Preconceito ao nanismo é tema no período de Comunicações
Durante o período de Comunicações desta quinta-feira (24/10), o Legislativo da capital gaúcha tratou do Dia Municipal de Combate ao Preconceito Contra as Pessoas com Nanismo, a transcorrer na sexta-feira (25/10). Indicado pela presidente Mônica Leal (PP) para falar em nome da Mesa Diretora, o vereador Paulinho Motorista (PSB), autor da lei que incluiu a data no calendário oficial de Porto Alegre, destacou que a patologia tem origem genética, não possui cura e carece de informações à sociedade para o combate ao preconceito.
Com a neta no colo, portadora de nanismo, Paulinho relatou os inúmeros casos de discriminação e preconceito para quem é portador da patologia, sejam eles nas relações de trabalho, na dificuldade para o uso de equipamentos e serviços públicos e privados, como nos meios de transporte, acesso a banheiros e outros. “Esse é um tema que deve ser tratado, especialmente nas casas legislativas, para que os parlamentos possam promover ações efetivas para a inclusão social daqueles que têm qualquer tipo de deficiência.”
Fabíola Malaguez, assessora técnica em políticas públicas para pessoas com deficiência da Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência e com Altas Habilidades no Rio Grande do Sul (Faders), colocou-se à disposição para o avanço da cultura da acessibilidade aos portadores de deficiência. Lamentou que essas pessoas tenham pouca visibilidade e lembrou que as legislações têm avançado, como no caso da convenção da Organização das Nações Unidas, da qual o Brasil é signatário e visam ao reforço da integração, ao respeito e à dignidade dessas pessoas.
Para o oficial de justiça do Fórum de Porto Alegre, Carlos Eduardo Lopes, pai da Julia, neta do vereador Paulinho Motorista, o primeiro passo é o da lembrança, “de poder estar aqui, debater e falar”. Lopes ainda ressaltou que existem leis que ajudam a combater os preconceitos, mas que é preciso que elas sejam executadas. “E esse é o papel dos vereadores, na fiscalização da prefeitura para que ela faça valer aquilo que foi aprovado.”