Tribuna Popular

ViaVida busca sensibilizar a sociedade sobre doação de órgãos e tecidos

No RS, há uma lista de espera por 872 rins, 145 fígados, 170 medulas ósseas, 85 pulmões, 16 córneas e 17 corações

Clóvis Xavier da Silva, representante da Via Pró-Doações e Transplantes (Via Vida), fala acerca da importância da doação de órgãos e tecidos.
Voluntário Clóvis Silva preside conselho consultivo da entidade (Foto: Luiza Dorneles/CMPA)

Com mais de 17 anos de atividades em Porto Alegre, a organização não-governamental Via Pró-Doações e Transplantes (ViaVida) busca contribuir para mudanças culturais na sociedade, com consequentes mudanças de atitudes das pessoas sobre a doação de órgãos. Conforme Clóvis Xavier da Silva, presidente do Conselho Consultivo, uma das principais metas da entidade é diminuir a lista de espera pela doação de órgãos ou tecidos. Silva esteve na tarde desta quinta-feira (28/9) na Câmara Municipal da Capital, onde participou da sessão ordinária no período de Tribuna Popular.

"É um tema ainda complicado de se falar”, destacou Silva ao citar que, no Estado, há uma lista de espera por 872 rins, 145 fígados, 170 medulas ósseas, 85 pulmões, 16 córneas e 17 corações. "Um doador pode salvar oito vidas”, salientou ele ao pedir que as pessoas se sensibilizem sobre esse assunto. “Nossa proposta é de que a corrente do bem aumente, para que possamos ter uma sociedade solidária, onde se salvem mais vidas”.

Formada por 78 voluntários, e com a participação de seis funcionários, a ViaVida desenvolve projetos de sensibilização sobre a doação de órgãos através de palestras feitas em empresas, escolas e universidades. Também há a participação em feiras, eventos e certames esportivos, além da promoção do Grenal pela Vida e do Pedalando pela Vida, como disse Clóvis Silva, ao apresentar a organização aos vereadores. São igualmente feitos brechós, a partir de doações recebidas, jantares, feijoadas e chás beneficentes, todos como oportunidades de se divulgar esse tema.

Além das atividades de sensibilização sobre a doação de órgãos, a ViaVida mantêm uma casa de acolhimento para pessoas de baixa renda que vêm a Porto Alegre em busca de tratamento e transplantes. Silva explicou que esta é uma forma de manifestar a solidariedade da entidade com  às pessoas que aguardam atendimento. “Elas precisam se sentir agraciadas para enfrentarem uma cirurgia”, explicou. A casa é atendida por voluntários, que, entre outras atividades, promovem oficinas com crianças que deixam a escola enquanto esperam pelo tratamento ou acompanham os pacientes em visitas pela cidade.  

Texto: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)