Plenário

Sessão ordinária / Lideranças

  • Movimentação de plenário
    A sessão desta segunda no Plenário Ana Terra (Foto: Guilherme Almeida/CMPA)
  • Movimentação de plenário. Na foto: Presidente da CMPA vereador Cassio Trogildo e vereadores Mauro Pinheiro, Dr. Thiago Duarte, Kevin Krieger, Claudio Janta e Paulo Brum
    Vereadores conversam com o presidente da Casa (Foto: Guilherme Almeida/CMPA)

Durante o período destinado às comunicações de lideranças, na sessão ordinária desta segunda-feira (12/9), os vereadores de Porto Alegre trataram dos seguintes temas:

GREVE - Fernanda Melchionna (PSOL) manifestou apoio à greve dos bancários ocorrida no país. “A categoria é responsável por um dos setores mais lucrativos das elites brasileiras”, afirmou a vereadora, que também se colocou em defesa do fortalecimento de bancos estatais. “Lamentavelmente, é parte da agenda privatista atacar o Banrisul, e a luta deve ser no sentido de defender os bancos públicos”, disse. Segundo Fernanda, os banqueiros, através da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), não têm interesse em responder ao interesse dos trabalhadores. “Se há algum responsável pelo fechamento das agências e o não-atendimento ao público, são os banqueiros e os governos”, finalizou. (PE)

PROJETOS - Rodrigo Maroni (PR) comentou a crônica do jornalista Paulo Germano, do jornal Zero Hora, sobre os projetos apresentados por ele. “Espero que eu tenha espaço para responder às ironias feitas a minha atuação como vereador”, disse. “Ele satiriza projetos como o que pune quem furtar animais, o que sugere a adoção e o que apoio os protetores”, continuou. Maroni justificou a apresentação das propostas afirmando que encontra uma brecha onde não existem leis. “Se houvesse legislação para isso, eu não teria apresentado os projetos. Minha intenção é promover a discussão do tema”, afirmou. (PE)

REALIDADE - Clàudio Janta (SD) falou sobre o horário eleitoral gratuito de TV. “No horário eleitoral, eu não consigo ver Porto Alegre. Mostram uma cidade onde o transporte funciona, que é segura e que tem um bom sistema de educação e saúde, o que não condiz com a realidade”, afirmou. O vereador alegou que “se deve mostrar a cidade como ela é de fato, e não como um espelho de parques de diversões, onde cada um vê o que quiser". “Queremos ver a cidade real, onde as pessoas não conseguem obter as condições necessárias às suas necessidades como cidadãos”, declarou. Por fim, Janta salientou que a realidade das pessoas em Porto Alegre “não pode ser maquiada”. (PE)

GREVE II - João Carlos Nedel (PP) tratou sobre a greve dos bancários. “Reconhecemos a importância da greve, no entanto penso que a decisão deveria ser revista, pois causa um grande prejuízo à sociedade”, disse. Segundo Nedel, muitas empresas ficam impedidas de realizar movimentações financeiras, o que gera prejuízo ao país. “Peço sensibilidade aos bancários, principalmente nos bancos públicos, que são geridos com o dinheiro de impostos”, declarou. O vereador também criticou o colega Rodrigo Maroni (PR) por apresentar projetos “inconstitucionais e ilegais”. “O senhor deve consultar vereadores mais experientes e o próprio diretor legislativo, pois legisla para mais de um milhão e meio de pessoas e não apenas para os animais”, encerrou. (PE)

APELO – Sofia Cavedon (PT) pediu que seja feita a limpeza das bocas-de-lobo da Vila Liberdade, localizada no entorno da Arena do Grêmio. “A empresa responsável não está agindo corretamente, não está realizando seu trabalho e, por consequência, há bares que ficam até três dias interditados por causa da quantidade de água parada no local”, lamentou. De acordo com Sofia, faltam serviços sérios e eficazes que diminuam o impacto da água, do lixo e das obras inacabadas na vila. “Há o contraste entre a alegria do futebol (com os jogos do Grêmio) e a tristeza do cotidiano de quem vive lá por falta de gestão séria que priorize a qualidade de vida da população”, finalizou. (CM)

ACESSIBILIDADE – Falando em defesa da criação de regras novas para a colocação de elevador nos prédios de Porto Alegre, Bernardino Vendruscolo (PROS) disse que há anos alguns vereadores estão tentando resolver essa situação na cidade. “Por muito tempo, aprovamos obras de até quatro pavimentos sem elevadores, mas há 30, 40 anos não havia a concepção de respeitar as pessoas com deficiência”, lembrou. Segundo o vereador, os projetos do Executivo que se referem ao assunto precisam ser aprimorados. “Deve haver uma condição de excepcionalidade para a colocação de elevadores em construções existentes para atender às pessoas mais velhas ou as que possuem algum tipo de deficiência”, disse. Segundo Bernardino, alguns prédios públicos, como a Prefeitura Municipal, ainda não possuem acessibilidade e é “preciso adequar a entrada oficial a todas as pessoas”. (CM)

OBRAS – Engenheiro Comassetto (PT) disse que, no período eleitoral, é preciso debater alguns assuntos, como as obras da cidade. “A gestão atual do governo municipal contratou as obras até junho de 2014, e, dos 17 projetos, apenas quatro foram executados. Porto Alegre foi a capital que mais recebeu dinheiro da União e de empréstimos nacionais e estrangeiros, mas a maioria do valor está presa nos bancos por falta de projetos”, criticou. De acordo com o vereador, as melhorias foram realizadas da Terceira Perimetral até o Centro, mas a periferia foi abandonada. “A Prefeitura errou na condução dos projetos e, por isso, continua perdendo de goleada para as promessas que não se realizam”, encerrou. (CM)

ELEIÇÕES – “Um microfone só é pouco para o período das eleições”, iniciou Idenir Cecchim (PMDB), ao criticar as atitudes de alguns candidatos a vereador em Porto Alegre. “Muitos vereadores da situação estão perguntando sobre acessibilidade, segurança e assistência social fora do partido, enquanto deveriam resolver esses problemas internamente com a coligação”, disse. Cecchim afirmou que o nível das eleições está bom, mas que ele se sente como um atleta paraolímpico do salto em distância com deficiência visual. “Estamos dando um salto no escuro porque é proibido fazer isso, é proibido fazer aquilo, além de haver alguns colegas que estão realizando denúncias no Ministério Público sobre a campanha dos adversários". “Meu agradecimento pela coerência do MP em julgar as acusações e meu desprezo aos que se dedicam mais a fazer denúncia do que fazer campanha”, declarou. (CM)

SENAI – Dr. Thiago Duarte (DEM) comemorou a assinatura de protocolo assinado hoje entre Prefeitura e Senai, garantindo imóvel para que jovens carentes da Restinga possam participar de cursos profissionalizantes. De acordo com Thiago, "o processo foi construído com a ajuda da Câmara e teve a sensibilidade do Executivo municipal". Ele lembrou que a Cedecondh, comissão da qual é presidente, fez uma audiência sobre o tema, tendo grande participação do público. "Esses cursos de formação dão a esses jovens carentes uma referência diferente daquela oferecida pelo tráfico de drogas. É uma lição de cidadania." (CS)

CASAS – Dr. Goulart (PTB) lembrou que, durante sua gestão como diretor do Demhab, foram construídas 3 mil casas populares, que abrigaram cerca de 15 mil pessoas. Ressaltou que teve o cuidado, como secretário, de conversar previamente com os conselheiros do Orçamento Participativo, pois havia a convicção de que os imóveis poderiam ser invadidos ou vendidos depois de entregues aos moradores. Observou ainda que, na transferência de moradores da antiga Vila Chocolatão para o conjunto habitacional no Morro Santana, o Demhab disponibilizou casas para que as famílias de oito brigadianos fossem residir no local, o que garantiu a segurança do lugar e evitou novas invasões. "É preciso que o gestor também dê uma atenção social a essas pessoas." (CS)

OBRAS II – Reginaldo Pujol (DEM) considerou que as manifestações de Engenheiro Comassetto (PT) sobre obras inacabadas da Prefeitura eram "marcadas pela incoerência". Segundo ele, o PT, quando administrou a cidade, recebeu financiamento internacional para construir a Terceira Perimetral, "mas, em 12 anos, não construiu sequer a metade dela". Também destacou que as obras da Copa dizem respeito a melhorias que já deveriam ter sido feitas há muito tempo na cidade. Pujol ainda criticou as obras inacabadas do governo federal "e que só servem para pagar propinas para alguns". Para o vereador, "o PT não tem autoridade moral para fazer cobranças, pois quebrou o Brasil". (CS)

Texto: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
           Paulo Egidio (estagiário de Jornalismo)
          Cleunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)