Plenário

Sessão ordinária / Grande Expediente / Comunicações / Lideranças

  • Movimentações de plenário. Na foto, na tribuna, o vereador Ricardo Gomes.
    O vereador Ricardo Gomes (PP) (Foto: Giulia Secco/CMPA)
  • Movimentação de Plenario.
    A vereadora Sofia Cavedon (PT) (Foto: Tonico Alvares/CMPA)

Durante o período de Grande Expediente, Lideranças e Comunicações da sessão ordinária desta segunda-feira (3/9), os vereadores da Câmara Municipal de Porto Alegre trataram dos seguintes temas:

CULTURA - Sofia Cavedon (PT) lamentou o incêndio que destruiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, neste domingo (2/9). Segundo ela, foi perdido “um acervo inestimável” que se encontrava no local. Sofia lembrou a revogação da lei do inventário dos bens culturais e, com isso, a inexistência de leis e instrumentos para proteger os patrimônios da cultura. A vereadora ainda exaltou a Escola Preparatória da Companhia Municipal de Dança, no Bairro Restinga, que conquistou seis troféus no Encontro de Dança realizado neste final de semana em Novo Hamburgo. Constatou também a falta maior de professores em escolas periféricas da Capital, em relação às instituições localizadas em áreas mais centrais. Sofia aproveitou para criticar o Executivo Municipal pela previsão de déficit de R$ 1,1 bilhão na Lei de Diretrizes Orçamentárias, um aumento em relação aos anos anteriores. (ML)

ABANDONO - Para Aldacir Oliboni (PT), o prefeito abandonou a cidade que o elegeu para governar: houve descaso e omissão do Executivo para minimizar os prejuízos causados pela chuva, principalmente para as populações carentes. Outro problema apontado, que é recorrente no município, mas que se potencializou pelo volume de águas nas vias, diz respeito aos inúmeros buracos no asfalto. Ele também denunciou aspectos problemáticos na área da saúde: uma região com mais de 25 mil habitantes está sendo atendida por três equipes de saúde da família, que compartilham apenas um médico trabalhando 20 horas semanais. “Muitas famílias estão com consultas agendadas somente para novembro. São inúmeras as unidades de saúde que não têm estrutura, enfermeiros ou médicos. São centenas ou milhares de pessoas que não estão acessando o sistema de saúde, educação e assistência social”, criticou. (AM)

CULTURA II - Ricardo Gomes (PP) destacou que o incêndio que atingiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, já era uma tragédia anunciada ao menos desde 2004, quando a Agência Brasil do Governo Federal noticiou um alerta sobre a existência deste risco. Criticou o discurso da vereadora Sofia Cavedon (PT), que reclamava sobre o Estado mínimo e suas consequências, lembrando que a gestão federal na ocasião era de seu partidário Luiz Inácio Lula da Silva. Também desaprovou a visão de cultura que o partido da vereadora demonstra quando incentiva espetáculos artísticos como Bundaflor, Bundamor, apresentado na IV Mostra de Artes Cênicas e Música do Teatro Glênio Peres, da Câmara Municipal. “Chegou a hora de mostrar aos cidadãos a alta cultura brasileira, para que conheçam a verdadeira história e que assim formem suas opiniões”, disse. (AM)
 
CULTURA III - Sofia Cavedon (PT) ponderou a atitude dos vereadores de situação, que retiraram o quórum da sessão de hoje. “A retirada de quórum é um instrumento do governo. Mas é bom que o prefeito saiba que suas medidas que destroem a cidade em diferentes áreas não têm aprovação nem acordo. Seu Estado mínimo é de máxima indignação”, afirmou. Respondendo ao vereador Ricardo Gomes (PP), classificou seu discurso como desconhecedor de parâmetros de sociedades democráticas e libertárias. Recordou que a divisão entre cultura alta e baixa, ou elitista e popular, é um preconceito que reforça a divisão classista da sociedade. Além disso, explicou que o critério para a seleção dos espetáculos não é político, mas técnico: a banca é constituída por artistas, não por vereadores. (AM)

Texto: Matheus Lourenço (estagiário de Jornalismo)
          Alex Marchand (estagiário de Jornalismo)
Edição:Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)