Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

  • Movimentações de plenário. Na foto, vereador Adeli Sell
    Vereador Adeli Sell (PT) (Foto: Giulia Secco/CMPA)
  • Movimentações de plenário. Na foto, o vereador, Idenir Cecchim.
    Vereador Idenir Cecchim (MDB) (Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)

Nesta quarta-feira (22/8), durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereadores e vereadoras trataram dos seguintes assuntos, nos tempos de Lideranças:

FUNDOS I – Adeli Sell (PT) afirmou que o projeto de lei do Executivo que dispõe sobre a criação e extinção de fundos públicos não pode prosperar na Câmara Municipal. “Tem ilegalidades, não está dentro das normas da legislação brasileira”, disse. Conforme o vereador, a verba da maioria dos fundos existentes na cidade é vinculada: “Estão destinadas a determinadas funções e são funções paraestatais”. Adeli lamentou ainda que associações de catadores e recicladores não recebem repasses financeiros há seis meses. “É uma mixórdia, e a Prefeitura nem isso consegue pagar com regularidade.” Ele também criticou a falta de diálogo entre o prefeito e os servidores municipais, que estão em greve há 23 dias. (HP)

PARTIDARISMO – Moisés Barboza (PSDB), que esteve afastado da Câmara por alguns dias, em licença de interesse particular, disse que refletiu durante esse período sobre o cenário político da cidade. “Fiquei preocupado e triste”, salientou. “Enquanto tivermos interesses eleitorais, tentáculos de poder e radicalismo partidário, não vamos conseguir avançar.” O vereador citou projeto da Mesa Diretora sobre a obra de Luiz Coronel que recebeu críticas de alguns setores da cidade e disse ser uma proposta importante. Conforme Moisés, propostas que apoiam determinados setores ou partidos geralmente são feitas sem consultas. “Mas, quando se faz um projeto e não se discute com um setor que acha que deveria ser ouvido, há manifestações contrárias”. (HP) 

PREFEITO – Em Liderança de Oposição, Sofia Cavedon (PT) disse estar incomodada e dolorida como os municipários e municipárias, que estão em greve há 23 dias, mas que continuam sem diálogo com o prefeito pelo fato de este não receber a categoria. Para a vereadora, Porto Alegre vive um impasse. “A cidade não tem ninguém que fale com os servidores. Não tem prefeito nesta cidade”, afirmou e completou: “Está vago o espaço do prefeito. Os municipários querem conversar e não têm com quem”. Sofia lembrou situações anteriores em que o Poder Legislativo da Capital se manifestou em impasses. “Peço socorro para a Câmara, como um poder neste município precisamos garantir políticas públicas da cidade”. (HP)

FUNDOS II – Felipe Camozzato (Novo) afirmou que os fundos existentes no Município, e tratados em projeto do Executivo sobre criação e extinção, estão contábil e financeiramente desorganizados. “Ao pessoal do Lula Livre, quanto mais confusão contábil e financeira, melhor”, disse o vereador. “Fica mais fácil o recebimento ilícito de empreiteiras”, completou. Camozatto citou a nova Orla do Guaíba e lembrou que a obra foi feita com financiamento internacional: “Se não mexermos nos fundos, Porto Alegre não verá a cor de novos financiamentos internacionais”. Conforme o vereador, esse tipo de projeto, de financiamento e de obra interessa para a maioria da cidade. “Mas uma minoria bem organizada, que defende um candidato presidiário, tem uma agenda política de oposição pela oposição”. (HP) 

SERVIDORES - João Carlos Nedel (PP) defendeu a atualização da planta de valores do município e questiona o PT por ser contra, pois, de acordo com ele, o partido aumentou o valor do IPTU em Porto Alegre na década de 90. A respeito do projeto que afeta os fundos públicos da cidade, Nedel afirmou que ninguém está tentando acabar com determinados fundos, como afirmam alguns vereadores. Outra questão trazida por ele também foi a greve do funcionalismo público. “Totalmente ilegal”, disse, ao culpar a vereadora Sofia Cavedon (PT) pela paralisação dos municipários. Ele ainda afirmou que o governo não negocia com servidores que invadem a Prefeitura.  (MF) 

SERVIDORES II - “Quem é ilegal aqui é o prefeito Marchezan”, disse Fernanda Melchionna (PSOL), em resposta ao vereador João Carlos Nedel (PP). Segundo ela, a fala de Nedel foi desrespeitosa e mal informada. A vereadora alegou que o governo age de forma ilegal por não cumprir com a determinação judicial para pagar a integralidade dos salários dos trabalhadores. Ao longo de seu discurso, Fernanda defendeu que o projeto do IPTU seja derrotado na Câmara, criticando a falta de negociação do prefeito com os servidores e o pacote de projetos, que segundo ela, desrespeita sistematicamente a cidadania. (MF) 

LEGISLATIVO – Idenir Cecchim (MDB) declarou que cada vereador tem sua opinião e clamou pela democracia no parlamento. Para ele, as bancadas precisam ter respeito e cuidado com os pronunciamentos na tribuna. Cecchim também disse que acredita não ser um bom momento para greves, pois, a seu ver, a população pode desconfiar de que os movimentos sejam eleitoreiros. O vereador defendeu que a verdade seja dita sempre em respeito à cidade. “A população quer a verdade, coerência e trabalho”, ressaltou.  (MF)  


Textos: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
           Munique Freitas (estagiária de Jornalismo) 
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)