Plenário

Votação de abono é discutida pelas lideranças de bancadas

Na sessão desta quarta-feira (15/9), no período de Lideranças, vereadores e vereadoras fizeram as seguintes manifestações:

ABONO I – Thiago Duarte (PDT) criticou a bancada de oposição por, segundo ele, não querer votar o projeto de abono aos médicos do município. Colocou que sua bancada, a do PDT, e o prefeito não são contrários a aumento de qualquer categoria. “Sou solidário a todos os municipários”, disse ao criticar a oposição que, em 2004 quando estava na administração da Capital, não teria resolvido os problemas da saúde. “Agora não querem votar o abono dos médicos. Essas pessoas querem o caos da saúde de Porto Alegre. Não querem construir a saúde na Capital, e querem a falta de médico e de profissionais”, avaliou. (LO)
 
ABONO II – Dr. Raul (PMDB) disse que há mais de um ano existe a luta do plano de carreira e do abono dos médicos, fruto de construção de acordos inclusive com a oposição. “Algo urgente precisa ser feito”, pediu. Dr. Raul informou que um acordo entre Sindicato Médico e prefeitura surgiu a construção do abono. “Ninguém é contra que outros profissionais ganhem aumento, mas existem momentos para esta aprovação”, argumentou. O vereador destacou que hoje a oposição tirou o quorum e a possibilidade de votar o abono dos médicos. “O plenário é o local aonde estas coisas se resolvem, de forma democrática. A retirada do quorum não constrói”, concluiu. (LO)
 
ABONO III – Engenheiro Comassetto (PT) disse que a oposição vai votar favoravelmente ao abono dos médicos, e disse que a responsabilidade colocada por Thiago Duarte não é verdadeira. “Ele não pode dizer que a não votação é culpa da oposição. Estamos aqui na mesma proporção da base do governo”, sustentou. Segundo ele, em seis anos da atual administração foi feito um desmonte da saúde em Porto Alegre. “Somos dez de 36 vereadores, e por isso não podemos ser responsabilizado”, apontou. Comassetto ressaltou que é preciso abrir uma agenda com a situação e o Executivo para tratar do plano de carreira de todos os trabalhadores do município e da área da saúde. (LO)
 
ABONO IV – Sofia Cavedon (PT) disse que se a oposição manteve o quorum para votar os vetos do prefeito em relação ao PDDUA, e que poderia, portanto, ter votado também o abono dos médicos. “Este abono é uma conquista da classe médica, mesmo que busquem um plano de carreira. Para votar esta conquista a base, que tem 26 votos, não estava aqui presente. Não é justo e não é verdadeiro responsabilizar a oposição”, avaliou. Sofia disse que o projeto não foi construído com o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa). “Isto divide as categorias. É necessário sentar com os servidores e estabelecer uma pauta de priorização. Os outros funcionários estão pedindo tratamentos iguais”, justificou. (LO)

DEVER - João Antonio Dib (PP) afirmou categoricamente ser contrário à carta universal dos direitos humanos por achar que os deveres são muito mais importantes que os direitos. "Primeiro precisamos fazer o nosso dever para depois usufruir do direito", frisou em menção aos vereadores que retiraram o quórum no plenário nesta tarde. "Eu estou aqui desde cedo para votar os projetos e achar soluções. Não podemos achar que vamos avançar sem termos responsabilidades", criticou. Para ele, se todas as pessoas cumprissem corretamente os seus deveres, automaticamente os direitos estariam assegurados."Eu sempre cumpri com o meu dever de vereador, fazendo a minha parte para que esta cidade seja melhor". (ES)

Leonardo Oliveira (reg. prof. 12552)
Ester Scotti (reg. prof. 13387)