Plenário

Proposta debate o uso medicinal da maconha

Presidente em exercício, vereador Paulo Brum
Vereador Paulo Brum (PTB) é o autor da proposta (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Tramita, na Câmara Municipal de Porto Alegre, projeto de lei de autoria do vereador Paulo Brum (PTB) que inclui a efeméride Dia Municipal de Conscientização do Uso da Cannabis Medicinal no Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre, a ser celebrado no dia 27 de novembro.

Segundo o vereador, o dia 27 de novembro é lembrado nacionalmente como o dia de combate ao câncer, quando se celebra também o Dia Nacional da Maconha Medicinal. Criado por movimentos antiproibicionistas, o dia tem por objetivo debater e promover os benefícios das propriedades terapêuticas da cannabis – maconha. A maconha, lembra ele, já é regulamentada para fins terapêuticos em vários países, incluindo Uruguai, Israel, Canadá, República Checa e Estados Unidos da América. Além do câncer, médicos receitam a planta para o tratamento de diversas doenças, como glaucoma, esclerose múltipla e Aids. Nesses países, existem modelos de farmácias especializadas na produção desses fitoterápicos, com fácil acesso e custo acessível para a população.

“O Brasil, finalmente, começa a discutir com seriedade leis e decretos que podem tornar produtos à base de cannabis acessíveis para uso terapêutico. Nas últimas três décadas, a ciência e a medicina têm avançado a passos largos na compreensão do potencial medicinal dessa planta. Estudos científicos internacionais apontam para a eficiência do uso medicinal da maconha em muitos casos de câncer, minimizando as dores e as indisposições geradas pelo tratamento e estimulando a alimentação do paciente”, afirma Paulo Brum.

O parlamentar do PTB completa: “O debate sobre o uso medicinal tem dado um novo oxigênio no movimento por uma nova política de drogas para o Brasil. Com frequência temos encontrado relatos e notícias de famílias que conseguem, judicialmente, o direito de importar e até mesmo de cultivar a cannabis para daí extrair o seu medicamento. O próprio protagonismo dessas famílias na luta pelo acesso à saúde e o surgimento de novos coletivos e atores sociais empenhados no apoio a essas demonstra que essa é uma demanda que ganha cada vez mais espaço na sociedade”.

Texto

Matheus Lourenço (estagiário de Jornalismo)

Edição

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)

Tópicos:maconhamedicinalcannabis