Plenário

Semana dos Corretores de Imóveis é tema do período de Comunicações

Período de comunicações temático: Semana Municipal do Corretor de Imóveis. Na foto: Vereadores Marcio Bins Ely e Engenheiro Comassetto, Carlos Hamel (presidente do Sindimóveis) e Armando Pinto Fontoura (presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do RS)
Armando Fontoura (entre Bins Ely e Comassetto) e Carlos Hamel representaram corretores (Foto: Guilherme Almeida/CMPA)

O Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 3ª Região (Creci-RS) e o Sindicato dos Corretores de Imóveis do Estado do Rio Grande do Sul (Sindimóveis-RS) foram homenageados no período de Comunicações Temático desta quarta-feira (24/8), dedicado à Semana Municipal dos Corretores de Imóveis. O período foi proposto pelo vereador e conselheiro do Creci-RS Márcio Bins Ely (PDT).

Bins Ely lembrou que 27 de agosto é o Dia Nacional do Corretor de Imóveis e fez um breve resgate histórico da profissão: “Os corretores existem desde o tempo da colonização, quando as pessoas ganhavam a vida arranjando pousadas para os estrangeiros. Na época, a profissão se chamava agente de negócios imobiliários”, contou. O vereador falou ainda que “o atual nível de desenvolvimento urbano de Porto Alegre exige a prestação desse serviço”. Bins Ely é corretor de imóveis e tem pai e avô na profissão.

O presidente do Sindimóveis, Carlos Lammel, falou que o sindicato nasceu em 1945, tendo 71 anos de história. “A profissão de corretor de imóveis está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento da capital gaúcha, de 1,5 milhão de habitantes. São profissionais que trabalham com o bem mais precioso: a casa própria. Ser corretor é plantar sementes, criar raízes e colher frutos do seu trabalho”, declarou Lammel. Armando Pinto Fontoura, presidente do Creci-RS, explicou que, até 1962, qualquer pessoa podia se inscrever para ser corretor. "Hoje, já precisa ter escolaridade de ensino médio. Estamos tentando exigir, futuramente, um curso superior. Estamos cada vez mais qualificados”. Por fim, o representante do Creci-RS definiu o corretor de imóveis como “um misto de engenheiro, psicólogo e advogado” e entregou prêmio ao vereador Márcio Bins Ely pela dedicação ao sindicato.

O vereador Bernardino Vendruscolo, do PROS, também foi corretor de imóveis, sendo, inclusive, um dos fundadores da Imobiliária Gaúcha, e contou que, até há alguns anos, o corretor tinha o seu trabalho quase que restrito à aproximação de comprador e vendedor, e que hoje o corretor desempenha uma função mais complexa. Por fim, sugeriu que “o comprador de imóvel não saia procurando imóveis sozinho; que ele procure logo o corretor”, defendendo a exclusividade do serviço. Reginaldo Pujol (DEM) também defendeu a profissão, afirmando que ela deveria ser regularizada, pois “todas as atividades dignas precisam de regularização”. O vereador ainda falou que a sua “ausência na tribuna seria uma omissão imperdoável, pois tem muito respeito e admiração pela categoria”, e contou que "fazia alguns 'bicos' no Creci para conseguir pagar a faculdade”.

Aproveitando o tema para discutir sobre a infraestrutura da cidade, Adeli Sell (PT) explicou que Porto Alegre necessita de um processo profundo de regularização. “Imaginem se não tivéssemos o corretor de imóveis ou os outros profissionais do urbanismo? Os senhores são muito prejudicados pela burocracia da prefeitura e dos bombeiros para conseguir trabalhar, principalmente após a mudança da lei devido a tragédia na Boate Kiss em Santa Maria", disse Adeli. Já o vereador Engenheiro Comassetto (PT) explanou sobre uma possível reforma urbana e a necessidade de uma revitalização da cidade. “No Centro Histórico temos 30 ou 40 prédios fechados onde poderíamos ter pessoas morando se houvesse a reforma deles.” Afirmou que “o corretor de imóveis recebeu status no Rio Grande do Sul e no Brasil nos últimos anos”. 

Texto: Ananda Zambi (estagiária de Jornalismo)
          Cleunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)