Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

Na sessão ordinária da Câmara Municipal de Porto Alegre, nesta quinta-feira (21/2), vereadores e vereadoras trataram dos seguintes assuntos em Lideranças:

TELEFONIA - Elizandro Sabino (PTB) falou que 21 de fevereiro é o dia da mobilização contra as altas taxas e serviços precários prestados pelas empresas de telefonia móvel e fixa. Segundo o vereador, no Rio Grande do Sul a Assembleia Legislativa está organizando uma CPI que deverá investigar por que as operadoras não cumprem com as regras de qualidade mesmo cobrando valores tão abusivos. Até mesmo na Câmara de Porto Alegre já existe pedido de CPI, como lembrou. “Neste dia 21 de fevereiro, desligue seu celular em protesto contra as altas tarifas de celular”, disse. (GS)

TRANSPORTE - Paulinho Motorista (PSB) comentou a demissão do funcionário da empresa de ônibus Restinga dispensado na madrugada de hoje. O vereador esteve na empresa acompanhado da vereadora Sofia Cavedon (PT) para tentar um acordo com seu diretor. A dispensa, segundo Paulinho, seria motivada por retaliação à participação de cobrador em negociações do dissídio. O funcionário foi recontratado após os colegas fazerem um protesto e não saírem com os ônibus da garagem. (GS)

MUSEU - Tarciso Flecha Negra (PSD) discursou sobre a construção do Museu da História e da Cultura do Povo Negro, preferencialmente no Largo Zumbi dos Palmares, localizado entre a Travessa do Carmo e a Avenida Loureiro da Silva. Segundo o vereador, o objetivo principal da criação de um espaço é auxiliar as escolas no ensino sobre a história e a cultura afro-brasileira e divulgar a contribuição dos afro-descendentes para o desenvolvimento de Porto Alegre. Ainda de acordo com Flecha Negra, Porto Alegre tem 49% de afro-descendentes. “Eu espero que esse museu fique pronto antes da Copa do Mundo", disse. (GS)

CHUVA - Engenheiro Comassetto (PT) comentou a forte chuva que caiu ontem (20/2) na Capital e causou transtornos para a população. O vereador citou o Conduto Álvaro Chaves, inaugurado em 2008, a maior obra de drenagem da cidade, que custou R$ 59 milhões, mas não impediu vários pontos de alagamento na região onde está instalado. Lembrou que, na esquina das ruas Coronel Bordini e Marquês do Pombal, o asfalto cedeu. “Bastou uma hora para Porto Alegre submergir”, disse. O vereador quer que a investigação da prefeitura não seja interna e sim externa. “Muitas perguntas não estão respondidas”, declarou. (GS)

GERADORES – João Carlos Nedel (PP) disse que, apesar da cidade contar com 21 casas de bombas, equipamentos para escoamentos de águas, na quarta-feira (20/2) apenas duas que têm gerador de energia próprio estavam funcionando. “As outras não funcionaram por falta de luz, e energia é da CEEE e do governo do Estado.” O vereador disse ainda que, em pelo menos cinco locais que sofrem alagamentos, há casas de bombas, mas justamente a falta de energia elétrica não permitiu o escoamento das águas. Nedel afirmou também que outro problema verificado é ligado às bocas-de-lobo, que às vezes resulta da falta de cuidados da população que deposita lixo em lugares indevidos, causando entupimentos de escoadouros. (HP)

RECORRÊNCIA – Airto Ferronato (PSB) explicou que, para projetos de escoamento, é considerado um cálculo denominado de Tempo de Recorrência, o qual considera o maior volume de chuvas no período de 10 anos. “Ontem, em 35 minutos de chuva, foi registrado o maior tempo de recorrência de 180 anos”, afirmou. Conforme o vereador, as redes de escoamento de qualquer cidade não comportariam a chuva verificada em Porto Alegre nesta quarta-feira. Ferronato lembrou ainda que o DEP mantêm equipes de plantão, sempre que anunciado chuvas, ou para a limpeza de bocas-de-lobo. Contudo, conforme o vereador, o volume de chuvas ultrapassou qualquer expectativa ou planejamento. (HP).  

ÔNIBUS - Alex Fraga (PSOL) manifestou o total repúdio de sua bancada ao aumento das passagens de ônibus na Capital. “Em 2002, o preço da passagem era R$ 2,10, e se esse aumento proposto fosse levado a sério, o aumento chegaria a 200%. Não acredito que a inflação nesse período foi essa.” Alex falou também que a bancada apoia os rodoviários e que suas manifestações por melhores condições de trabalho são justas. “Os trabalhadores não têm culpa de estar nas ruas lutando pelos seus interesses, ninguém deve ser demitido.” Destacou também que um sindicato deve lutar pelo direito de seus trabalhadores e, quando ele trai a categoria, não representando aqueles que o colocaram como representante, deve ser deposto. (LV)


Texto: Guga Stefanello (reg. prof. 12.315)
           Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)  
Estagiário: Luciano Victorino
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)