Período de Comunicações e Lideranças
No período de Comunicações e Lideranças da sessão desta quarta-feira, 10/8, da Câmara Municipal de Porto Alegre, os vereadores abordaram os seguintes assuntos:
ESPORTE - Dizendo que hoje é um dia de muita alegria, Tarciso Flecha-Negra (PSD) falou sobre a conquista da medalha de ouro pela judoca brasileira Rafaela Silva, ontem, nos Jogos Olímpicos Rio 2016. “Foi uma superação porque ela foi hostilizada nas Olimpíadas de Londres 2012 pela sua condição social e por ser negra. ”. O vereador ressaltou que Rafaela participou do Instituto Reação criado pelo ex-judoca Flavio Canto na Cidade de Deus no Rio de Janeiro. “Essa vitória mostra que há outro caminho para quem mora em favela e na periferia. Eu sempre lutei pela bandeira da educação e do esporte porque é isso que forma cidadãos”. Para finalizar, Tarciso comentou sobre a empolgação da torcida brasileira com as competições e afirmou que “está na hora desse Brasil aplaudir, levantar e ajudar a criar mitos” no esporte, pois ele “transforma e muda a realidade emocional”. (CM)
TRANSPORTE I - “Pena que o apoio ao esporte ainda é tímido no país”, lamentou Paulinho Rubem Berta (PPS), ao parabenizar o vereador Tarciso Flecha-Negra (PSD) pelo discurso em apoio ao esporte. Em seguida, Paulinho disse que mora em uma das regiões mais carentes da cidade, na área do bairro Rubem Berta, e falou sobre os problemas enfrentados pelos trabalhadores com o transporte público. “Os moradores dos bairros Timbaúva 1, 2 e 3 e do Recanto do Sabiá precisam pegar um ônibus intermediário para ir até o final da linha do Rubem Berta ou precisam ir a pé até lá, para conseguir vir para o centro de Porto Alegre”, onde a maioria trabalha. Sugerindo a criação de uma linha de ônibus direta até o centro, o vereador afirmou que “nossa cidade não é tão pobre para não conseguir trazer as pessoas direto de casa para o trabalho. Me sinto impotente por não poder fazer nada, mas juntos nós podemos”, finalizou Paulinho. (CM)
INSEGURANÇA - A vereadora Sofia Cavedon (PT) falou que Porto Alegre é a capital dos homicídios e que “daqui a pouco teremos que tirar o Alegre do nome da cidade”. Para ela, a culpa pela insegurança na cidade é do governo estadual. “A Câmara aprovou várias iniciativas, a prefeitura precisa colocá-las em prática e o governo do estado precisa mostrar a que veio”. Sofia também falou sobre os ônibus da cidade e informou aos colegas que já está “conversando com a população para ver como está o transporte público após a licitação e a mudança das empresas de ônibus”. (CM)
TRANSPORTE II – Claudio Janta (SD) disse que os problemas com o transporte público afetam, principalmente, os bairros mais distantes de Porto Alegre. Segundo Janta, “as dificuldades aumentam nos horários que as pessoas mais precisam, na ida e na volta para casa. Algumas chegam a ficar duas horas dentro do ônibus”. E encontrar uma solução para resolver o problema “é uma obrigação de todos nós, dos 36 vereadores desta Casa”. Ao final, ele expôs sua opinião em relação à situação de insegurança na cidade. “Isso entristece e envergonha a todos nós e a culpa é das esferas estadual e federal, que não garantem que os recursos para a segurança pública cheguem até Porto Alegre”. (CM)
TRANSPORTE III - Mauro Pinheiro (Rede) também falou sobre a mobilidade urbana que, segundo ele, “é um problema sério de Porto Alegre”. “A localização do centro da cidade dificulta a circulação dos veículos”, disse ele. O parlamentar sugeriu que o poder Executivo discuta uma saída junto a outros municípios da Região Metropolitana. “Uma das soluções que pode ser buscada é, através da Metroplan, fazer um debate sobre a integração do sistema de toda a Região Metropolitana”, declarou. Pinheiro ainda salientou que o transporte individual vem sobrepondo-se ao coletivo, o que resulta no aumento do custo da passagem. (PE)
CENTRO - Idenir Cecchim (PMDB) abordou a situação da Avenida Senador Salgado Filho, localizada no centro da Capital, que descreveu como “uma rodoviária a céu aberto”. O vereador criticou a comercialização irregular de produtos na região central da cidade. “Nos últimos anos, o centro foi abandonado. Em muitos locais, por exemplo, vende-se frutas nas ruas e nas calçadas”, afirmou. Segundo Cecchim, a Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic) deve fiscalizar tais atividades. “A secretaria deve cuidar deste que é o segundo bairro de todos nós. O convênio com a Brigada Militar deve ser reforçado para devolver o centro à população”, completou. (PE)
Texto: Cleunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)
Paulo Egidio (estagiário de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)