outubro Rosa serve para ajudar quem precisa, junto com várias instituições, que auxiliam das mais diversas formas.

Sobre o sabonete ser exclusivamente de glicerina, Cláudia explica que este é natural, feito quase sem produtos químicos, não agredindo tanto a pele das pacientes, que ficam mais sensíveis com o tratamento. Outros sabonetes são contra-indicados. Ela lembra também da importância das mulheres apalparem periodicamente suas mamas. Conforme destaca ainda a taquígrafa, com isso se pode ter um diagnóstico precoce da doença.

Sintomas e detecção

O Câncer de Mama, é causado pela multiplicação de células anormais da mama, que formam um tumor. Há, contudo, vários tipos da doença, alguns com desenvolvimento rápido enquanto outros são mais lentos, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Ainda conforme informações da página eletrônica do Inca, é importante que as mulheres observem suas mamas sempre que se sentirem confortáveis para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem técnica específica, valorizando a descoberta casual de pequenas alterações mamárias.

Os principais sinais e sintomas do câncer de mama são:

  • Caroço (nódulo) fixo, endurecido e, geralmente, indolor;
  • Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
  • Alterações no bico do peito (mamilo);
  • Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço;
  • Saída espontânea de líquido dos mamilos

Ao notarem um destes sinais, as mulheres devem procurar imediatamente um serviço para avaliação diagnóstica ao identificarem alterações persistentes nas mamas. No entanto, tais alterações podem não ser câncer de mama. Vale lembrar que existe tratamento para câncer de mama, e o Ministério da Saúde oferece atendimento por meio do Sistema Único de Saúde, o SUS.

Com o exame, o câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando assim as chances de tratamento e cura. Todas as mulheres, independentemente da idade, podem conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres.

Além de estar atenta ao próprio corpo, também é recomendado que mulheres de 50 a 69 anos façam uma mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) a cada dois anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes do surgimento dos sintomas. A mamografia é uma radiografia das mamas feita por um equipamento de raios X chamado mamógrafo, capaz de identificar alterações suspeitas. Mulheres com risco elevado para câncer de mama devem conversar com seu médico para avaliação do risco para decidir a conduta a ser adotada.

Texto: Matheus Lourenço (estagiário de Jornalismo)
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)