Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

Câmara Municipal de Porto Alegre
A Câmara Municipal de Porto Alegre (Foto: Foto de Ederson Nunes/CMPA)

Durante o período destinado às comunicações de Lideranças, na sessão ordinária desta quarta-feira (6/7), os vereadores de Porto Alegre trataram dos seguintes temas:

LUCK - O vereador Rodrigo Maroni (PR), emocionado, declarou sobre a visita dos Bombeiros e do cachorro Luck, primeiro cão-salvador do serviço de extinção a incêndios, que se aposentou devido a uma doença degenerativa. “Ele deu 13 anos de sua vida para fazer coisas que muitos humanos não fazem, como salvar vidas, prender bandidos e descobrir corpos. Vou contar para os meus netos que eu vivi isso”, declarou Maroni. O vereador disse ainda que a Brigada Militar cumpre “um papel fundamental, um papel de amor”, e lembrou que o ano de 2016 tem sido trabalhoso para ele devido às dezenas de animais que estão sendo maltratados. (AZ)

MUNICIPÁRIOS - Falando sobre o ofício assinado pelos vereadores da Casa a favor dos municipários, Sofia Cavedon (PT) explicou que é “uma iniciativa da Câmara ajudar os servidores fazendo um apelo para que a Prefeitura restitua antes os dias de greve” e não no dia 14 de julho, como está previsto. Sofia também falou dos 10 a 12 dias letivos que as escolas precisam recuperar. “Em reuniões de pais, professores e diretores, foi decidido que era melhor recuperá-los aos sábados, em vez de prolongar as aulas para depois do Natal, como foi proposto pela Prefeitura”. Ela também disse que, se fosse mantida a proposta, seria um “prejuízo pedagógico certo”. (CM)

ÁGUA - Jussara Cony (PCdoB) comentou sobre um problema que afeta o “cotidiano da vida das pessoas, a saúde e a reforma urbana”. Citando o caso do cheiro e gosto ruim da água em Porto Alegre, ela criticou a demora dos órgãos competentes em solucionar a situação, pois “ainda não tem respostas cristalinas sobre a causa”. Segundo Jussara, alguns estudos apontam que “é possível que haja a presença de esgoto doméstico” na água. “Ninguém está aqui para alarmar, estamos aqui para solicitar que os órgãos se organizem entre si para que nós possamos garantir a qualidade da água”. No final, ela citou as manifestações em Brasília a favor do financiamento do Sistema Único de Saúde, ameaçado pela PEC 241, que retira o aporte de recursos para a saúde, e afirmou que "quem vai pagar por isso é o Município”, que precisará investir mais no SUS para atender às necessidades da população. "Precisamos evitar este desmanche do governo". (CM)

SAÚDE - Lourdes Sprenger (PMDB) relatou que a Cosmam tratou ontem dos problemas decorrentes do grande número de casos de doenças pelo vírus da gripe no Estado, inclusive com a ocorrência de óbitos. Destacou que os sintomas da gripe, quando agravados, precisam atendimento imediato e lembrou que os representantes dos órgãos da saúde presentes à reunião garantiram que estão prestando atendimento e vacinação de forma eficiente. A vereadora lamentou a recorrente falta leitos nos hospitais da Capital. Segundo ela, o Hospital de Porto Alegre reivindica o repasse de recursos pela prefeitura e tem área ociosa para diversas especialidades, entre elas a psiquiatria e a ortopedia. Lamentou que o hospital atenda apenas ao plano de saúde dos municipários, pois houve aumento médio de 15% na demanda por atendimento de saúde em Porto Alegre. "O aumento das mensalidades dos planos de saúde agrava a situação, pois obriga muitas pessoas a migrarem para o SUS." (CS)

SAÚDE II - Jussara Cony (PCdoB) destacou "o grande movimento que está ocorrendo hoje em Brasilia", liderado pelo Conselho Nacional de Saúde e envolvendo 21 estados e o Distrito Federal, para rejeitar a PEC 241, que, se aprovada, segundo ela, "terminará com a saúde e o SUS". Para Jussara, a PEC representa "retrocesso enorme" nas políticas sociais e de saúde, com o desmonte do SUS e da seguridade, bem como fere a Constituição brasileira. Alertou que dois terços do Orçamento da União para a saúde são transferidos para estados e municípios. "Essa PEC atingirá as unidades básicas de saúde, hospitais, exames médicos, campanhas de vacinação e outros programas de saúde. Gerará a redução do atendimento da população em todas as cidades do país. E a diminuição do SUS obrigará pessoas a migrarem para os planos privados. A situação é muito grave. Os trabalhadores sabem o que significa este golpe na sua vida e no sistema de saúde." (CS)

Texto: Ananda Zambi (estagiária de Jornalismo)
           Cleunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)
           Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)