Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

Movimentação de plenário. Na foto: Vereador Paulo Brum na tribuna do plenário.
Paulo Brum (PTB) (Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)

Durante os tempos de Lideranças, no início da Sessão Ordinária da Câmara Municipal desta quinta-feira (2/6), os vereadores trataram sobre os seguintes assuntos:

CONSTRANGIMENTO - Paulo Brum (PTB) registrou o constrangimento que passou pela manhã, quando esteve na agência central do Banco do Brasil. Segundo ele, a entrada destinada às pessoas com deficiência estava trancada com grade. “Chamei o segurança e ninguém me informava por que a porta estava trancada, até que um rapaz me disse que o elevador estava quebrado”. O vereador disse que fez uma denúncia à Prefeitura Municipal, através do telefone 156. “Faço esse registro esperando que cenas como a que eu vivi hoje não se repitam e que seja garantido o direito da acessibilidade”, declarou Brum. (PE)

EVENTO - Tarciso Flecha Negra (PSD) convidou para o Jantar Anual do Instituto do Câncer Infantil, que acontece nesta noite na sede da Associação Leopoldina Juvenil. “Temos que apoiar e aplaudir iniciativas assim”, afirmou. De acordo com o parlamentar, são esperadas cerca de 500 pessoas, e a renda obtida será revertida ao trabalho do Instituto do Câncer. Tarciso lembrou que a entidade se mantém exclusivamente através da contribuição da comunidade e elogiou a atuação da mesma. “Como é bonito quando as pessoas ajudam as demais sem esperar nada em troca”. (PE)

SOLIDARIEDADE - Solidário com o colega, Bernardino Vendruscolo (PROS) falou sobre o episódio relatado por Paulo Brum (PTB). “Que bom que aconteceu com vossa excelência, um homem público que é autoridade no assunto”. Vendruscolo lembrou que diversos órgãos públicos ainda não estão adaptados à acessibilidade. Durante o pronunciamento, ele também afirmou que “os homens públicos que assumem cargos devem ter obrigação de se indignar”. “Cada vez mais os cidadãos colocam os políticos em uma situação em que temos que tomar posições claras” sentenciou. (PE)

PUNIÇÃO - Rodrigo Maroni (PR), dizendo que acompanha o trabalho realizado pela Brigada Militar e dos presos no Presídio Central, expôs que a ideia de os apenados construírem casinhas para cães “foi muito bem aceita”. Falando sobre a divisão do sistema penitenciário, ele abordou a questão dos crimes sexuais. “Defendo não só a coleira eletrônica para os que estupram e assassinam, tanto os animais quanto as pessoas, como também a castração química destes indivíduos, para garantir a segurança para a sociedade”.  Segundo o vereador, “muita gente diz que isso é radical, mas não há outra alternativa real”. (PE)

COMOÇÃO - Sofia Cavedon (PT) destacou  tema que esta comovendo o pais. “Me refiro ao crime hediondo cometido contra a adolescente no Rio de Janeiro. Por essa razão estamos propondo Moção de Repúdio a todos os envolvidos, cobrando rigor para que o Brasil enfrente de vez essa cultura do estupro”,  afirmou. A parlamentar ainda relatou que jovens apartidárias, unidas por movimentos de mulheres, imprimiram no chão da Praça da Matriz suas mãos com tinta vermelha como forma de manifestar sua indignação a situações como essa. “A cada 11 minutos uma mulher é estuprada no Brasil e apenas 30% dos crimes de estupro e assédio são denunciados. Isso acontece porque as meninas sentem vergonha e se sentem culpadas, envergonhadas. Além disso, quando chegam na delegacia são atendidas por  homens com métodos que as expõem”, disse. A vereadora finalizou enfatizando que é necessário incentivar a criação de politicas de prevenção. (LV)


AGENDA - Claudio Janta (SD) disse que os vereadores muitas vezes veem a Câmara Municipal ser  pautada pela imprensa e opinião pública, quando na verdade são os parlamentares que devem fazer a proposição de uma agenda positiva.  “Podemos falar sobre o mapa da expectativa de receita  e arrecadação do município e nosso papel junto à fiscalização do  Executivo no que diz respeito às contas públicas ou sobre segurança, mobilidade e educação, pautas debatidas nas comissões, no plenário e nas comunidades.  Mas projetos como o do vereador Rodrigo Maroni, que visam discutir se um animal foi ou não estuprado, é fazer com que novamente os vereadores caiam na chacota do povo de Porto Alegre”, afirmou, ao destacar que  é um absurdo o que fazem com as mulheres e crianças em relação a maus-tratos ou com pessoas que saem para trabalhar e são assaltadas. “Não se consegue ter um controle de ações como estas, então como vamos fazer isso com os animais? Essa pauta deve ser incluída no código penal, mas não cabe a nós discutir utopias.” (LV)

 GOLPE – Engenheiro Comassetto (PT) ressaltou as ações que o "governo golpista" do presidente em exercício Michel Temer vem implementando. O parlamentar também fez o convite para uma grande manifestação que ocorre hoje em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS),  às 15 horas, em frente ao HPS. “Lá estaremos na luta contra o desmonte do SUS através do corte de mais de R$ 10 bilhões. Só no RS, mais de 35 mil de usuários deixaram de ter plano de saúde privado e para onde foram essas pessoas? Para o SUS”. Comasetto  também relatou que em recente seminário em Fortaleza, o ministro Osmar Terra foi vaiado intensamente e não pôde falar. “Ele teve que se retirar e isso é reflexo das suas posturas políticas, pois é defensor do golpe e implementa medidas antissociais. Além disso, em Paris, o ministro José Serra também foi vaiado.” O vereador encerrou sua fala chamando a todos para amanha, às 16h, junto à presidenta afastada Dillma Rousseff, participar do lançamento do livro "escrito por cientistas e escritoras das universidades brasileiras sobre o golpe. Depois do lançamento, às 18h, faremos ato contra o golpe e a favor da luta pela democracia”, finalizou.

DEMOCRACIA – Idenir Cecchim (PMDB) questionou posição de Comassetto. “Entre ficar em meio de ladrões e ficar em meio a alguém que vota para derrubar os ladrões, quem o vereador Comasetto escolhe? Até o vereador Comasetto abandonou Lula e começou a puxar o saco da Dilma”, disse. Cecchim ainda afirmou que o colega do PT não anda lendo o orçamento do município. “A Secretaria da Fazenda esteve na CMPA na terça-feira e disse que o governo federal está mandando R$ 2 milhões a menos há vários anos. Quem desmontou o Brasil foi o seu partido. A democracia brasileira não é a turma que está presa na Papuda. Nós fazemos manifestação nos finais de semana, enquanto vocês fazem manifestação durante a semana em horário de expediente”, concluiu. 

Texto: Paulo Egidio (estagiário de Jornalismo)
            Lisie Venegas (reg. prof. 13.688)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)