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Parada Livre pode ser incluída no Calendário de Porto Alegre

Movimentação de planário. Na foto, verador Moisés Maluco do Bem.
Vereador Moisés Maluco do Bem (PSDB) (Foto: Leonardo Contursi/CMPA)

Acrescentar o Dia da Parada Livre no Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre é o que propõe o projeto de lei Nº 1341/17 do Legislativo municipal. Apresentado por Moisés Maluco do Bem (PSDB), o PL “atende à solicitação coletiva das entidades”, declarou.

Conforme o vereador, a luta pelos direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTT) vem ganhando visibilidade nas últimas décadas, mas ainda “é um debate controverso e desafiador”. Em 1994, os vereadores de Porto Alegre criaram uma lei proibindo a discriminação com base na orientação sexual. Este ano, por iniciativa do Nuances – Grupo Pela Livre Expressão Sexual –, foi apresentada uma proposta de alteração da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, no seu artigo 150, incluindo o termo “orientação sexual” no rol das discriminações proibidas.

Nesse sentido, a capital gaúcha tem sido uma das pioneiras na luta pelo reconhecimento de todas as opções sexuais, com a Parada Livre se constituindo num dos eventos mais significativos da cidade, reunindo milhares de pessoas. Segundo Moisés, a Parada “é um evento democrático em sua participação” e nesses 20 anos sempre contou com o apoio do Poder Público local, sendo realizada em um local de referência da cidade, o parque Farroupilha (Redenção). Além disso, “alcançou visibilidade política, repercutindo de forma pedagógica e mudando a percepção coletiva das questões que envolvem a população LGBTT, trazendo para a cena pública cidadãos e cidadãs que antes tinham dificuldade de assumir sua condição sexual no espaço público”.

O vereador sugere que a data oficial do evento passe a ser o último domingo do mês de novembro. “Ele faz parte da história da luta pela conscientização e pelo combate à discriminação sexual, o que justifica a permanência do nome originário, Parada Livre”, declarou.

Texto: Cleunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)