Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças e Comunicações

  • Movimentações de plenário. Na foto, a vereadora Cláudia Araújo e a presidente Mônica Leal
    Vereadoras Cláudia Araújo (PSD) e Mônica Leal (PP) (Foto: Giulia Secco/CMPA)
  • Movimentação de plenario.
    Vereadora Lourdes Sprenger (MDB) (Foto: Tonico Alvares/CMPA)

Na tarde desta quinta-feira (7/3), durante sessão ordinária da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereadores e vereadoras, fizeram os seguintes pronunciamentos:

VEREADOR – A importância do vereador foi abordada por Aldacir Oliboni (PT), que destacou a presença destes junto às comunidades, para ouvir e receber demandas e, a partir daí, enviá-las ao Executivo. “Temos a atribuição de poder encaminhar projetos de lei”, destacou Oliboni ao relatar que uma proposta pode demorar até dois anos, entre sua elaboração e aprovação pelo plenário. “Para conseguir aprovar, tem de ter parecer de seis comissões permanentes. E isso não é fácil”, salientou. “Infelizmente, ficamos deslocados quando aprovamos com ampla maioria e o prefeito veta, e muda um cenário como se nada tivesse acontecido”.  “É de extrema importância ser reconhecido pelo Executivo e pelos próprios colegas”, disse e completou: “Se não, perdemos a função”. (HP)

MULHERES – “Somos resistência a tudo o que nos oprime”. Ao fazer esta afirmação, Lourdes Sprenger (MDB) destacou o Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, e citou preconceitos e discriminações sofridas por este gênero nas sociedades modernas. A área da política foi uma delas: “o desvio de recursos para campanhas masculinas mostra um lado pantanoso da velha política”. E continuou citando o papel de mulheres como vereadoras: “A voz não é só minha, mas também daqueles que representamos. Apesar de diferenças econômicas e discriminações, resistimos fazendo valer nosso espaço em uma sociedade ainda desigual”, disse igualmente a vereadora ao citar salários diferenciados em mesmos cargos ocupados por homens e mulheres. (HP)

CARNAVAL – Presidente da Comissão de Educação, Cultura, Esportes e da Juventude (Cece), Prof. Alex Fraga (PSol) anunciou a realização de reunião conjunta com as comissões de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedeconh) e de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam), no dia 19 de março, às 14h30. Na oportunidade, como lembrou o vereador, serão discutidas questões ligadas ao carnaval na capital, especialmente no bairro Cidade Baixa. “Nenhum porto-alegrense está satisfeito com o que aconteceu”, lamentou. “É uma festa popular, é festa da cidade, da população, e assim deveria ser”, salientou ao lembrar que as celebrações dessa data precisam estar condizentes com aquilo que os cidadãos precisam e esperam. (HP)

MOVIMENTO - Cláudia Araújo (PSD) falou sobre o movimento Eu Empurro Essa Causa e sobre o Benefício de Prestação Continuada (BPC). “Como alguns sabem, trabalho forte na área social”, disse. Mas, de acordo com Cláudia, outros colegas também são engajados na causa. “Alguns vereadores e deputados estiveram, no dia 16 de fevereiro, na Redenção: Paulo Brum, André Carús, Clàudio Janta”, citou sobre uma manifestação do movimento. “Hoje, a lei disponibiliza para um idoso ou um deficiente, por família, a receber o benefício”, expressou a parlamentar ao lembrar que, “têm famílias com mais de um idoso ou deficiente”. A vereadora sugeriu, portanto, uma comissão especial para trabalhar a causa. Além disso, Cláudia aproveitou a oportunidade para homenagear o Dia Internacional das Mulheres nesta próxima sexta-feira (8/3). Saudou, inclusive, a presidente da Câmara, vereadora Mônica Leal (PP), e agradeceu “pela representatividade de estar aqui”. “Nós somos a salvação do mundo”, finalizou. (BSM)

PREVIDÊNCIA - Engenheiro Comassetto (PT) saudou a todas as mulheres. “Como sempre, nós nos colocamos ao lado das mulheres: a luta cotidiana pela busca da igualdade; dos direitos; e que elas tenham o espaço que merecem”, afirmou. “Lugar de mulher é na política, é defendendo e construindo uma sociedade justa”, corroborou o petista. Comassetto também tratou do “tema que mais impacta o Brasil nesse momento: a reforma da previdência do Bolsonaro, que vai atingir em cheio tanto os homens quanto as mulheres”, mencionou. Segundo o vereador, os dados divulgados são falsos. “A previdência tem superávit de arrecadação.” Contudo, “um decreto do Bolsonaro tirou R$ 6 bilhões da previdência e passou esse valor para um fundo comum da União”. Neste caso, concluiu, “é claro que ela (a previdência) vai ser deficitária, embora não seja”. Outrossim, o parlamentar, comentou acerca de uma CPI para passar a limpo o sistema previdenciário brasileiro, porque ele é “o legado de um país que não pode ser destruído”. “A sociedade brasileira deve se envolver com esse debate”, finalizou. (BSM)

CARNAVAL II - André Carús (MDB) corroborou as palavras anteriormente ditas pelo vereador-professor Alex Fraga (PSol) sobre o carnaval no bairro Cidade Baixa, assim como reforçou a importância da reunião a ser realizada sobre o assunto. “No dia 19 de março, no plenário Otávio Rocha, falaremos com moradores, frequentadores, consumidores; e com áreas vinculadas à segurança, à juventude, à cultura, à limpeza urbana”, manifestou Carús. O vereador comentou, posteriormente, que “a preliminar é que o carnaval e a cultura são os vilões dessa história”. “Há uma disputa pelo tráfico na região. Os conflitos no bairro são por causa dessa situação, e não por causa do carnaval”, destacou o emedebista. Por fim, o vereador cumprimentou todas as mulheres pelo dia delas, comemorado amanhã (8/3). (BSM)

ÁGUA - Valter Nagelstein (MDB) iniciou a fala dele dando os parabéns às mulheres. “Sou pai de duas filhas e tenho uma tradição religiosa que consagra, às mulheres, um papel especial”, destacou Nagelstein. Ademais, o parlamentar cumprimentou as colegas vereadoras. Posteriormente, o emedebista tratou dos problemas sobre a água em Porto Alegre. “Hoje pela manhã estive em uma reunião no Paço Municipal. Tratamos da água na zona leste e da construção da estação de tratamento do Arado, no Belém Novo”, relatou. Outrossim, Nagelstein trouxe à tona o verão porto-alegrense. “Nesse período, milhares de pessoas sofreram com o abastecimento”, disse. Para ele, “existe uma série de medidas a serem tomadas, mas a licitação tem que sair no ano que vem, até seis meses antes do processo eleitoral”, sublinhou ao comentar que, se isso não acontecer, “vamos continuar com o problema”. (BSM)

FEMINICÍDIO - Adeli Sell (PT) lamentou que ainda seja grande o número de casos de feminicídio no país. "Feminicídio tem autor, é um crime bárbaro previsto na legislação brasileira." Destacou ainda a presença e participação de mulheres nas assessorias de vereadores e nos diversos setores da Câmara, especialmente no Setor de Taquigrafia, onde as servidoras são maioria. Citou a frase de Simone de Beauvoir: "Querer ser livre é também querer livres os outros". Para Adeli, é preciso que as pessoas entendam e respeitem as diferenças. Conclamou "os preconceituosos" a que comecem a olhar o ensino da sexualidade nas escolas como algo positivo, "não como amarra, mas para libertar as crianças". Por fim, lembrou a trajetória de algumas grandes mulheres brasileiras, como a catarinense Anita Garibaldi, a médica Rita Lobato e a vereadora Julieta Battistiolli. "Bravas mulheres, lutadoras que enchem meu coração de alegria." (CS)

FRENTE - Aldacir Oliboni (PT) informou que protocolou proposta, na Câmara, para que seja apreciada e votada a criação de uma frente parlamentar dos homens pelo fim da violência contra as mulheres. Segundo ele, uma frente de igual teor já havia sido criada na Assembleia Legislativa, mas ainda não existe na Cãmara. "Espero que resulte num debate profícuo entre vereadores e vereadoras para que possamos criar leis e políticas de combate à violência contra a mulher." Lembrou que, a cada 17 minutos, uma mulher é agredida fisicamente no Brasil, havendo ainda altas incidências de casos de violência sexual, assassinatos de mulheres por parceiros e assédio sexual. "A violência contra as mulheres atinge também a parte mais vulnerável da família, a criança, pois os filhos acabam presenciando as agressões." (CS)

Texto:  Bruna Schlisting Machado (estagiária de Jornalismo)
           Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
          Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)