Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças e Comunicações

  • Vereadora Karen Santos.
    Vereadora Karen Santos (PSOL) (Foto: Débora Ercolani/CMPA)
  • Vereador Paulinho Motorista.
    Vereador Paulinho Motorista (PSB) (Foto: Débora Ercolani/CMPA)

Durante os períodos destinados às Comunicações e às Lideranças, na sessão ordinária desta quarta-feira (11/12), os vereadores e vereadoras trataram dos seguintes temas:

RECUO - Aldacir Oliboni (PT) disse que o Governo recuou ao não priorizar para hoje a votação do projeto que permite a extinção dos cobradores, pois a base governista estaria dividida e não teria mais a maioria dentro da Câmara. “O povo está conosco e percebeu que 3600 pessoas perderão o seu emprego”, salientou o vereador. Oliboni ainda afirmou que o prefeito só pode garantir que os empregados da Carris não perderão seus postos. O vereador também disse que, na Câmara, “não tem lugar para estar em cima do muro” e trouxe alguns pontos negativos, na sua visão, da atual gestão de Porto Alegre, dizendo que o prefeito “fez muito mais coisas ruins que atingem o trabalhador do que coisas boas para o cidadão”. (RF)

TRANQUILIDADE - Paulinho Motorista (PSB) disse estar feliz com a retirada de priorização, nas votações de hoje, do projeto que permite a extinção dos cobradores de ônibus. Ele crê que o Governo deve retirá-lo inclusive de tramitação para que "tudo comece do zero" e os cobradores possam trabalhar tranquilos. “Continuaremos firmes e de olho para não sermos pegos de surpresa”, prometeu o vereador. Paulinho agradeceu ao Sindicato dos Rodoviários pelo apoio e mostrou-se orgulhoso em poder lutar pela classe. “Me sinto rodoviário.” O vereador também disse esperar que esse projeto não passe, pois, segundo ele, o cobrador não pode ser extinto. Paulinho alertou que algumas linhas, como as de Belém Novo e Lami, já chegam a levar uma hora e 50 minutos no seu trajeto e que, sem o cobrador, esse tempo poderá subir para três horas. “Vamos continuar com os cobradores, vamos vencer essa parada e estamos juntos!”, completou. (RF)

EDUCAÇÃO - Karen Santos (PSOL) saudou as trabalhadoras e professoras da rede estadual do Rio Grande do Sul que estão na terceira semana de greve, "resistindo ao desgoverno” de Eduardo Leite. “Chega de colocar nas costas do trabalhador o peso dessa crise econômica e financeira que vem se arrastando pelo nosso país.” A eleição dos diretores das escolas também foi abordada pela vereadora. “É um ataque ideológico à nossa gestão democrática e autonomia, é um ataque a nós, professores. Somos elencados nessa crise como inimigos. Precisamos combater essa retórica e esse discurso.” Karen também manifestou-se sobre a situação dos cobradores de ônibus: “A mobilização e a paralisação que os rodoviários provocaram na Operação Tartaruga teve impacto positivo. As tecnologias estão sendo utilizadas mais para explorar a nossa força de trabalho e gerar desemprego do que para garantir qualidade de vida”. (LMN)

RODOVIÁRIOS - Roberto Robaina (PSOL) falou sobre a categoria dos rodoviários, que, destacou, mais uma vez teve que se mobilizar e vir até a Câmara Municipal escutar o discurso dos vereadores. “Eles sabem que precisam se mobilizar, pois só isso é capaz de defender os interesses da categoria.” O vereador disse que essas mobilizações garantiram que o projeto não fosse aprovado. “Marchezan quer eliminar 3.800 postos de trabalho, quando temos 500 mil desempregados no Rio Grande do Sul.” Afirmou ainda que a única preocupação do prefeito é atender os interesses empresariais. “Ele nunca deve ter andado de ônibus na vida dele, não sabe que o cobrador ajuda o motorista e que não é simples dirigir um caminhão como esse. Ajuda os idosos, crianças e pessoas com deficiência a subir e descer do ônibus.” Concluiu apelando aos vereadores que ainda estão indecisos e parabenizando os que já se declararam contrários. “Vamos guardar essa indecisão e votar com a categoria.” (LMN)

COBRADORES - Cláudio Janta (SD) firmou sua posição referente ao projeto que extingue o cargo de cobrador de ônibus na Capital. Na tribuna, ele mencionou que “este projeto não tende a melhorar a situação da população de Porto Alegre” e pediu que os seus colegas vereadores raciocinassem no seguinte sentido: “Imaginem os avós de vocês, os pais ou os tios usando transporte e necessitando de alguém que os ajudem a subir no ônibus com bengala, sacola.” Para Janta, é inviável que o motorista, sozinho, faça também o papel do cobrador. O parlamentar ainda comentou acerca das mulheres e crianças assediadas nos transportes coletivos. “Estamos falando de um sistema de transporte sucateado. Não é tirando o emprego dos cobradores que vamos melhorar o transporte.” Janta também destacou a importância do diálogo e do cumprimento da lei já existente. (BSM)

Texto

Rian Ferreira (estagiário de Jornalismo)
Lara Moeller Nunes (estagiária de Jornalismo)
Bruna Schlisting Machado (estagiária de Jornalismo)

Edição

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)