Plenário

Sessão Ordinária / Grande Expediente , Comunicações e Lideranças

Movimentação de plenário.
Grupos de idosos acompanharam a sessão desta segunda-feira no Plenário Otávio Rocha (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Os vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre, durante os períodos de Comunicações e de Lideranças da sessão ordinária desta segunda-feira (11/3), trataram dos seguintes temas:

FAKE NEWSAo saudar as mulheres presentes no Plenário Otávio Rocha, assim como a todas as outras mulheres, Adeli Sell (PT) lembrou as duas ex-colegas do Legislativo Municipal - deputada estadual Sofia Cavedon (PT) e deputada federal Fernanda Melchionna (PSol) -, que foram homenageadas na tarde desta segunda-feira (11/3), com as fotos delas incluídas na galeria Mulheres no Poder por terem feito parte da Casa. Também, por oportuno, Sell comentou o momento contemporâneo que, de acordo com ele, é “um momento de fake news (notícias falsas)”, e fez alusão ao livro Mídia, Educação e Cidadania, do autor presente na sessão: Paulinho Guareschi. “Isso é para que possamos debater a questão da mídia”, traduziu o vereador ao citar que “não podemos criar uma geração de pessoas que reproduz qualquer coisa”. (BSM)

SINDICATOS - Cláudio Janta (SD) lembrou os diversos serviços que são prestados às comunidades pelos sindicatos e criticou a Medida Provisória do governo federal que retira recursos dos sindicatos brasileiros. "A MP serve para enfraquecer cada vez mais a luta do povo brasileiro. Mas os sindicatos não sucumbirão." Janta também criticou o projeto de reforma da previdência social enviado pelo governo ao Congresso, o qual classificou como "arcaico e que não cobra de quem deveria cobrar, as empresas que devem para a previdência". Segundo o vereador, durante a campanha eleitoral, o então candidato Bolsonaro dizia que era inadmissível aumentar a idade mínima para aposentadoria. "O povo não tem acesso a saúde e às políticas públicas e não tem o que comer, e o governo propõe aumentar a idade da aposentadoria para 62 anos (mulheres) e 65 anos (homens), além de querer diminuir repasses para a saúde e educação. Este governo gastou 16% a mais em cartão corporativo do que os governos anteriores e não enfrenta os grandes devedores da previdência, mas quer retirar direitos dos trabalhadores e aposentados." (CS)

BEBIDAS - Mendes Ribeiro (MDB) fez um apelo aos deputados estaduais, especialmente aos do seu partido, o MDB, para que derrubem, em votação que deverá ocorrer amanhã, na Assembleia Legislatiiva, o veto do governador Eduardo Leite ao projeto que libera a venda de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol. "A derrubada deste veto é muito importante para o futuro dos clubes gaúchos", disse Mendes Ribeiro, que ainda afirmou que "o estado estava caminhando para a modernidade" ao liberar a venda nos estádios. Dizendo não acreditar que a diminuição da violência esteja relacionada à diminuição do consumo de bebidas alcoólicas nos estádios, Mendes Ribeiro ponderou que este comércio representa, em muitos casos, mais de 50% da renda para clubes do interior. "É um meio de arrecadação importante. O momento é de dar um passo à frente, liberando as bebidas alcoólicas nos estádios." (CS)

 

ESTÁDIOS - Professor Wambert (PROS) também defendeu a venda de bebidas nos estádios de futebol. Apelou aos deputados estaduais para que derrubem o veto do governador, por considerar ser esse tipo de comércio uma importante fonte de renda aos clubes. Segundo o vereador o impedimento interfere na vida privada das pessoas e não resolve o problema da segurança. Citou como exemplo o Bar Coreia, próximo ao Estádio Beira-Rio, onde torcedores consomem bebida em larga escala antes dos jogos. Para Wambert é o consumo de bebida é uma questão cultural e antiga, e, respeitando a posição de quem é contrário. Conforme o parlamentar, os problemas de segurança poderão melhorar com a ampliação do padrão Fifa, já adotado por Grêmio e Internacional, com maior controle dentro dos estádios, ficando apenas os espaços de usos comum aos cuidados da BM. (MG)

IDOSO - Alvoni Medina (PRB) esclareceu que o seu projeto que cria o programa de reserva de vagas de emprego para idosos nas empresas privadas de Porto Alegre, aprovado pelos vereadores e vetado pelo prefeito, não cria qualquer obrigação e penalidade. Conforme o vereador, a proposta serve de incentivo para que melhores oportunidades sejam concedidas as pessoas com maior experiência. Lembrou ainda que o texto está conectado aos preceitos do Estatuto do Idoso que prevê o estímulo pelo Poder Público a fontes de geração de emprego e renda aos idosos, e ressaltou que Porto Alegre é considerada Cidade Amiga do Idosos e a não adoção do programa não faz sentido com o título. Ainda, lembrou que em 2017 participou de evento no Paraguai, com a participação de lideranças de 21 países, todos em busca do aumento de políticas públicas para a defesa da qualidade de vida do idoso. (MG)

SERVIÇOS - Prof. Alex Fraga (PSol) criticou a ineficácia da prestação de serviços públicos em Porto Alegre, e referiu as áreas do esporte e cidadania, cintando como exemplo a retirada de professores de educação física das praças, fato que afetou o atendimento aos usuários, principalmente idosos. Também falou da mobilidade urbana, lembrando que em breve entrará em vigor “o aumento abusivo da tarifa de ônibus, que supera em muito a inflação, o reajuste dos rodoviários e a qualidade dos coletivos à disposição dos usuários”. Disse que a opção hidroviária poderia ser ótima alternativa de transporte popular para as zonas Sul e Norte. Fraga ainda lembrou a polêmica do metrô, as obras da Copa e finalizou cobrando do prefeito e da EPTC o cumprimento da lei, sancionada, "que não sai do papel", e coloca fim no sofrimento de crianças que precisam rastejar nos coletivos para passar a roleta. (MG)

MOBILIZAÇÃO - Roberto Robaina (PSOL) afirmou que no dia de hoje a Câmara vivenciou bons exemplos de mobilização. Primeiro com o evento em homenagem às mulheres e depois com a presença de mulheres com experiência em defesa de seus direitos ao trabalho. Robaina disse que é no exercício do papel consciente da mobilização que está o verdadeiro poder de mudança. Também criticou veto do prefeito ao projeto de Alvoni Medina (PRB) e apelou para que o Executivo reveja a sua posição diante do que considerou um estímulo moral para que as empresas ofereçam vagas de emprego às pessoas idosas. Finalizou conclamando à participação nos atos por justiça ao assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL/RJ), que completa um ano nesta semana e lembrou as manifestações havidas na Espanha e na Argentina como exemplos de mobilizações transformadoras. (MG)

Textos: Bruna Schlisting Machado (estagiária de Jornalismo)
            Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
            Milton Gerson (reg. prof. 6539)
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)