Plenário

Sessão ordinária / Lideranças e Grande Expediente

Movimentação de plenário. Na foto, (E) vereadores Idenir Cecchim,  Márcio Bins Ely, Mendes Ribeiro e o líder do governo, vereador Kevin Krieger.
Vereadores durante sessão plenária de hoje (Foto: Matheus Piccini/CMPA)

Durante os períodos destinados às comunicações de lideranças e ao Grande Expediente, na sessão ordinária desta segunda-feira (4/7), os vereadores trataram dos seguintes temas:

DESCONTOS - Rodrigo Maroni (PR) defendeu projeto de sua autoria que prevê que as clínicas veterinárias concedam descontos em serviços prestados para pessoas de baixa renda que recebam apenas um salário mínimo. Lamentou caso de médico veterinário do Paraná que foi proibido pela Justiça de continuar prestando atendimento voluntário, sem cobrar nada, e destacou que pessoas de baixa renda são mais sensíveis a adotar animais domésticos do aquelas do segmento de maior renda. "Quase todas as pessoas que moram nas periferias das cidades seguramente têm um animal de estimação." (CS).

PLANOS - Lourdes Sprenger (PMDB) criticou a Agência Nacional de Saúde (ANS), que autorizou empresas operadoras de planos de saúde a aumentarem preços em até 13,57%. Segundo ela, a medida terá impacto sobre mais de 8 milhões de beneficiários, pois o aumento concedido é muito acima do índice do IPCA. "É o maior aumento já autorizado pela reguladora em 16 anos de atividades. Este é o oitavo ano consecutivo de aumentos acima da inflação para planos de saúde. E a saúde tem representado um peso no bolso da população." Lourdes destacou ainda que mais de um milhão de clientes tiveram de abandonar os planos suplementares no último ano. "O SUS terá de aumentar atendimentos, pois passará a atender também este segmento que está deixando os planos de saúde." (CS)

POSTOS - Cláudio Janta (SD) agradeceu apoio recebido de conselheiros do OP, dos vereadores e de 114 mil pessoas que colocaram seu nome em um abaixo-assinado favorável ao seu projeto, aprovado em primeiro turno pela Câmara na quinta-feira passada, que prevê a abertura dos postos de saúde 24 horas por dia. Segundo ele, houve sensibilidade também do secretário de Saúde para que as unidades básicas de saúde comecem gradativamente a atender 24 horas por dia. "É impossível para os municípios manterem as unidades de pronto-atendimento. A política de saúde não pode ser emergencial, o foco deve ser de atendimento e prevenção, para desafogar as emergências dos hospitais." (CS)

CIDADE - Adeli Sell (PT) lembrou que hoje se comemora o Dia do Cooperativismo e que foram gaúchos, no passado, que iniciaram o processo de união que gerou a ideia da economia colaborativa, "que fez história no estado e no país". Adeli ressaltou que Porto Alegre precisa de mais colaboração e que o poder público deve fazer o seu dever. "Há grande desdém em Porto Alegre com os serviços básicos." Ele criticou o fato da prefeitura ter instalado contêineres apenas para lixo orgânico, o que gera problemas no recolhimento do lixo reciclável. "A prefeitura deve explicações sobre o lixo espalhado na cidade." Também pediu providências do DEP quanto a problemas no Belém Velho, onde um conjunto de residências sofre com a mistura de esgoto cloacal com o pluvial, bem como a água empoçada há muitos meses na região da Ponta Grossa. Apontou ainda que o Viaduto Otávio Rocha tem problemas estruturais gravíssimos, sendo necessária uma parceria público-privada para fazer os reparos necessários, e cobrou providências da prefeitura para as vendas irregulares de produtos no Centro e para a situação precária da Praça Cid Pinheiro Cabral, no Menino Deus. (CS)

SUS - Em sua manifestação, Jussara Cony (PCdoB) defendeu o Sistema Único de Saúde (SUS) e o GHC, além de lembrar que há 33 anos era instalada na Câmara da Capital, por sua proposição, em parceria com o então vereador Caio Lustosa, a Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam). "Esta casa participou ativamente da luta pela saúde, incluindo a criação da Cosmam, por isso e por outros motivos defendemos o Sistema Único de Saúde (SUS). Volto a falar do golpe, pois a Constituição foi rasgada. Este governo atual é golpista e ilegítimo. Este governo Temer quer diminuir o SUS e obrigar a população a buscar planos de saúde privados. O SUS faz parte de um projeto de governo, incluindo cidadania e justiça social. Diminuindo o SUS, quem mais vai sofrer são os municípios. O ministro da Saúde do governo Temer, além de privatista, está desinformado e prestando declarações infelizes sobre a saúde da população brasileira. O GHC é um patrimônio da população, atendendo pessoas de todo o Estado, que sofrem das mais diferentes doenças, patologias e problemas de saúde." (JC)

Texto: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
           Jonathan Colla (reg. prof. 18.352)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)