Plenário

Proposta inclui economia solidária no calendário oficial

Na foto: Vereador Cláudio Janta
Vereador Cláudio Janta (SD) é o proponente (Foto: Carolina Andriola/CMPA)

Está em tramitação, na Câmara Municipal de Porto Alegre, o projeto que acrescenta a Semana da Economia Solidária no Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre. A proposta, de autoria do vereador Cláudio Janta (SD), inclui a data a ser comemorada na primeira semana do mês de dezembro. Para o proponente, a economia solidária é um jeito diferente de contribuição para o comércio. "Produzir, vender, comprar e trocar são o diferencial da economia solidária, enquanto no mercado convencional existe a separação entre donos de negócios e os empregados. Na economia solidária, os próprios trabalhadores também são os donos. Tanto no campo como na cidade, são milhares de iniciativas econômicas em que os trabalhadores se organizam de forma coletiva: associações e grupos de produtores, cooperativas de coleta e reciclagem, empresas recuperadas assumidas pelos trabalhadores, redes de produção e consumo, bancos comunitários; cooperativas de crédito, clubes de trocas, entre outras." 

Janta observa que cooperação, autogestão, ação econômica e solidariedade são princípios importantes da economia solidária. "É na cooperação que todos devem trabalhar, ao invés de competir. Na autogestão, as decisões nos empreendimentos são tomadas de forma coletiva, privilegiando as contribuições do grupo ao invés de ficarem concentradas em um único indivíduo. Apoios externos não devem substituir nem impedir o papel dos verdadeiros sujeitos da ação, aqueles que formam os empreendimentos."

Para ele, na economia solidária há distribuição justa dos resultados alcançados e preocupação com o bem-estar de todos os envolvidos nas relações com a comunidade, na atuação em movimentos sociais e populares, na busca de um meio ambiente saudável e de um desenvolvimento sustentável. 

"De acordo com o Fórum Brasileiro de Economia Solidária, esta forma de economia é praticada por milhões de trabalhadoras e trabalhadores de todos os extratos, incluindo a população mais excluída e vulnerável, organizados coletivamente gerindo seu próprio trabalho na luta pela emancipação em milhares de empreendimentos econômicos solidários. O que garante a reprodução ampliada da vida nos setores populares. São iniciativas de projetos coletivos, cooperativas populares, cooperativas de coleta e reciclagem, redes de produção, comercialização e consumo, instituições financeiras voltadas para empreendimentos, empresas autogestionárias, cooperativas de agricultura familiar e agroecologia, prestação de serviços e outras que dinamizam as economias locais, garantindo o trabalho e renda às famílias envolvidas, também promovendo a preservação ambiental."


Texto: Munique Freitas (estagiária de Jornalismo)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)