Esportes

Paratleta campeão pan-americano trabalha na Câmara

Alex Sandro Borges, de 45 anos, é líbero da Seleção Brasileira de Voleibol para Surdos

  • Servidor concursado da CMPA, Alex Sandro Cardoso Borges, ganhou o primeiro lugar na disputa do vôlei para surdos, no Pan-americano.
    Alex exibe o diploma e a medalha de ouro conquistados este ano (Foto: Matheus Piccini/CMPA)
  • Servidor concursado da CMPA, Alex Sandro Cardoso Borges, ganhou o primeiro lugar na disputa do vôlei para surdos, no Pan-americano.
    O servidor no Legislativo (Foto: Matheus Piccini/CMPA)

Os Jogos Olímpicos de 2016 acabaram, mas o esporte continuará em alta no Brasil. A partir de 7 de setembro, o Rio de Janeiro receberá a 16ª edição da história dos Jogos Paraolímpicos. Mais de 4 mil atletas, portadores de diferentes deficiências, competirão na primeira edição dos jogos na América do Sul. E, na Câmara Municipal de Porto Alegre, os paratletas brasileiros terão um torcedor especial. 

Trata-se de Alex Sandro Cardoso Borges. Deficiente auditivo, Alex é funcionário concursado do Setor de Comissões da casa legislativa e, há cerca de quatro anos, atua como líbero da Seleção Brasileira de Voleibol para Surdos. “Comecei no voleibol de praia. Depois, fui para a quadra, onde passei a atuar como líbero”, conta. Aos 45 anos, ele informa que os treinamentos são divididos entre as capitais gaúcha e paulista. “Aqui são os treinos físicos e, em São Paulo, os treinos com o grupo.” Desde 2012, Alex já participou de diversas competições com a seleção. As mais recentes foram o Campeonato Pan-Americano e, em seguida, o Campeonato Mundial de Voleibol para Surdos, ambos na cidade de Washington, Estados Unidos.

Medalha de ouro

No Pan-Americano, realizado de 30 de junho a 4 de julho de 2016, a equipe brasileira conquistou a Medalha de Ouro, batendo, na final, a esquadra norte-americana por três sets a zero. A Venezuela completou o pódio. No Mundial, que ocorreu de 6 a 15 de julho deste ano, o Brasil ficou com o quarto lugar, sendo eliminado pela Ucrânia nas semifinais. Mas a derrota não parece tirar a alegria de Alex. “Ficamos entre os quatro melhores do mundo todo”, aponta, orgulhoso.

Para participar dos eventos, o servidor conta com a colaboração da Câmara Municipal. “Sou liberado para os torneios mediante apresentação de diploma de participação”, afirma. E Alex não se prende ao fato de que esportes para surdos não se enquadrem no circuito olímpico. “No próximo ano, haverá a Surdolimpíada (Deaflympics), de 18 a 30 de julho, na Turquia. E eu participarei!”, exclama, já disposto a buscar mais uma conquista representando o Brasil.

Texto: Paulo Egidio (estagiário de Jornalismo)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)