Plenário

Sessão ordinária/ Comunicações, Lideranças e Grande Expediente

  • Homenagem aos 80 anos do SINPRO/RS.
    Vereadora Sofia Cavedon (PT) (Foto: Tonico Alvares/CMPA)
  • Homenagem aos 80 anos do SINPRO/RS.
    Vereador Cláudio Janta (SD) (Foto: Tonico Alvares/CMPA)

Nos períodos de Comunicações, Lideranças e Grande Expediente da sessão ordinária desta segunda-feira (28/5), os vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre trataram dos seguintes temas:

SINPRO - Sofia Cavedon (PT) aproveitou a presença do presidente do Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (Sinpro-RS) para demonstrar sua solidariedade com a entidade. Sofia ressaltou as lutas do Sinpro pelas causas do ensino, como demissões e abusos da classe patronal. Segundo ela, mais de 60% dos professores da rede privada são filiados e contribuem espontaneamente com o Sinpro. A vereadora lembrou de uma greve da categoria que ocorreu em um domingo, já que muitos professores não tinham (e alguns não têm até hoje) o tempo de planejamento das aulas pagas pelas mantenedoras das instituições. Sofia concluiu dizendo que tem orgulho do sindicato e que o Sinpro é um sindicato cidadão, fazendo referência ao slogan da instituição. (ML)

ANIMAIS -  Rodrigo Maroni (Pode) demonstrou sua revolta com diversos crimes contra animais que ocorreram durante esse fim de semana. Maroni citou alguns casos que atendeu, como um cachorro que foi agredido com uma barra de ferro, ocorrência que, segundo ele, a vizinhança testemunhou e o cão chegou muito mal para atendimento. O vereador citou também um homem que jogou um gato pela janela na avenida Aparício Borges, a 500 metros do vereador. Segundo o parlamentar, o motivo é a impunidade. Maroni afirmou que quem comete crimes contra animais não é punido. (ML)

GASOLINA - Aldacir Oliboni (PT) utilizou seu tempo para expressar sua solidariedade ao povo brasileiro. "De modo especial, aos gaúchos que passam dias difíceis devido à conjuntura nacional." Para ele, a política adotada pelo governo, que implica no sistema da Petrobras, é irresponsável e inconsequente, na medida em que impõe valores abusivos no combustível. "Essa política destrói a questão da reposição salarial dos trabalhadores, com a vida do cidadão". Oliboni também acredita que a crise tratá impactos nos preços dos produtos de mercados, causando mais problema para o consumidor. O vereador ainda se disse preocupado com algumas manifestações ocorridas na greve, que pediam a intervenção militar no governo. (MF) 

IMPOSTOS -  Ao relatar o período em que assumiu a presidência da Força Sindical, Cláudio Janta (SD) comparou com a situação atual na qual os trabalhadores enfrentam dificuldades para pagar seus impostos. "Nós vamos trabalhar meio ano para pagar impostos. Em meio ano, vamos trabalhar e produzir", disse em crítica à alta carga tributária. Criticando a gestão de Pedro Parente, presidente da Petrobras, Janta lembrou do "apagão", crise de energia vivida em 2002,  equiparando à crise de combustível atual. "Em 2002 o apagão energético que deixou o Brasil refém da luz, e agora ele faz um apagão dos combustíveis." Sobre a greve dos caminhoneiros, Janta disse que a imprensa não tem mostrado o apoio popular que o movimento está recebendo, pois, em sua opinião, diversas pessoas do país inteiro têm prestado solidariedade à paralisação. (MF) 

EXÉRCITO - Mônica Leal (PP) respondeu à declaração de Aldacir Oliboni (PT) a respeito dos pedidos de intervenção militar. Nesta questão, a vereadora disse reafirmar seu pensamento de que isso não irá ocorrer. Para ela, as pessoas que falam sobre a  intervenção militar são as mesmas que estão nas redes sociais. "Ficam corajosas, inventam coisas porque essa não é fala do Exército." Conforme seu depoimento, atualmente não é possível conceber uma intervenção militar, pois as instituições (como o Executivo) têm força, mesmo que por vezes criticadas pela população. "O Exército tem uma posição de cumprir na íntegra a Constituição." Para ela, as Forças Armadas não foram o foco de instabilidade no país. A vereadora afirmou ainda que a ditadura militar instaurada em 1964 foi um contragolpe para impedir que o comunismo se instalasse no Brasil. Sobre a paralisação dos caminhoneiros, Mônica antes se disse favorável à greve, mas com a falta de itens necessários à saúde e o bloqueio de vias, entende que nenhuma greve pode tirar o direito de ir e vir de um povo. (MF) 

GOVERNO - Para Fernanda Melchionna (PSOL), a greve dos caminhoneiros aumentou evidentemente ao longo da semana passada, e o governo não consegue atender as demandas da categoria. Conforme a vereadora, são trabalhadores que sofrem com preços abusivos e com rodovias em péssimas condições. Sobre a intervenção militar, Melchionna destacou ter sido um período no qual teve censura, tortura e corrupção. Quanto à gestão de Pedro Parente, ela apontou ter ocorrido 120 aumentos no valor do combustível e classificou como uma lógica de financiar acionistas privados. Para a vereadora, o pronunciamento do presidente Michel Temer em relação à paralisação dos caminhoneiros foi lamentável, e defendeu um debate estratégico da ideia do monopólio estatal do petróleo para que as necessidades da população voltem a ser atendidas. "É fundamental um debate profundo." (MF) 

PARALISAÇÃO -  Tarciso Flecha Negra (PSD) disse estar triste com o que tem visto em relação à paralisação dos caminhoneiros. “Não estou olhando como político e sim como cidadão”, enfatizou, lembrando que pessoas estão com dificuldade de chegar aos hospitais e muitos estão sem comida. “Nem hemodiálise conseguem fazer.” Lembrou ainda que muitos alimentos estão sendo jogados fora. “Em torno de 500 mil e 600 mil litros de leite somente de um produtor. É um absurdo, sem falar nas hortaliças.” Pediu que o povo volte a ser solidário e menos egoísta. “Quem está pagando um preço alto são os que precisam de farmácia, hospital e transporte público. É um crime o que estamos vendo." (RA) 

IMPOSTOS - Cláudio Janta (SD) considerou que o povo brasileiro vem pagando impostos de forma abusiva. Falou que quem ganha R$ 1 mil paga o mesmo imposto de quem ganha R$ 10 mil. “Isso é um absurdo”, disse o vereador enfatizando que quem ganha mais deveria pagar mais. Ele defendeu a necessidade de uma reforma tributária urgente, além da correção da tabela do Importo de Renda e um novo pacto federativo. “A União fica com 60% do que é arrecadado pelos estados e municípios.” Ele criticou ainda alguns vereadores que vão à tribuna fazer discurso defendendo o aumento do IPTU. “O porto-alegrense não aguenta mais aumento. O governo tem que parar de saquear o povo.” (RA)

PRÉDIOS - Reginaldo Pujol (DEM) reiterou sua preocupação com prédios históricos e construções antigas da cidade. Já havia anunciado, em janeiro deste ano, que havia um prédio em condição instável na rua Riachuelo. O vereador solicitou à prefeitura dados sobre esta e outras construções, objetivando saber quem são os proprietários, se existem possíveis débitos com o governo municipal e quais as expectativas de reformas de restauração. Pujol lembrou que, em decorrência de determinação judicial por risco de desabamento, o prefeito recentemente anunciou interdição de parte da rua Riachuelo, mobilizando defesa civil e EPTC para deslocar e orientar o trânsito de pessoas e de veículos. “Estas anunciadas decisões devem ser postas em prática muito em breve, sob em pena de colocar em risco a vida dos cidadãos que transitam próximo ao local”, concluiu. (AM)

ANIMAIS - Lourdes Sprenger (MDB) relembrou seu comprometimento com a defesa da causa animal. Recordou que foi graças ao ativismo do passado que se extinguiu, por proibição legal, o extermínio animal por justificativa populacional. Também destacou conquistas no âmbito municipal que regulamentaram diversos direitos para os animais.  Nesse contexto, a vereadora citou a lei aprovada em 2008 e que extinguiu as carroças na cidade. “Eram muitos os cavalos que sofriam com chuvas, trabalho pesado, longas jornadas e maus tratos. Cobramos ao Ministério Público até que tivesse certeza do compromisso do Executivo. Ainda vemos algumas poucas carroças que são oriundas de zonas rurais e outros municípios”, complementou. Além disso, destacou outras iniciativas no âmbito municipal que envolvem resgates, feiras de adoção, seminários, fóruns e congressos. (AM)

Texto de: Matheus Lourenço (estagiário de jornalismo)
Munique Freitas (estagiária de Jornalismo)
Regina Andrade (reg. prof. 8.423)
Alex Marchand (estagiário de jornalismo)