Plenário

Sessão Ordinária / Comunicações e Lideranças

  • Vereadora Jussara Cony na tribuna do plenário
    Vereadora Jussara Cony (PCdoB) (Foto: Guilherme Almeida/CMPA)
  • Vereador Clàudio Janta
    Vereador Cláudio Janta (SD) (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Na tarde desta segunda-feira (16/5), nos períodos de Comunicações e Lideranças da sessão ordinária da Câmara Municipal de Porto Alegre, os vereadores debateram os seguintes assuntos:

SAÚDE - Dr. Goulart (PTB) abordou a situação do Hospital Parque Belém, interditado na última quarta-feira. “Representando a Câmara, eu e Dr. Thiago (PDT) nos reunimos com a direção do hospital e a Secretaria da Saúde e conseguimos o entendimento para que os pacientes que lá estavam não fossem transferidos.” Agradecendo ao secretário municipal da Saúde e ao vice-prefeito, ele disse que está sendo discutida uma maneira para que a situação se resolva sem o fechamento do hospital. Por fim, Goulart agradeceu a presença do público composto por servidores municipais, que buscam defender seus interesses na Casa. “Vamos tomar as decisões que forem pertinentes”, garantiu. (PE)

DILMA - Relatando participação na Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, Jussara Cony (PCdoB) disse que o evento ocorreu na data marcada por decisão da então presidente da República, Dilma Roussef. “Dilma participou conosco um dia antes do golpe político, midiático, jurídico e parlamentar, que trará consequências nefastas para a história de luta e trabalho das mulheres brasileiras.” Referindo-se ao processo de impeachment como um “golpe machista”, ela destacou que, enquanto o processo era discutido, foram aprovadas políticas públicas para os direitos das mulheres. Atestando que o Brasil hoje é “desordem e retrocesso”, Jussara alegou que “não tem ilusão com governos retrógrados e golpistas”. “As mulheres estarão na linha de frente para que levemos a verdadeira presidenta do Brasil de novo a seu lugar”. (PE)

DILMA II - Cláudio Janta (SD) rebateu a colega Jussara Cony (PCdoB), assegurando que a presidente não foi afastada por ser mulher, mas sim porque cometeu crime de responsabilidade e não cumpriu acordos com os trabalhadores. “Não é por preconceito o afastamento de Dilma”, frisou. Afirmando que as centrais sindicais não teriam sido recebidas pelo governo afastado, ele declarou que “governo não deve ser feito para os amigos e, sim, para o povo”. “Dilma, se foi traída, foi traída por quem ela escolheu andar junto, não pelo povo, que foi traído por ela”, disse. Destacando a reunião do presidente em exercício Michel Temer com as centrais sindicais, Janta declarou que o caminho é “trabalhar pelo Brasil, pelos trabalhadores e, unidos, melhorar o país”. (PE)

DILMA III - Sofia Cavedon (PT) expressou que, apesar das críticas, a presidente não foi afastada pelos seus erros, mas pelos acertos. “Ela está sofrendo impeachment pela coragem de resistir à crise internacional mantendo políticas públicas que olham para quem mais precisa.” Segundo ela, era necessário que a presidente financiasse o plano Safra e depois fizesse pagamento aos bancos. “Como (João) Goulart aumentou o salário mínimo e Getúlio (Vargas) garantiu a CLT, Dilma paga a conta ao aumentar o salário mínimo acima da inflação, o que todos que consideram o capital mais importante que o trabalho não suportam”. Por fim, ela disse que as medidas tomadas pela presidente “incomodam a aliança golpista que tomou o poder”. (PE)

DILMA IV - Engenheiro Comassetto (PT) salientou a sintonia da oposição na defesa da democracia. “Temer se instala com uma postura de conservadorismo e de autoritarismo”, criticou. Disse, ainda, que “panelas bateram” enquanto a TV mostrava, no domingo, uma entrevista com o presidente em exercício. “A sociedade sabe discernir o que é um golpe”. Ressaltou que o ministério de Temer é machista porque exclui as mulheres dos postos de comando político. “O ministro da Saúde anuncia que não terá médicos estrangeiros no programa Mais Médicos. Mesmo que a sociedade apoie o projeto em mais de 90%”, destacou. “Nós respeitamos as eleições, tanto que Fortunati é o nosso prefeito mesmo que tenhamos divergências. Sartori está aí, foi eleito, é governador. Se fosse pela lógica do impeachment, todos estariam impichados”. (MM)

RUBEM BERTA - Mauro Pinheiro (Rede) relatou reunião que ocorreu hoje entre representantes de comerciantes e da comunidade do Bairro Rubem Berta com o comando do 20º BPM. Disse que no encontro a comunidade demonstrou insatisfação e preocupação com o fechamento do posto da Brigada Militar que funcionava no bairro. Conforme ele, houve aumento dos assaltos ao comércio da região desde que foi fechado o posto. "Primeiro acabou o projeto do Território da Paz e, agora, houve o fechamento do posto. A insegurança tomou conta da região", observou Pinheiro. (MAM)

Texto: Paulo Egidio (estagiário de Jornalismo)
          Maurício Macedo (reg. prof. 9532)
         Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)