COMISSÕES

Vereadores visitam Rua da Represa

  • Comissão visita a Rua da Represa no bairro Cel. Aparício Borges.
    Enxurrada que ocorreu na região há dois anos resultou na morte de uma pessoa (Foto: Leonardo Cardoso/CMPA)
  • Comissão visita a Rua da Represa no bairro Cel. Aparício Borges. Na foto, com a fala, o vereador Aldacir Oliboni.
    Vereadores ouviram demandas da comunidade na manhã desta sexta-feira (Foto: Leonardo Cardoso/CMPA)

Vereadores da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) e da Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul (Cefor) da Câmara Municipal de Porto Alegre visitaram a Rua da Represa, no Bairro Coronel Aparício Borges, na manhã desta sexta-feira (16/8). Acompanhados de moradores e lideranças comunitárias, os vereadores Aldacir Oliboni (PT) e Cláudia Araújo (PSD), membros da Cosmam, e o vereador Airto Ferronato (PSB), da Cefor, percorreram a extensão da via que faz divisa com o Arroio Moinho, na zona leste da Capital. Representantes do Dmae, DMLU e Fasc acompanharam o roteiro.

“Faz dois anos que faleceu uma moradora arrastada pela enxurrada. De lá para cá temos tensionado o governo por ações que melhorem a situação, mas a cada vez que chove entra água nas casas e não tem como passar pela rua. Tem muita coisa para ser feita: a revitalização do Arroio, a construção de um pontilhão, o deslocamento de um poste que está no meio da água”, relatou a líder comunitária Maria Elisabete Marques Gomes. Problemas referentes à iluminação pública e às condições da via também foram destacados pelos moradores. “Temos cadeirantes que não conseguem passar por aqui. Somos pobres, adquirimos as coisas com suor pra perder tudo quando chove”, lamentou o morador Pedro Roberto Cunha da Silva.

Ao longo do trajeto, moradores mostraram aos parlamentares pontos em que residências correm risco de desmoronamento e outros em que a água corre por cima da rua devido ao entupimento dos canos subterrâneos ou vazamentos. Eles também criticaram a ação de vizinhos que descartam resíduos ao longo do Arroio Moinho, o que agrava o problema nos dias de chuva e ainda contribui para a proliferação de insetos e ratos. 

A área de maior risco para os pedestres é a travessia sobre a represa, no alto do Arroio. O local é estreito e tem apenas uma corda - instalada pelos próprios moradores - como proteção improvisada. As lideranças que acompanharam a visita sugeriram a construção de um pontilhão com corrimão nas laterais.  

Conforme o vice-presidente da Associação de Moradores da Chácara do Primeiro, Henrique Jerônimo Arusiewicz, em novembro de 2012 deveria ser inaugurada a pavimentação da rua, no entanto, a obra apenas foi iniciada. Além disso, essa primeira parte do trabalho acabou provocando ainda mais erosão no entorno do Arroio. “Queremos que a prefeitura apresente um projeto para colocação das galerias, para desassorear o curso d’´água e para finalizar o asfalto, que no papel consta como concluído”, afirmou.

Vereadores

 “Temos aqui alguns pontos críticos que a comunidade vem cobrando do poder público e nada acontece de melhoria. O governo precisa apresentar uma alternativa”, afirmou Oliboni. O parlamentar informou que será realizada uma reunião conjunta da Cosmam e da Cefor, com a presença da comunidade, para o governo apresentar qual projeto tem para o local, tanto com relação ao desassoreamento e revitalização do Arroio quanto no que se refere a programas habitacionais para a remoção das famílias que moram em áreas de risco.

A vereadora Cláudia Araújo, que faz sua primeira visita pela Cosmam, ponderou que há duas questões importantes para a solução dos problemas da comunidade da Rua da Represa: a atuação do poder público, que precisa cumprir os projetos que diz ter para a região; e a conscientização dos moradores para que não joguem lixo no Arroio. Ferronato destacou a importância da reunião conjunta, a ser realizada provavelmente em setembro, “para que os moradores saibam efetivamente o que vai acontecer”.

 

Texto

Ana Luiza Godoy (reg. prof. 14341)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)