Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

Movimentação de plenário. Na foto, trabalhadores da COOTRAVIPA comparecem a sessão do dia de hoje.
Trabalhadores da Cootravipa protestaram contra falta de pagamento (Foto: Henrique Ferreira Bregão/CMPA)

Nos tempos de Lideranças, durante a sessão ordinária da tarde desta quarta-feira (4/10), vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre trataram dos seguintes temas em seus pronunciamentos:

CATADORES – Marcelo Sgarbossa (PT) afirmou que o prefeito Nelson Marchezan Júnior, apesar de dizer ter uma administração transparente, não mostra suas contas nem onde gasta os recursos do Município. “Não faz pagamentos para criar caos e priorizar políticas equivocadas”, salientou, saudando trabalhadores da Cootravipa, presentes nas galerias do Plenário Otávio Rocha, que trabalham na limpeza da cidade e estão sem receber os salários. Conforme o vereador, além dessa categoria, também outros servidores deverão paralisar suas atividades a partir desta quinta-feira por falta de pagamento pelo Executivo. “Esse modelo, baseado na ideia que exclui pessoas que trabalham na reciclagem, é um modelo equivocado”, disse ainda, ao lembrar que os carrinheiros, por ação da Câmara Municipal que derrubou veto do Executivo, poderão continuar em atividade até o ano de 2020. (HP)

COMISSÃO – Aldacir Oliboni (PT), em Liderança de Oposição, também saudou os trabalhadores da Cootravipa e pediu que a Câmara Municipal, com suas lideranças, receba comissão dessa categoria. Oliboni lamentou que a Cootravipa não tenha sido recebida pelo Executivo para discutir atrasos nos pagamentos, e lembrou que, com a paralisação dos catadores, também os galpões de reciclagem devem parar pela falta de recebimento de material para trabalhar. “Nas unidades de triagem, são mais de 500 pessoas sendo prejudicadas”, informou. O vereador destacou ainda a passagem, nesta quarta-feira, do Dia Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate à Endemias, e lembrou que os Programas de Saúde da Família poderão vir a ser prejudicados com o final do contrato de 20 médicos do Programa Mais Médicos, ocorrido ontem. (HP)

GOVERNO
– “Se o Marchezan está fazendo pacotes que atacam direitos de todo os trabalhadores, é hora de todos os trabalhadores se unirem contra o prefeito”. A afirmação foi feita por Fernanda Melchionna (PSOL) ao saudar os integrantes da Cootravipa presentes à sessão. A vereadora disse que o prefeito desconhece a importância da coleta seletiva para a cidade. “Estamos vendo o prefeito mais preocupado em atacar os vereadores do que dizer por que não governa a cidade”, destacou igualmente, ao lamentar que a falta de pagamento dos catadores esteja atingindo pessoas de baixa renda. “Estão com contas atrasadas e sem dinheiro para coisas básicas”, salientou ela. “Acho inaceitável que o governo não tenha a capacidade de dizer por que não paga. Estamos vendo a cidade colapsar”. (HP)

APOIO - Professor Wambert (PROS) declarou que o Brasil e o mundo passam por uma crise de racionalidade. Ao longo de seu pronunciamento, o vereador defendeu a importância da sustentabilidade para cidade e também a necessidade de valores comuns, como o respeito com as pessoas mais velhas. “A única forma que vai salvar nosso planeta da degradação é a ideia de que existem leis naturais e valores comuns plantados no coração de cada humano”, disse. Wambert ainda agradeceu o trabalho realizado por catadores, responsáveis por manter o meio ambiente saudável. “O trabalho de vocês é imprescindível”, afirmou, dirigindo-se aos integrantes da Cootravipa presentes nas galerias.  (MF) 

GOVERNO II - Felipe Camozzato (NOVO) ressaltou ser muito importante a mobilização dos agentes de limpeza em relação ao não-recebimento de recursos da Prefeitura. O vereador alertou para a situação financeira de Porto Alegre. De acordo com ele, desde o ano passado a Prefeitura está em dívida com os servidores. Camozzato também falou a respeito da importância do apoio em projetos voltados para o município. Em crítica ao governo municipal, o vereador afirmou que é preciso ter prioridades no uso do serviço público e que o fluxo de caixa não está claro, precisando ser resolvido. Ao olhar também para o Legislativo, Camozzato convidou os colegas parlamentares a verificar o que é preciso para corte de gastos. “Precisamos rever nossas finanças”, afirmou. (MF) 

Textos: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
             Munique Freitas (estagiária de Jornalismo)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)