Projeto inclui Festa de Nossa Senhora das Dores no calendário oficial

Conforme o projeto, a presença da Igreja das Dores na história do município é uma constância, que, por vezes, passa despercebida no cotidiano. "Apesar da monumental edificação e sua historicidade, a influência política e religiosa fica alheia aos registros históricos da capital gaúcha, mesmo que ela tenha sido o pano de fundo de tantos fatos e acontecimentos", afirma.

Tarciso lembra que o culto a Nossa Senhora das Dores em Porto Alegre tem registro desde 1799, quando, no consistório da antiga Matriz da Madre de Deus, iniciou-se o culto à Mãe das Dores. Em 1801, foi instaurada a Irmandade de Nossa Senhora das Dores, no ano que marca o início das festividades e do Setenário em honra da santa.

O vereador informa que a construção de uma igreja dedicada exclusivamente a Nossa Senhora das Dores teve início em 1807, quando, em um terreno na Rua Riachuelo, começaram as obras de uma capela, concluída no ano de 1813. Com o passar dos anos, a Irmandade não economizou esforços para a construção de um templo maior, que ficou completo em meados da década de 30 do século XIX. O acesso se dava pela Rua Riachuelo até que, em 1859, um terreno fronteiriço à Rua dos Andradas foi adquirido para a construção da majestosa escadaria de 63 degraus que conduz à igreja. 

"A Igreja das Dores é um patrimônio nacional e de todos os porto-alegrenses, portanto vê-se, na inclusão da Festa e do Setenário no Calendário de Eventos, um ato muito oportuno, de valorização de tão expressiva e histórica festividade, que, assim como a grandiosa Festa de Nossa Senhora dos Navegantes, caracteriza-se como manifestação cultural da cidade, que, através da fé, revive a cada ano uma tradição de 214 anos", afirma Tarciso.