Plenário

Aprovada proibição de consumo de bebidas alcoólicas em postos da capital

Vereadores comemoram aprovação de projeto que proíbe álcool em postos Foto: Caroline da Fé
Vereadores comemoram aprovação de projeto que proíbe álcool em postos Foto: Caroline da Fé


A Câmara Municipal aprovou, nesta quarta-feira (10/5), por unanimidade dos presentes, projeto da vereadora Clênia Maranhão (PPS) que proíbe, em Porto Alegre, o consumo de bebidas alcoólicas nas dependências de postos de gasolina, estacionamentos e similares. A proibição também se aplica aos que possuem estabelecimentos que servem bebidas em balcões, mesas e lojas de conveniência. Esses locais ficam obrigados a ostentar, em lugar visível, cartazes com o número da lei e os dizeres "Proibido o Consumo de Bebidas Alcoólicas". Caso seja sancionada pelo prefeito José Fogaça, caberá ao Executivo municipal regulamentar e fiscalizar a nova lei, definindo sanções aos infratores.

Coibir o consumo de álcool, afirma Clênia, colabora para a diminuição do número de acidentes de trânsito na Capital. De acordo com a vereadora, vários postos de gasolina vêm se transformando em pontos de encontro de jovens motorizados que, neles ou em suas lojas de conveniências, consomem livremente bebidas alcoólicas. "É inegável o fato de que o consumo de bebidas alcoólicas altera o comportamento dos condutores de um veículo."

Foi aprovada também emenda da vereadora Sofia Cavedon (PT) que estabelece parceria entre o Executivo e os proprietários de postos de gasolina para que se mantenham campanhas permanentes junto aos jovens motoristas no sentido de conscientizá-los quanto à importância da abstinência do álcool ao dirigir.

Recente pesquisa divulgada pela Unesco, órgão da ONU, sobre o Mapa da Violência indica que o Brasil, num grupo de 67 nações, ocupa o quinto lugar nas estatísticas de morte de jovens, sendo o terceiro colocado em acidentes de trânsito. As estatísticas especializadas apontam que, entre as causas destes acidentes, o consumo de álcool tem sido o fator determinante, com percentual superior a 57% do total de ocorrências e com elevado custo social.

Leonardo Oliveira (reg. prof. 12.552)
Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)