Tribuna Popular

Sindicato dos Enfermeiros do RS critica aumento da alíquota do Previmpa

Entidade também lamentou a falta de repassas e de políticas públicas na saúde

Tribuna popular. Sindicato dos enfermeiros no Estado do Rio Grande do Sul (SERGS) discorre sobre PL 04/2017. Na foto, o presidente do sindicato Estevão Finger da Costa.
Estevão Finger criticou abertura de postos sem segurança e sem medicamentos (Foto: Luiza Dorneles/CMPA)

O aumento da alíquota descontada do salários de servidores municipais para o Previmpa e os problemas enfrentados no setor da saúde foram assuntos trazidos pelo Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul (Sergs), no período de Tribuna Popular, em sessão ordinária realizada na tarde desta segunda-feira (19/6) pela Câmara Municipal de Porto Alegre. Representando sua entidade, o presidente Estevão Finger da Costa falou sobre o descontentamento da classe com medidas dos governos municipal e estadual. 

Ao criticar a situação do atendimento e dos serviços de saúde no Estado e na Capital gaúcha, o presidente da Sergs lamentou o momento pelo qual os profissionais passam. “Estamos vivendo um retrocesso total em relação à saúde”, disse ao classificar a atual política como "um descaso do governo com a população". De acordo com Estevão, os governos federal e estadual adotam atitudes semelhantes ao não realizar repasses de verbas à saúde, causando o fechamento de leitos em hospitais e o sucateamento no sistema.

“Em Porto Alegre a situação tem se agravado diariamente. A prefeitura abre postos [de saúde] por mais tempo, mas o atendimento não tem eficiência, que é o objetivo do serviço”, lamentou. Na avaliação do presidente do sindicato, esta medida também compromete a segurança de usuários e trabalhadores. A falta de medicamentos foi outro ponto destacado por ele, bem como a falta de recursos humanos e de políticas para que esta área tenha um melhor desempenho.  

Em desaprovação ao projeto de lei do Executivo que trata do aumento da alíquota do Previmpa, Estevão disse acreditar que a proposta prejudica os municipários.  “A Prefeitura pretende trazer ainda mais dissabor aos trabalhadores", afirmou salientando que "o órgão municipal, além de não valorizar a classe trabalhadora, reduz ganhos". Ao solicitar apoio dos vereadores na luta por condições adequadas de trabalho e atendimento digno à população, o presidente da Sergs agradeceu àqueles que defendem a classe trabalhadora, o sistema de saúde, a educação e segurança: "Lutem ao lado do povo de Porto Alegre”.

Texto: Munique Freitas (estagiária de Jornalismo)
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)