Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

  • Movimentação de plenario. Na foto, vereadora Karen Santos.
    Vereadora Karen Santos (PSOL) (Foto: Débora Ercolani/CMPA)
  • Período de Comunicações em Homenagem aos 12 anos da Record RS. Na foto, vereador Adeli Sell.
    Vereador Adeli Sell (PT) (Foto: Débora Ercolani/CMPA)

Os vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre, durante os períodos de Comunicações e Lideranças da sessão ordinária desta segunda-feira (8/7), trataram dos seguintes temas:

INFANTIL - Cláudio Janta (SD) falou sobre o trabalho infantil. Disse que o “presidente da República tem que ser o guardião da lei e cumprir as coisas do país”, mas, que, diferente disso, “ele vai para o rádio e a televisão mencionar que o momento é de o Brasil dar emprego para menores”. Na oportunidade, Janta recordou a infância dele. Contou que começou a trabalhar com 9 anos de idade em um armazém, no bairro Partenon. Salientou que, por ter iniciado a trabalhar cedo, não se assusta com isso. Afirmou, contudo, que o Brasil está retrocedendo. “Temos 23 milhões de desempregados, e o presidente quer que os menores trabalhem. Trabalhem onde? Na exploração do menor aprendiz?”, questionou. O parlamentar ponderou que os chefes de família não têm emprego. Salientou a falta de projetos para desenvolver o país e concluiu: “Lugar de criança é na escola, estudando e aprendendo”. (BSM)

RESíDUOS - Felipe Camozatto (Novo) alertou que novo decreto que diz respeito à destinação de resíduos sólidos, por sua subjetividade, tem preocupado empreendedores na Capital. Segundo ele, os empreendedores não encontram segurança jurídica em fiscalização e atuação. “Esses estabelecimentos ainda não têm definido como destinar seus resíduos e, até agora, o DMLU não respondeu. No dia 5 de junho fizemos ofício à prefeitura, mas até agora não tivemos retorno. Lembrando que já estão contribuindo com recolhimento dos resíduos na taxa do IPTU, mas contratam terceiros para recolher o lixo; então, essa deve ser descontada. Esse tema é urgente”, destacou, ressaltando que, a partir de poucas semanas, esses empreendedores estarão sujeitos à autuação. “Eles querem estar dentro da lei”, concluiu. (LV)

FLANELINHAS - Nelcir Tessaro (DEM) falou sobre os flanelinhas de Porto Alegre, especialmente os que atuam na região central, no entorno do Parque Marinha do Brasil e da Orla. Disse que foi vítima de uma situação incômoda, quando teve seu veículo trancado por outro, por orientação dos guardadores na área do Marinha em frente ao shopping Praia de Belas. Que já solicitou à EPTC que instale ali área azul. Citou matéria do jornal Metro sobre operação, no final de semana, junto à Orla, que resultou na prisão de um foragido da Justiça. Declarou que não é possível aceitar achaques, como o que resultou, na semana passada, em um motorista esfaqueado nas proximidades da Receita Federal. Mas ressaltou não ser contra o trabalho daqueles que estão devidamente identificados e aceitam contribuições espontâneas. Finalizou pedindo mais policiamento no entorno do Colégio Protásio Alves. (MG)

REPOSIÇÃO - Adeli Sell (PT) falou sobre a presença da Aiamu e as importantes informações sobre a arrecadação municipal. Questionou prefeito seguir dizendo que não tem dinheiro e cobrou reposição das perdas aos servidores, a exemplo do que fez o Legislativo. Sobre a situação de moradores de rua, saudou a iniciativa dos clubes de futebol, mas disse que faltam, por parte da prefeitura, políticas públicas efetivas nos 365 dias do ano. Criticou o anúncio do início das notificações de proprietários de imóveis no Centro, para o conserto das calçadas, sem que antes a própria prefeitura e o Estado façam a manutenção das que são de sua responsabilidade. Por fim citou o rompimento entre prefeito e vice como possiblidade de reequilíbrio do debate na Casa e lembrou que a falta de resposta a pedidos de informações pode levar responsabilização e penalidades ao chefe do Executivo. (MG)

OMISSÃO - Karen Santos (PSOL) criticou a omissão da prefeitura na área social. Elogiou a iniciativa do Inter e torcidas organizadas, mas que não resolve o problema porque o frio segue e as pessoas voltaram às ruas. Que os dados oficiais mais recentes, de 2016, apontavam pouco mais de 2 mil pessoas em situação de rua e contrastam com os números da RBS, que identificou mais de 4 mil atualmente. Disse que 300 atendimentos no Gigantinho atingiram menos de 10% desse total, e a crise dos serviços, em parte, se dá pela guerra do prefeito contra os servidores. Que a morte do jornalista é um caso, mas que as vítimas tendem a aumentar, situação que só não é pior pela atuação de ONGs e grupos que minimizam o sofrimento de quem vive nas ruas. Por fim, falou do fechamento do único abrigo familiar, do restaurante popular e da necessidade de mudar a forma violenta no trato de quem vive nas ruas. (MG)

Texto

Bruna Schlisting Machado (estagiária de Jornalismo)
Lisie Bastos Venegas (reg. prof. 13688)
Milton Gerson (reg. prof. 6539)

Edição

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)