ATA DA CENTÉSIMA TERCEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA LEGISLATURA, EM 29.11.1993.
Aos vinte e
nove dias do mês de novembro do ano de mil novecentos e noventa e três
reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de
Porto Alegre, em sua Centésima Terceira Sessão Ordinária da Primeira Sessão
Legislativa Ordinária, da Décima Primeira Legislatura. Às quatorze horas foi
realizada a chamada, sendo respondida pelos Vereadores Airto Ferronato, Antonio
Hohlfeldt, Artur Zanella, Clênia Maranhão, Clóvis Ilgenfritz, Décio Schauren,
Dilamar Machado, Divo do Canto, Eliseu Santos, Eloi Guimarães, Fernando Zachia,
Geraldo de Matos Filho, Gerson Almeida, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá,
Henrique Fontana, Isaac Ainhorn, Jair Soares, João Dib, João Motta, João Verle,
Jocelin Azambuja, José Gomes, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Maria
do Rosário, Mário Fraga, Milton Zuanazzi, Nereu D’Ávila, Pedro Américo Leal,
Pedro Ruas e Wilton Araújo. Constatada a existência de “quorum”, o Senhor
Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou que fossem distribuídas
em avulsos cópias das Atas da Centésima Segunda Sessão Ordinária e da Décima
Primeira Sessão Especial, que foram aprovadas. Do EXPEDIENTE constaram: Ofícios
nºs 706, 707 e 708/93, do Senhor Prefeito Municipal, 034/93, do Departamento de
Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça, 1043/93, da
Secretaria da Justiça, do Trabalho e da Cidadania deste Estado, 21/93, do
Presidente da Câmara Municipal de Lagoa Vermelha, 748/93, do Secretário
Municipal de Administração do Município de São João Del Rei, 071/93, da União
dos Vereadores do Rio Grande do Sul, 1138/93, do Diretor-Presidente da
Companhia União de Seguros, e s/nºs, da Liderança do Partido dos Trabalhadores
na Câmara dos Deputados, do Senhor Gentil Antonio Furlin, Delegado Regional do
Trabalho no Rio Grande do Sul, do Vereador Roberto Bezerra, Líder do PL na
Câmara Municipal de Guaíba/RS, da Companhia Brasileira de Petróleo Ipiranga e
da Casa de Escritores Sagrada Família; Convite da Prefeitura Municipal de Porto
Alegre, convidando para a I Plenária Municipal de Delegados do Orçamento
Participativo de Porto Alegre/94; e FAX, da Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos, comunicando o lançamento dos Selos da Semana de Combate à
Hanseníase. À MESA foram encaminhados: pelo Vereador Airto Ferronato, 02
Pedidos de Informações de nºs l83 e 184/93 (Processos nºs 2898 e 2899/93
respectivamente); pelo Vereador Divo do Canto, 01 Projeto de Lei do Legislativo
nº 149/93 (Processo nº 2903/93); pelo Vereador Eliseu Santos, 01 Pedido de
Providências; pelo Vereador Isaac Ainhorn, 02 Pedidos de providências; pelo
Vereador João Dib, 01 Pedido de Providências; pelo Vereador Jocelin Azambuja, 01
Indicação nº 43/93 (Processo nº 2919/93) e 01 Pedido de Informações nº 187/93
(Processo nº 2920/93); pelo Vereador José Gomes, 02 Projetos de Lei do
Legislativo nºs 137 e 147/93 (Processos nºs 2680 e 2885/93, respectivamente);
pelo Vereador Milton Zuanazzi, 02 Pedidos de Informações nºs 185 e 186/93
(Processos nºs 2900 e 2908/93) e, pelo Vereador Pedro Américo Leal, 01 Projeto
de Lei do Legislativo nº 148/93 (Processo nº 2890/93). Em PAUTA, Discussão
Preliminar, estiveram, em lª Sessão, os Projetos de Lei Complementar do
Legislativo nºs 36, 38 e 39/93 e 21/92, este, discutido pelo Vereador Clóvis
Ilgenfritz, os Projetos de Lei do Executivo nºs 70 e 71/ 92, e os Projetos de
Lei do Legislativo nºs 138, 139 e 144/93; em 3ª Sessão, o Substitutivo nº 01 ao
Projeto de Lei do Legislativo nº 122/93; e, em 4ª Sessão, o Projeto de Emenda à
Lei Orgânica nº 81/93. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Antonio Hohlfeldt
congratulou-se com o Vereador Dilamar Machado por sua indicação à Secretaria
Extraordinária de Comunicação Social. Registrou sua estranheza quanto a postura
do PT com referência ao Projeto de Lei da Vereadora Maria do Rosário, que
institui o Conselho de Transportes Urbanos. Disse, também, que havia
concordância entre esta Casa e o Executivo Municipal em aprovar este Projeto
com as Emendas apostas ao mesmo, exceto a do Vereador Jocelin Azambuja, a qual
havia ingressado na última hora, questionando atitude da Bancada do PT em adiar
o prazo para exame dessa matéria. Falou, ainda, sobre o Projeto do Vereador Nereu
D’Ávila que está sendo negociado com as Secretarias Municipais da Fazenda e
Administração referente a funcionários aposentados e cedidos pela Companhia
Carris Portoalegrense, dizendo aguardar pronunciamento da Bancada acerca desses
assuntos. O Vereador Dilamar Machado anunciou seu afastamento desta Casa para
assumir a Secretaria Extraordinária de Comunicação Social a partir de primeiro
de dezembro, a convite do Governador Alceu Collares, dizendo ir para uma função
que muito o agrada. Reportou-se sobre sua vida pública e profissional,
comentando decisões feitas ao longo desses anos. Falou, também, sobre as
críticas efetuadas acerca da rampa de acesso a este Legislativo, afirmando
sentir-se feliz com a notícia da aprovação de recursos para implantação de central
de ar condicionado nesta Casa. Convidou a todos para quarta-feira, às dezoito
horas, assistirem sua posse naquela Secretaria. A seguir, foi aprovado
Requerimento do Vereador Airto Ferronato, solicitando alteração na ordem dos
trabalhos da presente Sessão. Após, constatada a existência de “quorum” foi
iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral esteve, em 3ª Sessão, o Projeto de
Emenda à Lei Orgânica nº 78/93. Em continuidade, com relação ao Projeto de Lei
do Executivo nº 72/93, foram apregoadas: a Emenda de nº 38, de
autoria da Vereadora Clênia Maranhão, as Subemendas de autoria do Vereador
Jocelin Azambuja às Emendas nºs 09, 10, 11 e 12, a Subemenda de autoria da
Vereadora Clênia Maranhão à Emenda nº 38 e a Subemenda nº 01, de autoria do
Vereador Pedro Américo Leal, à Emenda nº 29. Ainda, com relação a esse Projeto,
foram aprovados os seguintes Requerimentos, solicitando a retirada de matéria
de tramitação: do Vereador Jocelin Azambuja, com relação às Emendas nºs 08,
20, 21, 35, 36, 10 e Subemenda, 11 e Subemenda e 12 e Subemenda; da Vereadora
Clênia Maranhão, com relação às Emendas nºs 13, 14 e 15; do Vereador Isaac
Ainhorn, com relação à Emenda nº 17; do Vereador João Verle, com relação às
Emendas nºs 23 e 26; do Vereador Nereu D’Ávila, com relação à Emenda nº 32 e do
Vereador Guilherme Barbosa, com relação à Emenda nº 28. Também, o Vereador João
Verle solicitou que fossem votadas destacadamente as Emendas nºs 02, 07, 16, 19
e 37 apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 72/93. Em Discussão Geral e
Votação foram aprovados o Projeto de Lei do Executivo nº 72/93, com Mensagem
Retificativa, as Emendas nºs 01, 09, 11, 18, 22, 24, 25, 27, 29, 30, 31, 34 e
38 e as Subemendas às Emendas nºs 09, 11, 29 e 38 a ele apostas, por trinta e
dois Votos SIM, tendo votado os Vereadores Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt,
Artur Zanella, Clênia Maranhão, Clóvis Ilgenfritz, Décio Schauren, Divo do
Canto, Eliseu Santos, Eloi Guimarães, Fernando Zachia, Geraldo de Matos Filho,
Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, Isaac Ainhorn, Jair Soares,
João Dib, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Gomes, Lauro Hagemann,
Luiz Braz, Luiz Negrinho, Maria do Rosário, Mário Fraga, Nereu D’Ávila, Milton
Zuanazzi, Pedro Américo Leal, Pedro Ruas, Dilamar Machado e Gerson Almeida. A
seguir, com relação ao Projeto de Lei do Executivo nº 72/93, foi aprovada a
Emenda nº 02, por dezoito Votos SIM contra treze NÃO e uma ABSTENÇÃO, tendo
votado Sim os Vereadores Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Artur Zanella,
Clênia Maranhão, Dilamar Machado, Divo do Canto, Eliseu Santos, Fernando
Zachia, Geraldo de Matos Filho, Isaac Ainhorn, Jair Soares, Jocelin Azambuja,
Lauro Hagemann, Maria do Rosário, Mário Fraga, Milton Zuanazzi, Nereu D’Ávila e
Pedro Ruas, votado Não os Vereadores Clóvis Ilgenfritz, Eloi Guimarães, Décio
Schauren, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, João Dib, João
Motta, João Verle, José Gomes, Luiz Negrinho, Pedro Américo Leal e Gerson
Almeida, e optado pela Abstenção o Vereador Luiz Braz; foi aprovada a Emenda nº
37, por dezenove Votos SIM contra sete Votos NÃO e cinco ABSTENÇÕES, tendo
votado Sim os Vereadores Artur Zanella, Divo do Canto, Eliseu Santos, Fernando
Zachia, Geraldo de Matos Filho, Helena Bonumá, Jair Soares, João Dib, João
Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Luiz Negrinho,
Pedro Américo Leal, Gerson Almeida, Darci Campani, Mário Fraga e Nereu D’Ávila,
votado Não os Vereadores Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Décio Schauren,
Eloi Guimarães, José Gomes, Maria do Rosário e Pedro Ruas e optado pela
Abstenção os Vereadores Clênia Maranhão, Clóvis Ilgenfritz, Henrique Fontana,
Milton Zuanazzi e Isaac Ainhorn; foram rejeitadas as Emendas nºs 16, 19 e 07,
esta por sete Votos SIM contra vinte e cinco Votos NÃO, após ter sido
encaminhada à votação pelos Vereadores Isaac Ainhorn e Airto Ferronato, tendo
votado Sim os Vereadores Artur Zanella, Dilamar Machado, Fernando Zachia, João
Dib, Isaac Ainhorn, Mário Fraga e Pedro Ruas e votado Não os Vereadores Airto
Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Clênia Maranhão, Clóvis Ilgenfritz, Décio
Schauren, Divo do Canto, Eliseu Santos, Eloi Guimarães, Geraldo de Matos Filho,
Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, Jair Soares, João Motta,
João Verle, Jocelin Azambuja, José Gomes, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Luiz
Negrinho, Maria do Rosário, Milton Zuanazzi, Nereu D’Ávila, Pedro Américo Leal
e Gerson Almeida. O Projeto de Lei do Executivo nº 72/93, a Mensagem
Retificativa, as Emendas e Subemendas a ele apostas foram discutidos pelos
Vereadores José Gomes, Gerson Almeida, João Motta, Airto Ferronato, Clênia
Maranhão, Guilherme Barbosa, Henrique Fontana, Décio Schauren, Clóvis
Ilgenfritz, Isaac Ainhorn, Lauro Hagemann, Jocelin Azambuja e Eloi Guimarães,
encaminhados à votação pelo Vereador Artur Zanella e submetidos à votação
nominal por solicitação do vereador Wilton Araújo. As Emendas nºs 02, 07 e 37
ao Projeto de Lei do Executivo nº 72/93 foram submetidas à votação nominal por
solicitação, respectivamente, dos Vereadores Pedro Ruas, Isaac Ainhorn e Wilton
Araújo. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou o transcurso, hoje, do
aniversário do Vereador João Verle e, às dezoito horas e trinta e seis minutos
foi aprovado Requerimento do Vereador Guilherme Barbosa, solicitando Licença
para Tratar de Interesses Particulares, no dia de hoje, tendo sido declarado
empossado na Vereança o Suplente Darci Campani, o qual passará a integrar a
Comissão de Saúde e Meio Ambiente. Também, os trabalhos estiveram suspensos das
dezesseis horas e cinqüenta e seis minutos às dezoito horas, nos termos do
artigo 143, III do Regimento Interno. Em Votação, foi aprovado o Projeto de Lei
do Executivo nº 74/93, após ter sido encaminhado à votação pelos Vereadores
Antonio Hohlfeldt e Clênia Maranhão, tendo sido retiradas as Emendas nºs 01 e
02 por Requerimento da Vereadora Clênia Maranhão e rejeitada a Emenda nº 03,
votada em destaque a Requerimento aprovado do Vereador João Verle. Em Discussão
Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 16/93 por
trinta e um Votos SIM, tendo votado os Vereadores Airto Ferronato, Antonio
Hohlfeldt, Artur Zanella, Clênia Maranhão, Décio Schauren, Divo do Canto,
Eliseu Santos, Eloi Guimarães, Fernando Zachia, Geraldo de Matos Filho, Helena
Bonumá, Henrique Fontana, Isaac Ainhorn, Jair Soares, João Dib, João Motta,
Jocelin Azambuja, José Gomes, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Maria
do Rosário, Mário Fraga, Milton Zuanazzi, Nereu D’Ávila, Pedro Américo Leal, Pedro
Ruas, Wilton Araújo, Gerson Almeida, Darci Campani e João Verle. Ainda foram
aprovados os Requerimentos do Vereador João Verle solicitando seja dispensada a
votação da Redação Final do Projeto de Lei do Executivo nº 74/93 e do Projeto
de Resolução nº 16/93. Durante os trabalhos, o Senhor Presidente acolheu
Questão de Ordem do Vereador João Dib acerca do não comparecimento, no dia
vinte e dois último, nesta Casa, do Senhor Secretário Municipal de
Administração, segundo Requerimento de sua autoria. Às dezenove horas e quatro
minutos, terminado o prazo regimental da presente Sessão, o Senhor Presidente
declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a
Sessão Especial de amanhã, às dezessete horas e para a Sessão Ordinária da
próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos
Vereadores Wilton Araújo, Luiz Braz e Clóvis Ilgenfritz e secretariados pelos
Vereadores Airto Ferronato e Clênia Maranhão, do que eu, Airto Ferronato, 1º
Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em
avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Wilton Araújo): Havendo número regimental, declaro abertos os
trabalhos da presente Sessão.
Passe-se à
1ª SESSÃO
PROC. N° 1468/92 - PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 021/92, de autoria do Ver. Clovis
Ilgenfritz, que institui o Sistema Municipal de Controle do Uso do Espaço do
Visual Urbano e dá outras providências. Com Emendas nºs 01, 02 e 03.
PROC. N° 2370/92 - PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 070/92, que autoriza a venda de imóvel, independentemente de
licitação, a Lourenço Otto Schorr e Milton Moreira Fraga. (Desarquivado pelo
Executivo.)
PROC. N° 2371/92 - PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 071/92, que autoriza a venda de imóvel, independentemente de
licitação, a Moacir Ribeiro Rosa. (Desarquivado pelo Executivo.)
PROC. N° 2612/93 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 036/93, de autoria do
Ver. Artur Zanella, que inclui, no traçado viário desta Cidade, o prolongamento
de logradouro público localizado no Bairro Restinga.
PROC. N° 2687/93 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 138/93, de autoria da Verª Clênia Maranhão, que autoriza o
Município a instituir, no âmbito da Secretária Municipal de Saúde, o Programa de
Prevenção à Mortalidade Materna e o Comitê de Mortalidade Materna, e dá outras
providências.
PROC. N° 2763/93 - PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 039/93, de autoria do Ver. Pedro Ruas, que
altera a redação da Tabela de Serviços da Lei Complementar nº 209, de 29 de
dezembro de 1989, e dá outras providências.
PROC. N° 2777/93 - PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 038/93, de autoria do Ver Elói Guimarães,
que dá nova redação ao artigo 154 da Lei Complementar nº 133, de 31 de dezembro
de 1985.
PROC. N° 2697/93 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 139/93, de autoria do Ver. Nereu D’Ávila, que concede o
título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Dr. Ovídio Araújo Baptista
Filho.
PROC. N° 2795/93 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 144/93, de autoria do Ver. Décio Schauren, que denomina Rua
Capitão Carlos Lamarca um logradouro irregular, localizado na Vila Esmeralda.
3ª SESSÃO
PROC. N° 2340/93 - SUBSTITUTIVO Nº 01, de autoria do Ver. Guilherme Barbosa,
ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
122/93, de autoria do Ver. Eliseu Santos, que denomina Rua Dario Rodrigues
da Silva, Cel. Dentista, um logradouro público, localizado no Bairro
Teresópolis.
4ª SESSÃO
PROC. N° 2770/93 - PROJETO DE EMENDA À LEI
ORGÂNICA Nº 081/93, de autoria do Ver. Jair Soares, que altera disposições
da Lei Orgânica do Município.
O SR.
PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Clovis Ilgenfritz para a discussão
preliminar de Pauta.
O SR. CLOVIS
ILGENFRITZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, me inscrevo para encaminhar
uma discussão inicial sobre um Projeto que o nosso gabinete vem já há 3 anos
tentando colocá-lo em votação neste Plenário, tendo em vista uma questão que
atinge a todos nós; a Cidade, no nosso entender, necessita ter um sistema de
controle. Como dizia o Ver. Clóvis Brum, o discurso deve estar muito ruim
porque ninguém está prestando atenção.
O Projeto n° 21/92, é um Projeto que trata de um
assunto muito ligado à área em que eu tenho atuado como profissional durante
quase 30 anos. Acho que é um papel importante que nós precisamos desempenhar
aqui nesta Casa, que é o de estabelecer normas, critérios, para o uso do espaço
urbano. Todos nós sabemos e temos uma discussão bastante intensa repetidamente
nesta Casa sobre a lei do Plano Diretor, Lei n° 043/79, que tem toda uma
história, no sentido de regular a ocupação do espaço da construção e da
edificação e estabelecer sistema viário e o uso do solo em geral na nossa
Cidade. Nós temos consciência de que existe um ponto falho, que a legislação
ainda não tem dados suficientes para que se estabeleça um processo moderno,
dinâmico de controle do espaço visual urbano. Quando falamos em espaço visual
urbano, nos referimos a todos aqueles equipamentos, quer de propaganda, de
promoção quer de sinalização pela própria Prefeitura. Todos os espaços, todos
os tipos de equipamentos que são usados ou para fazer divulgação de produtos,
ou para fazer o “marketing” de produtos, a propaganda propriamente dita, ou
para sinalizar a Cidade com relação a todo o seu uso. Sabemos que a Secretária
do Planejamento, por um lado; a Secretária Municipal do Meio Ambiente, por
outro lado; a Secretária Municipal de Transportes; e, se fôssemos pensar
aprofundadamente, iríamos ver que todo sistema administrativo está carecendo de
um projeto, de uma lei que institua um sistema de controle do uso do espaço
visual urbano. Até por sugestão da própria Secretaria do Planejamento e da
SMAM, este tipo de denominação pode ser de controle de uso de espaço do
Município, porque não se restringiria apenas à área urbana, a área chamada de
ocupação intensiva. Porque existe a área intensiva de ocupação urbana e a área
extensiva, que abrange zonas rurais e distritos, praticamente distritos mais
distantes deste centro urbano configurado historicamente. É o caso de Belém
Novo, do Lami, Belém Velho e assim por diante. O nosso esforço, e que estamos
colocando aqui para os Srs. Vereadores, foi de fazer um projeto abrangente, que
tivesse por parte do Poder Público um estudo aprofundado. E aconteceu isso em
1992, quando a Secretária Municipal do Meio Ambiente coordenou esse projeto, e
o nosso gabinete ofereceu uma série de dados para que ele fosse discutido em
profundidade no último ano da Administração do Governo Olívio Dutra.
Entretanto, no final do ano, por um processo de
negociação para que pudesse haver tempo desta matéria ser melhor discutida,
ainda neste ano, acabamos retirando esse Processo de Pauta, no último dia de
votação do ano passado.
Este ano, no dia 15 de fevereiro, quando abriu
novamente o Legislativo, ingressamos com o mesmo projeto, cumprindo aquilo que
combinamos no ano passado, quando o retiramos. Só que, no dia 22 de março,
novamente suspendemos sua tramitação, pedindo vista do Projeto, porque a
Secretaria Municipal do Meio Ambiente, agora, sob a coordenação do atual
Secretário Sr. Giovani Gregol, Vereador desta Casa, pediu tempo para estudar.
E, desde março, estamos numa luta inglória, esperando que a Secretaria do
Governo Municipal fizesse a resposta que tanto desejávamos. Infelizmente, mesmo
sendo membro do Governo, devo informar a este Plenário que, durante todo este
tempo, foi dito que o nosso Projeto estava bom, que precisava apenas algumas
emendas. Pedimos que fossem feitas para que pudéssemos retomar a discussão. Só
que, para espanto nosso, nesse último mês, ficamos sabendo que o Projeto que
estávamos propondo estava sendo enviado para esta Casa, entretanto, já, não
como emendas ao nosso Projeto, ou como sugestões ao seu aperfeiçoamento, mas,
sim, como um Projeto do Executivo Municipal.
Nós achamos que tanto o Executivo, como esta Casa,
como nosso gabinete, que tem feito um esforço bastante grande neste sentido,
têm motivos de sobra para aprovar um Projeto deste tipo. Não existe em Porto
Alegre, por parte do Poder Executivo, condições que dêem aquela certeza e garantia
que ele precisa para fiscalizar o uso desses espaços. Algumas questões que
estão sendo fiscalizadas hoje, são feitas de uma forma ainda precária. No fim
do ano passado foi aprovado um projeto que tinha participação do Ver. Antonio
Hohlfeldt e outros Vereadores. Foi colocado para nós, naquela ocasião, que era
um projeto em caráter emergencial porque estava transformando um decreto que
estava em vigor, com algumas modificações, em Lei, para vigir no espaço de
alguns meses para dar condições à fiscalização, em especial da SMAM, para que
esse assunto fosse levado a bom termo. Hoje, nós, um tanto quanto cansados de
esperar e já na última quinzena legislativa, estamos sugerindo aos Srs.
Vereadores, solicitando aos Srs. Vereadores para que dêem atenção a esse
projeto porque é do interesse da comunidade, é do interesse da administração e
é de interesse nosso, como Vereadores. Estabelece alguns critérios básicos para
que a Prefeitura possa fiscalizar a ocupação do espaço visual urbano. Nós
voltaremos com esclarecimentos à medida que os Srs. Vereadores julgarem
importante. Muito obrigado.
(Revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Não há mais Vereadores inscritos para Discussão Preliminar de
Pauta. Questão de Ordem com o Ver. Antonio Hohlfeldt.
O SR.
ANTONIO HOHLFELDT (Questão de Ordem): Eu queria pedir a V. Exª, se fosse
possível, ainda antes de passar à Ordem do Dia, fazer uso do período de
Liderança, agora, neste período.
Sr. Presidente, eu queria registrar de público, é
um problema que ocorre volta e meia na Casa, justamente por isso que faço
questão de registrar. O Ver. Milton Zuanazzi entrou com um processo no dia 7 de
outubro que tomou o nº 2.586 do protocolo da Casa, e eu entrei com o mesmo
projeto no dia 15 de outubro que tomou o nº 2.637. Infelizmente o protocolo não
fez o controle devido, a matéria é de igual teor. Então quero publicamente
registrar, estou pedindo a retirada do meu processo. O Ver. Milton Zuanazzi tem
a precedência total, por ética e por respeito ao Regimento da Casa, e pedir a
V. Exª que, evidentemente, se chame a atenção do Protocolo, para que esse tipo
de coisa não ocorra.
O SR.
PRESIDENTE: Assim será feito. O Ver. Antonio Hohlfeldt está com a palavra
em tempo de Liderança do PSDB.
O SR.
ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, quero em primeiro
lugar, nesta tarde, me congratular com o Ver. Dilamar Machado, que, como eu
tinha anunciado na tribuna desta Casa, e, apesar da sua reação contrária, um
passarinho me disse, ele foi devidamente convidado a assumir uma Secretaria no
Governo do Estado. Só não me coloco, Vereador, à sua disposição como assessor
de imprensa, porque, realmente, com um cargo aqui na Casa, não posso fazê-lo.
Mas, veja V. Exª que sou bem informado, como bom jornalista que sou, como V.
Exª. Em todo caso, espero que V. Exª possa desempenhar muito bem a sua função
no governo e possa, sobretudo, evitar os erros, ou ajudar a evitar os erros do
Governador Collares. Sr. Presidente, eu queria me dirigir, muito especialmente,
aos companheiros Líderes da Bancada do PT, quero registrar o meu estranhamento,
e quero registrá-lo de público em relação à Bancada do PT, quanto ao Projeto da
Verª Maria do Rosário, que institui o Conselho de Transportes Urbanos. Mesmo
depois de ter deixado a Bancada do Partido, continuei negociando com o Sr.
Secretário Municipal dos Transportes, com os técnicos responsáveis pelo
Projeto, e, em nenhum momento me foi dito que o PT havia mudado de posição, ou
havia indicado outro companheiro para acompanhar a negociação em torno daquele
Processo. Curiosamente, quando o Processo veio à Pauta, houve um pedido de
transferência de prazo, duas Sessões a mais para haver a votação, e,
surpreendentemente, os Vereadores do PT, agora, precisam de tempo para examinar
as emendas. Acho curiosa essa postura, quando a Secretaria ratificou a Verª
Maria do Rosário a concordância plena com o Projeto, e ratificou a concordância
plena em relação às emendas, que foram por nós negociadas com a única exceção
de uma Emenda, do Ver. Jocelin Azambuja, que entrou de última hora na Liderança
da Bancada do PTB. Mas eu quero registrar o meu descontentamento, porque isso
dificulta relacionamentos. A não ser que a Bancada tenha uma posição, e o
Governo tenha outra, eu, realmente, estranho muito esta prática que foi adotada
no processo. Preocupa-me sobretudo, porque eu estou negociando, há dois meses,
pelo menos, com o Sr. Secretário da Fazenda e com o Sr. Secretário da
Administração, um outro projeto que envolve a criação de um substitutivo ao
Processo do Ver. Nereu D’Ávila sobre funcionários aposentados e cedidos da
Carris. Fico na dúvida, se continuo conversando com o Secretário titular da
Fazenda e com o Secretário da Administração, ou espero que a Bancada autorize
os Secretários a negociarem com o Vereador. Então, retoma-se as tratativas, o
que acho complicado no processo, porque complica depois a nossa posição aqui
nas votações, é que a gente acerta uma coisa com os Secretários, que eu pensava
que falavam pelo Governo, e depois a Bancada do Governo acerta outra aqui no
Plenário. Eu não sei se haveria algo a ser dito pelo Ver. João Verle, mas eu,
realmente ficaria no aguardo, até porque, hoje, existe uma votação do Orçamento
Municipal. Existem dezenas de emendas, por vezes há variações sutis no tom das
emendas. Nós gostaríamos de saber quem, hoje à tarde, vai falar pelo Governo,
se falarão as Lideranças da Bancada do Partido dos Trabalhadores, ou se falará
o Secretário da Fazenda, que, segundo consta, conforme o telefonema que acabei
de dar ao Gabinete do Secretário Arno, estaria ele presente, neste momento, na
Casa, embora eu não o veja. Não me preocupa muito, porque a pior coisa que pode
ocorrer para qualquer governo é ter indefinição sobre quem fala em nome do
governo. Isso vale para o Governo Federal, Estadual e Municipal. Eu esperaria,
portanto, uma manifestação da Liderança do Partido dos Trabalhadores para saber
se negociações feitas com o Secretário serão válidas depois aqui, com relação a
Bancada, ou se não são válidas. A partir daí, evidentemente, eu serei um que
tratarei de resolver, quando conversar como Secretário, as questões que
Secretários resolvem e não as questões que implicam encaminhamentos no
Plenário, ou seja, projetos de lei não se discutem mais com Secretários. Aí,
realmente, pode ser que a gente simplifique, ou complique estas coisas. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. JOÃO
DIB (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu tinha um Requerimento,
convidando o Sr. Secretário de Administração para comparecer à Câmara, para dar
explicações sobre os Conselhos Tutelares. Ele ficou de comparecer no dia 22 e,
por algum motivo, não veio. Eu gostaria de saber quando ele virá à Casa.
O SR.
PRESIDENTE: Logo que eu tiver esta informação, eu a passarei a V. Exª.
O Ver. Dilamar Machado está com a palavra para o
período de Liderança do Partido Democrático Trabalhista.
O SR.
DILAMAR MACHADO: Sr. Presidente, Ver. Wilton Araújo, companheiros
Vereadores, eu ocupo a tribuna, por delegação da liderança do PDT, para uma
breve, e, até diria, uma emocionada despedida desta Casa. Não uma despedida
definitiva, porque o meu mandato ainda se estende até 1996, e a partir dos
próximos dias, mais propriamente a partir do dia 01 de dezembro, honrado pelo
convite do Governador Alceu Collares, assumirei, como anunciou meu porta-voz
Antonio Hohlfeldt, a Secretária Extraordinária de Comunicação Social do Governo
do Estado. Na realidade, o coração da gente, numa hora dessas, se parte em
dois. Eu vou para um posto que me agrada, pois a maior parte da minha vida
pública eu passei dentro das redações de rádio, de jornal, de televisão, vi
nascerem as televisões de Porto Alegre, a Piratini, a Gaúcha, a Difusora, hoje,
uma já extinta, outras com os nomes trocados. Fui Diretor de notícias durante
10 anos da Rádio e TV Gaúcha, fui Diretor da Rádio Gaúcha, da Rádio Difusora,
da Rádio Farroupilha, e a minha vivência nos meios de comunicação social é
grande. Talvez o pouco talento, ou a pouca inteligência venham a ser
compensados pela extrema prática na relação entre o ouvinte e o apresentador.
Me parece que saio feliz e não vou ocupar um espaço dentro do Governo, para o
qual eu não esteja preparado. Por outro lado, esta Casa, onde estou cumprindo
meu terceiro mandato, já faz parte do meu dia-a-dia. É amanhecer pensando na
Câmara, é dormir lembrando que no dia seguinte teremos tais e tais matérias e
votações de projetos. Vou sentir falta desta tribuna e, por certo, do convívio
com os companheiros Vereadores e com os companheiros funcionários desta Casa, a
partir da assessoria do meu gabinete, honrado que fui, no último ano, com a
escolha para ocupar o cargo de Presidente deste Legislativo.
Sei - e o companheiro Wilton Araújo, hoje
Presidente, sabe, e o companheiro Antonio Hohlfeldt, há pouco Presidente,
também sabe - que nem sempre a vida do Presidente do Legislativo é um “mar de
rosas”. Além do encargo de presidir a Casa, muitas vezes amarguras nos chegam.
E nem vou falar naquela outra; vou falar numa menor. Amargurei-me muito,
quando, por decisão não minha, mas da Mesa Diretora - companheiro Clovis Ilgenfritz,
Wilson Santos, companheiro Ferronato, que compunham aquela Mesa anterior -
decidimos construir esta rampa de acesso ao Legislativo Municipal. Quanta
crítica sem fundamento, quanta bobagem foi dita e escrita a respeito desta
obra, que hoje está aí, palpável; ela mudou a fisionomia da Casa. Então, fico
entusiasmado quando vejo o companheiro Wilton Araújo colocando o forro no nosso
novo Plenário. Fiquei feliz ao ir para Brasília, agora, para executar uma
tarefa para a Casa e trazer uma notícia de que, talvez, até o fim do ano, o
Senado da República aprove projeto que vai dotar esta Casa de recursos para
implantar uma central de ar-condicionado no Plenário novo e em toda esta ala,
incluindo a ala da Presidência e da Mesa. Estes fatos me marcaram muito na minha
passagem por esta Casa, mas saio com o coração leve, porque tenho consciência
de que não deixo inimigos dentro da Câmara. Se tiver algum, é absolutamente
gratuito.
Quero dizer a todos os companheiros Vereadores, de
todas as Bancadas, que levo dos Senhores e das Senhoras a melhor das
impressões. Já passei pelo Parlamento Estadual e estou na terceira Legislatura
como Vereador e tenho um orgulho muito grande de pertencer a esta Casa e a esta
Legislatura. Estou cercado de Vereadores competentes, honestos, dignos,
inteligentes e trabalhadores e se, num momento ou outro desta passagem, me
indispus momentaneamente com algum companheiro no calor do Plenário, o próprio
companheiro com quem me indispus é o melhor testemunho de que, imediatamente
estendo a mão e, se necessário, lhe peço desculpas. O companheiro José Gomes é
um exemplo; tivemos um atrito e eu, imediatamente, fui procurá-lo. Há poucos
dias o companheiro Antonio Hohlfeldt, por quem eu tenho a maior admiração, fez
uma colocação que eu achei ruim, ele colocou da seguinte forma: “Um passarinho
me contou que o Dilamar foi convidado para Secretário por isso está defendendo
o Governador Alceu Collares”. Sei que não foi intencional, pois é um homem de
bem, é meu amigo e não faria uma agressão gratuita a mim, apenas usou uma má
expressão, mas na realidade o passarinho dele é muito bem informado, eu
gostaria de contratá-lo para a minha gaiola no Palácio Piratini. A todos vocês
o meu muito obrigado, vou ficar trabalhando até o final desta Sessão. Amanhã ao
final da tarde me desligo formalmente da Casa. Convido a todos companheiros
Vereadores, e a todos funcionários da Casa, desde os mais categorizados até os
mais humildes, aliás, com os quais eu mais convivo, é o pessoal da garagem, da
portaria, da limpeza, gostaria de vê-los, quarta-feira, às 18 horas, quando
estarei iniciando esta nova missão da minha vida, e amanhã ou depois eu
retorno, se não retornar antes, retorno no final do ano que vem, para
reencontrá-los. A partir do dia 1º na condição de Secretário de Comunicação
Social quero ser um elo entre o Governo do Estado, esta Casa, os seus
Vereadores e os funcionários, a todos muito obrigado, até breve. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Solicito ao Sr. Secretário que proceda à leitura de Requerimento.
O SR.
SECRETÁRIO: (Lê.):
Requerimento de autoria do Ver. Airto Ferronato, solicitando a alteração da
ordem dos trabalhos, colocando em primeiro lugar a Ordem do Dia e, após, o
Grande Expediente.
O SR.
PRESIDENTE: Em votação o Requerimento do Ver. Airto Ferronato. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Passa-se à
ORDEM DO DIA
3ª SESSÃO
PROC. N° 1782/93 - PROJETO DE EMENDA À LEI
ORGÂNICA Nº 078/93, de autoria do Ver. João Motta, que altera o artigo 150
da Lei Orgânica Municipal. Com Emenda nº 01.
- da Comissão Especial. Relatora
Verª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº01.
O SR
PRESIDENTE: Em discussão o PELO nº 078/93. (Pausa.) Está encerrada a discussão.
PROC. N° 2502/93 - PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 072/93, que estima a Receita e fixa a Despesa da Administração
Direta do Município para o exercício econômico-financeiro de 1994. Com
Emendas de nºs 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16,
17, 18, 19, 20 e 21; e Mensagem Retificativa nº 01.
Parecer:
- da CFO.
Relator Ver. Artur Zanella: pela aprovação do Projeto e da Mensagem
Retificativa, e das Emendas nºs 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09, 10, 11, 12,
13, 14, 15, 16, 17, 18 e 19; pela rejeição das Emendas nºs 17, 20 e 21.
Observação:
- as Emendas nºs 03, 04 e 05 foram retiradas.
O SR.
PRESIDENTE: Relativamente ao PLE nº 072/93, o Parecer ainda está na
Comissão de Finanças para a última assinatura. Então, logo, a Mesa informará
sobre as últimas emendas que entraram para que o Relator pudesse dar o
Relatório final.
Em discussão o PLE nº 072/93. (Pausa.) Com a
palavra, para discutir, o Ver. José Gomes.
O SR. JOSÉ
GOMES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, quero discutir uma Emenda do Ver.
Jocelin Azambuja que trata da retirada de Verba do Programa de Bolsas e repassa
para o Círculo de Pais e Mestres.
O SR.
JOCELIN AZAMBUJA: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver.
José Gomes, com um certo atraso, os representantes da Secretária Municipal de
Educação mantiveram contato conosco, esclarecendo-nos de que aquela rubrica
está mal posicionada no orçamento e servirá até para que o Governo Municipal
olhe melhor para a elaboração do orçamento na questão das rubricas, porque,
realmente está mal colocada e envolve a questão de pessoal civil. A verba que
envolve convênios, as bolsas, está na rubrica de convênios escolares. Em função
disso, retiramos três emendas que tínhamos em relação a esta rubrica da questão
das bolsas de estudo, que envolve a assistência ao educando e entramos com duas
envolvendo a questão de convênios escolares. Em função da demora da Secretária
Municipal de Educação em esclarecer os fatos, é que estamos fazendo somente
hoje a retirada.
O SR. JOSÉ
GOMES: Ver. Jocelin, agradeço o seu aparte na tentativa de colaborar. Fui
pego de surpresa para fazer a defesa e não fui esclarecido. Mas chamando a
atenção também para outras emendas, fora essa que o senhor retirou, que fazem
parte da LDO. Há uma tentativa da se esvaziar o orçamento do Município, fazendo
dotação orçamentária para algumas entidades, para algumas promoções. O Ver.
Isaac Ainhorn apresentou novamente uma emenda para destinação de verba para a
festa do chopp. Temos que nos preocupar com esse tipo de emenda, já que
primamos pela moral e pela ética na política. A festa do Chopp já é muito bem
patrocinada e não precisa de dotação orçamentária para que seja organizada.
Também me posiciono quanto a uma emenda popular para a UAMPA em que requer uma
dotação orçamentária através de uma emenda. Temos que começar a nos preocupar
com todas essas emendas que requerem verba para essas entidades, e essa
preocupação se faz fundamental para que esses procedimentos não fiquem
atrelados aos parlamentares, pois se criará uma casta privilegiada. Os
movimentos de base devem caminhar por suas próprias pernas e não devem estar
atrelados a nenhum parlamentar e nem ligados a instituições, pois o movimento
pode-se descaracterizar. Se tiver atrelada à institucionalidade é óbvio que
todo o cunho político, ideológico e partidário começará a se inserir nos
movimentos. Temos que cuidar para que esse tipo de comportamento seja banido.
Era isso. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Gerson Almeida.
O SR. GERSON
ALMEIDA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, na verdade inscrevi-me mais para
registrar que a nossa Casa, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre, começa hoje
a votar o Orçamento do Município para o ano de 1994. Sabendo que a composição
do Orçamento, em nível de Poder Executivo no País, hoje está colocada em
questão, na medida que vivenciamos uma CPI que nas últimas semanas tem,
infelizmente, demonstrado que em nível do Orçamento Federal a relação com o
dinheiro público não tem ido muito bem. As diversas emendas e peças que foram
votadas acabaram, em vários casos, como tem sido denunciado, indo a lugar
nenhum.
É importante que neste momento, aqui na Câmara de
Vereadores, estejamos começando a votação sem nenhuma dificuldade, sem nenhum
problema, porque tradicionalmente estas questões não têm ocorrido em Porto
Alegre. E isto só engrandece a Casa.
Todos sabemos, porque tem sido debatido longamente
na Câmara, que há cerca de 5 anos vem ocorrendo o chamado Orçamento Participativo.
E agora está na hora de a Câmara soberanamente discutir e deliberar em torno
das 37 emendas que foram apresentadas, pelos mais variados Vereadores, que
foram fruto dos mais variados debates e discussões, e nós podemos avaliar e
exercer o papel soberano que cabe à Câmara de Vereadores diante da Peça
Orçamentária, mesmo que ela tenha vindo até aqui já discutida, longa e
exaustivamente por vários setores sociais. O que ao invés de subtrair da Câmara
qualquer poder acrescenta responsabilidade na discussão daquilo que chegou a
nós e inclusive das modificações que poderão ser feitas pela Câmara de
Vereadores.
Citarei alguns dados: só de despesas estão
previstos 14,4 bilhões de cruzeiros no orçamento do próximo ano - isso apenas
da centralizada. Sendo que de investimentos estão previstos 2,3 bilhões, ou
seja, 16,4% de investimentos se levarmos em conta apenas a centralizada. Se
incluirmos o DMAE, a FESC e o DMLU - inclusive a FESC é presidida pelo Ver.
José Valdir que nos dá o prazer da visita a esta Casa - o orçamento soma 21,9
bilhões de cruzeiros reais e o investimento vai de 16,4% para 22,6%, ou seja, é
um montante de recursos, sem dúvida nenhuma, muito insuficiente para o conjunto
das demandas que há nos diversos segmentos dos setores sociais. Fazem justa e
corretamente sobre a Câmara, sobre os Vereadores, sobre o Executivo, enfim,
sobre todos os setores. Não há dúvida de que é muito pouco em relação a esse
conjunto de demandas, mas também sem dúvida nenhuma é um orçamento que,
discutido e realizado de forma parcimoniosa, é capaz de, a partir do controle
social sobre cada vintém, podermos efetivamente melhorar em vários setores as
condições de vida do nosso povo, porque aqui estão previstos inúmeros pontos de
regularização fundiária, saneamento básico, construção de novas escolas, enfim,
uma série de ampliações e melhorias dos serviços públicos da nossa Cidade. Sem
dúvida nenhuma começa dessa forma a dar um exemplo de como se discute e como se
pode fazer com que o orçamento não seja uma caixa preta, mas seja a serviço e
transparente para toda a população. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Vou dar entrada à
Subemenda nº 01 à Emenda de nº 29, de autoria do Ver. Pedro Américo Leal.
Vamos colocar em votação a retirada da Emenda nº 28,
de autoria do Ver. Guilherme Barbosa.
Em votação o Requerimento. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Inscreve-se, para discutir, o Ver. João Motta.
O SR. JOÃO
MOTTA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu vou fazer um pronunciamento
exatamente neste momento da nossa discussão e negociação sobre o Orçamento,
porque quero manifestar ao Plenário uma preocupação.
Pela primeira vez, eu não tenho uma ótima memória,
mas, nesse caso, a memória não falha, porque eu acompanhei praticamente as
últimas, três ou quatro, negociações do Orçamento e, nenhuma delas, Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, acabei de registrar isso para o Ver. João Dib,
nós acompanhamos uma negociação tão fragmentada como nós estamos tendo que viabilizar
neste momento. Acontece que, num determinado momento, se os senhores
Vereadores, principalmente as Lideranças não tiveram o mínimo de controle sobre
o número de emendas e a forma de efetivá-las, nós acabamos inviabilizando
completamente a possibilidade de incorpar na negociação do conjunto das
Bancadas. Vamos dar um exemplo fictício, aqui, para não criar uma falsa
acusação: se nós, numa emenda, numa subemenda, retiramos uma determinada
rubrica, o total desta rubrica, evidentemente que as outras Bancadas que querem
fazer também uma negociação em cima de determinadas emendas, ficam
inviabilizadas em fazer um procedimento. E é isso que está acontecendo. Então,
eu quero, aqui, fazer um apelo, não estou nomeando ninguém, estou sendo
cauteloso. Todos os Srs. Vereadores têm o controle das emendas, quero fazer um
apelo especialmente à Bancada dos companheiros do PTB, que estão, em grande
parte, pela primeira vez, fazendo este tipo de negociação, não quero dizer que
isto justifique tudo, mas eu acho que se nós não tivermos, principalmente a sua
Liderança, faço este apelo ao Ver. Jocelin Azambuja, uma determinada cautela
neste tipo de Emenda, nós poderemos inviabilizar negociação que incorpore a
maioria das Bancadas. E é esse o nosso desejo. A Bancada do governo não quer,
aqui, passar de qualquer forma o Orçamento. Sempre foi a nossa prática negociar
com todas as Bancadas. Não seria diferente nesta oportunidade.
Quero registrar isto: de nossa parte não está
havendo nenhuma dificuldade para que esta negociação incorpore a maioria das
Bancadas. Eu acho que as Bancadas que estão negociando, que estão fazendo
propostas, exatamente no exercício pleno da autonomia do Poder Legislativo,
visando ao aperfeiçoamento do próprio Orçamento que vai ser votado daqui a
algumas horas, nesta Sessão, mas, se não houver cuidado, nós podemos
inviabilizar o conjunto das negociações.
Então, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu
gostaria de, nesta primeira intervenção, a título de discussão, fazer este
apelo, dirigido especialmente ao Ver. Jocelin Azambuja, para que tenhamos esta
cautela e este cuidado, a partir de agora, e se estabeleçam alguns critérios na
apresentação destas emendas, sob pena de nos retirarmos da possibilidade de
incidir, também, sobre o Orçamento, com outras emendas, talvez até a maioria
das outras Bancadas.
Não é este o nosso desejo. Nós queremos,
evidentemente, fazer com que o conjunto das Bancadas dê a sua opinião, faça as
suas emendas, mas que tenha o cuidado de não deixar acontecer situações como
esta que poderá acontecer de, numa emenda, o Vereador retirar toda a rubrica de
uma determinada previsão e inviabilizar dez emendas, como está acontecendo
neste momento. Era isto, Sr. Presidente.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, para
discutir, o Ver. Airto Ferronato.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Senhoras e Senhores. Em
primeiro lugar, acho que o Orçamento é uma peça que tem seus fundamentos até
científicos. E quando se elabora uma peça desses termos, a nossa visão é de que
há, sim, uma análise por parte dos organismos, do Executivo e do Legislativo,
para as quais esses recursos vão ser dotados. Portanto, acho que á necessário,
sim, há 5 anos que estou nesta Casa, de andar-se com patrimônio e critério. Ou
se adotam critérios ou somos forçados a votar contrários a toda e qualquer
emenda apresentada nesta Casa.
O segundo aspecto que acho que é de ser registrado
- eu, particularmente, sempre fui e continuo sendo um Vereador que acredita,
sim, na forma de apresentação da proposta Orçamentária, que é a proposta
Orçamentária debatida com os delegados do Orçamento Participativo. Sempre
valorizei este tipo de ação e vou continuar, até porque desde a época em que
fui Presidente da Comissão de Orçamento e Finanças, quando tratamos da Lei
Orgânica, defendi esta tese, estando incluído na referida Lei. Acho que é
necessário, positivo, bom, interessante e transparente. Temos que valorizar
este tipo de ação e não voltar para este retrocesso que é o aspecto nacional
que prova e comprova que a participação popular é necessária. Não adianta
discursar e dizer que nós queremos e depois, quando chegamos aqui, fazermos
exatamente o inverso. Nós queremos e continuamos querendo isso. Acho que o
debate da sociedade é positivo em certo aspecto, até para que a sociedade saiba
que as necessidades são extraordinariamente grandes e que os recursos são
escassos. A partir do momento em que nós começamos a retirar verbas, dotações
do orçamento de uma ou duas rubricas, achamos que estamos tirando só dali,
quando, na verdade, nós poderemos refletir no Orçamento em seu todo. Não
podemos liquidar a verba “A”, “B” ou “C”, dizendo que isso facilitará a vida do
Executivo e Legislativo, porque não vai.
Eu só vou falar, relativamente à Emenda do Vereador
Jair Sores. Em 1991, estive em Natal, numa Convenção de Vereadores e lá falei
de necessidade que tem o Legislativo de conhecer as coisas do Executivo, para
fiscalizar, acompanhar e aprimorar. Naquela época, Vereador, eu havia
apresentado, aqui na Câmara, que foi aprovado depois, pois perdi no primeiro
turno e na Lei Orgânica, dizendo o seguinte: “Nenhuma obra iniciada em governo
de mandato anterior, pode ser paralisada pelo próximo Prefeito, salvo se haja
manifestação espressa da Câmara. Perdi na Lei Orgânica e ganhamos depois.
Naquela fase da Lei Orgânica, eu falei, lá, no Congresso de Natal, dizendo que
era necessário que as Câmaras fizessem isso. Alguns sabedores e iluminados
disseram que aquilo era inconstitucional, por que é um absurdo, porque é do
Executivo. Não é coisa nenhuma. As coisas mudaram. A transparência existe,
quando o Executivo sabe do Legislativo, quando nós, do Legislativo, conhecemos
o Executivo e quando a população, no seu todo, conhece os dois organismos.
Portanto, eu acho importante a Emenda de V. Exª que diz que deve haver o
conhecimento do Legislativo. É ótimo porque as entidades discutiram e decidiram
as suas prerrogativas. Sempre defendi a tese de que as entidades defenderam, a
população defendeu, é necessário que nós, Vereadores, representantes dessas
populações, também defendamos. É indispensável que o Executivo de quem parte a
iniciativa das obras, que nós, Legisladores, tenhamos conhecimento de onde elas
estão. É importante e positiva a Emenda nesses termos, hoje as coisas mudaram.
Terminou o período em que só o Executivo fazia e o Legislativo dizia amém. Acho
que é indispensável que haja mais tratativas aqui na Câmara, com a Bancada do
Governo e as demais Bancadas para que se façam e que se aprovem aquelas emendas
- eu não apresentei nenhuma particularmente, nesses termos - mas aquelas
emendas que, efetivamente, aprimorem o Orçamento. Jamais eu, como Vereador, vou
apresentar uma proposta, tiro toda a verba de publicidade, e coloco toda ela
numa ação que me interessa! Isso é equivocado e voto contra se permanecer esse
tipo de coisa. Vamos devagar, vamos valorizar o Orçamento Participativo que é
positivo para a Cidade, é modelo que deve ser seguido nacionalmente. Acho que
merece aprimoramento, mas com o passar do tempo vai se aprimorando. Não podemos
inviabilizar esse tipo de coisa e retroceder ao passado e fazer como se faz em
Brasília. Estivemos em Brasília, o Prefeito Olívio Dutra e eu, para pedir
recursos para a habitação em Porto Alegre, e sabem quanto veio? V. Exas
não sabem de nada, porque lá não tem a fiscalização popular. Lá se distribui a
verba quando se dava um percentualzinho. Nós aqui não podemos admitir isso.
Temos que nos unir para modificar lá e dar o exemplo começando por aqui. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Questão de Ordem com o Ver. Antonio Hohlfeldt.
O SR.
ANTONIO HOHLFELDT (Questão de Ordem): A não ser que pela minha ausência na
semana passada, eu não tenha recebido no gabinete o material, eu tenho no meu
espelho as emendas e o material todo até a Emenda nº 21 com a Mensagem
Retificativa. Não tenho da Emenda nº 22 em diante. Eu não sei se já foi
distribuída a todos os Vereadores ou não. Quero sugerir à Mesa que me remeta
uma cópia. O Relatório eu acabei de assinar agora. O Parecer não foi
distribuído ainda.
O SR.
PRESIDENTE: O Parecer não foi, ainda, Sr. Vereador. Vamos providenciar para
o Ver. Antonio Hohlfeldt da Emenda n° 22 à Emenda n° 37, com a Subemenda nº 01
- que foi a última - e cópia do Parecer.
O Ver. Jocelin Azambuja está com a palavra.
O SR.
JOCELIN AZAMBUJA: Senhor Presidente, Senhores Vereadores, nós temos algumas
Emendas da Bancada do PTB que envolvem a questão de verbas de publicidade do
Executivo Municipal, apresentado no Orçamento, que nos levaram a proceder neste
tipo de Emenda por dois aspectos.
Em primeiro lugar, nós entendemos que é importante
a divulgação dos atos do Governo, da publicidade, das campanhas esclarecedoras
e da educação que devem existir no processo de informação, tão necessário para
o Governo.
Por outro lado, entendemos que tem que ser
parcimoniosamente feito este dispêndio do Orçamento do Município.
O que nós temos visto, hoje, é que daria até para
comparar o que se gasta no Município em publicidade e o que se gasta no Estado.
Me parece que é um exagero um Município gastar tanto competindo até com o
Estado, que envolve quatrocentos e tantos Municípios do Rio Grande do Sul.
Nesse sentido, nós transferimos uma parte dessas
verbas - não tiramos da publicidade - mas apresentamos emendas, que estão
consubstanciadas nas Emendas n°s 10, 11 e 12. Retiramos parte dessas verbas e
colocamos na reserva de contingência, uma vez que no Orçamento não foi feita
nenhuma previsão de reserva de contingência, que dará possibilidade ao
Executivo Municipal de, ou utilizar as verbas na própria publicidade, se achar
que é importante, ou em outra área que considere necessária durante o ano de
1994. No outro sentido, procuramos, também, direcionar essas verbas, estamos
fazendo uma subemenda, justamente para liberar as verbas de publicidade que
envolve a Secretaria de Governo Municipal, que até, por informações que
buscamos, e procuramos junto ao Executivo bastantes esclarecimentos - não
tivemos todos os que precisávamos, mas buscamos, alguns chegaram de última hora
e alguns nem chegaram - uma subemenda para retirar aquela proposta no sentido
de mexer nas verbas de publicidade da Secretaria de Governo Municipal. Nesse
sentido, até acolhemos opinião do próprio Ver. João Dib, de outros Vereadores,
do próprio Presidente da Casa, colocando essa questão. Se não me engano, Ver.
João Motta, é a Emenda n° 10 ou n° 11, que previa retirada de verba de
publicidade da Secretaria de Governo Municipal. A outra verba de publicidade
procuramos alocar na rubrica de construção de prédios escolares e na rubrica de
investimentos na área da saúde. Então, as duas áreas que foram, ao nosso ver,
as mais prejudicadas no Orçamento do Município, porque a verba de publicidade,
a verba de investimentos na área da educação do Governo Municipal é das mais
baixas do orçamento. É de apenas 7% de investimentos na área da educação.
Considero uma vergonha. E na área da saúde é de apenas 5%, que também considero
outra vergonha, porque se nós consideramos os problemas mais graves do cidadão
brasileiro justamente educação e saúde, não podemos prever no orçamento, na
verba dessas Secretarias, um investimento tão baixo. Nós precisamos ampliar.
Para os Senhores terem uma idéia, enquanto a verba de publicidade envolve em
torno de 70 milhões de cruzeiros, o investimento para a área da saúde é de
apenas 100 milhões, isso dinheiro de julho, quando da elaboração do orçamento.
A saúde 100 milhões e a educação em torno de 210 milhões. Parece-me que é um
investimento muito pequeno para uma necessidade tão grande. Por isso, Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, que as nossas emendas buscaram contemplar uma
reserva para o próprio Município, para o Executivo dirigir as verbas da forma
que achar melhor, na reserva de contingência portanto, e a outra no sentido de
investimentos na área da educação e da saúde. Se os senhores pegarem um quadro
dos investimentos nas diversas secretarias, irão ver que há secretarias
investindo 60, 40, 50% do seu orçamento para investimentos - por exemplo, o
caso da Secretaria de Obras, tem 60% da sua verba para investimentos, e
educação 7%, saúde 5%. Fica complicado de nós querermos apoiar um orçamento que
prevê um investimento tão pequeno em saúde e educação. Eu, particularmente, a
Bancada do Partido Trabalhista Brasileiro, que tem lutado muito no campo da
saúde e da educação, não podemos acordar que se tenha um investimento tão
pequeno para estas áreas, se é que realmente considera-se prioridade saúde e
educação para o povo porto-alegrense, como entendemos que o governo Municipal
acha que é prioridade. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Sobre a mesa Requerimento de autoria do Ver. João Verle,
solicitando que sejam retiradas de tramitação as Emendas de nºs 23 e 26.
Em votação o Requerimento. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Sobre a mesa Requerimento de autoria do Ver. Nereu
D’Ávila, solicitando que seja retirada de tramitação a Emenda de nº 32.
Em votação o Requerimento. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
A Vereadora Helena Bonumá inscreve-se e cede o seu
tempo ao Ver. João Motta.
O SR. JOÃO
MOTTA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, volto a usar a tribuna para
contraditar, em parte, o pronunciamento do Ver. Jocelin Azambuja. Repito o que
falei anteriormente, não somos contra a que as Bancadas façam emendas visando
aperfeiçoar o orçamento e, até mesmo, modificá-lo, em parte.
Agora, Ver. Jocelin Azambuja, V. Exª afirmou aqui,
para o Município de Porto Alegre, que a proposta de orçamento é reduzido na área
da saúde e educação. Eu estava recolhendo os dados, entre eles o da área da
educação. Neste orçamento que estamos votando, a previsão, entre despesas e
investimentos, na área da educação é de 32%; na área da saúde 13,5%.
Então, Sr. Presidente e Srs. Vereadores que votarão
o orçamento, só na área da educação são sete escolas: duas escolas abertas,
três escolas infantis e mais três escolas regulares. Não podemos afirmar aqui,
no Plenário, ou fazer esse tipo de afirmação, porque está, pelo menos em parte,
incorreta, ou seja, está no orçamento deste ano, os gastos, inclusive,
previstos pela Lei Orgânica do Município de Porto Alegre. Se isso não for
verdadeiro, aí o Ver. Jocelin Azambuja tem razão, e tem razão ainda mais nas
suas emendas de nºs 9 e 11, que destinam verbas para a construção de unidades
sanitárias, e destinam verbas para construção de prédios escolares, assinados
pela Bancada do PTB.
Eu volto a repetir e chamar a atenção do Plenário
para este tipo de emenda: se a base é esta, ou seja, o Município não gasta em
educação e saúde, esse argumento, na minha opinião, está incorreto.
Então, eu vou dar toda a razão para o Ver. Airto
Ferronato. Acho que há índice demais no orçamento que não veio para a Câmara
num passe de mágica. Ele veio para cá a partir de toda uma construção política,
etc., cabe a Câmara aperfeiçoá-lo, agora, as duas emendas, a nove e a onze, eu
tenho absoluta certeza, Ver. Pedro Ruas, que em síntese modifica o perfil do
orçamento. Bom, aí eu pergunto: Então, nesse caso o Executivo vai ter que
cumprir o orçamento que está sendo determinado agora na negociação, aqui, pela
Câmara? Eu acho que nós temos que relativisarmos essa incidência sob pena de
cortarmos completamente o perfil e toda a visão de trabalho que está embutida
dentro do conjunto do orçamento. Então eu faço essa intervenção chamando a
atenção do Plenário, muito especialmente para essas duas emendas, a nove e a
onze e também para mais duas emendas do Ver. Jocelin Azambuja que não tenho
certeza se ele retirou ou manteve que são a de n° 36 e n° 37 que destina verbas
para os CPMs. Imagina se a nossa Bancada, Ver. Pedro Ruas, fosse fazer, aqui,
duas emendas destinando verbas para a CUT ou para o Sindicato dos Metalúrgicos
ou Bancários! Evidentemente, não cabe esse tipo de emenda no orçamento do
Município de Porto Alegre. Então, o apelo e a nossa intervenção é no sentido de
chamar a atenção do Plenário para reduzir esse tipo de emenda porque elas são,
na minha opinião, politicamente equivocadas, inclusive. Vejam o esforço que
estamos fazendo para aceitarmos emendas que têm méritos infinitamente superior
a essas duas emendas, que é a Emenda apresentada pela Verª Clênia Maranhão, que
diz respeito a questão dos conselhos, não é isso Vereador? A Vereadora Clênia
se manifesta concordando. É um esforço que estamos fazendo nos últimos dez dias
para tentar chegar a um acordo em cima dessa emenda porque de fato seria
injustificável, na nossa opinião, não aceitar a emenda porque é evidente, todo
mundo acompanha aqui na Câmara a discussão sobre a necessidade de dotarmos os
conselhos com mais condições, inclusive financeira. Agora, a CUT, pelo que eu
sei, não está reivindicando, aqui, verba nenhuma, o Sindicato dos Metalúrgicos,
também nenhuma. Então, eu acho que é equivocado esse método de nós, de uma
forma benevolente, para não dizer paternalista, destinarmos, pura e
simplesmente, verbas para uma entidade “x” que o Vereador tem relação. Não se
faz orçamento assim! É equivocado, politicamente! Por isso que eu acho, Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, pela segunda vez, talvez com um pouco mais de
veemência, mas sou obrigado a dizer isso, nós nunca votamos orçamento assim, é
equivocado politicamente, emendas gerais como essa que a Verª Clênia Maranhão
apresenta estão corretas porque é uma questão que essa Câmara, o Ver.
Presidente inclusive fez um requerimento para se ouvir aqui todas as entidades
dessa área, dos meninos e meninas de rua, dos Conselhos Tutelares, a Câmara já
está conhecendo o assunto, tem uma cultura, tem um conhecimento. É evidente que
tem que aprovar. Se não nos valores propostos, mas tem que aprovar. É isto que
a Bancada do governo está fazendo. Agora, baixar aqui emendas para dar uma
demonstração de muita benevolência política eu acho que é um exagero, nós vamos
correr o risco de cair numa espécie de paternalismo, que acho que é ruim para a
imagem da Câmara Municipal. É a primeira vez, eu repito, que nós aceitamos este
tipo de negociação. Agora, eu acho que está um pouco exagerado este conjunto de
emendas que nós estamos, enfim, negociando neste momento. Até a nossa Bancada
apresentou emendas, retirando as emendas em nome exatamente desse nível
político, desse padrão político que nós sempre estabelecemos nas negociações do
orçamento. As questões importantes aqui são as emendas que estabelecem os
níveis de fundo do orçamento dos chamados projetos tributários. Outro exemplo
de Emenda que não teve espaço este ano aqui no Plenário foi a Emenda do Ver.
Isaac Ainhorn, que acho que está correta a preocupação. A festa do Chopp na
Cristóvão Colombo é uma manifestação da Cidade, cultural, etc. Agora, o
Município tem outras formas de incentivar aquele tipo de iniciativa. Não há a
menor necessidade de nós criarmos no orçamento uma emenda destinando verbas
para a Festa do Chopp. Isto é equivocado também politicamente.
Eu sei que foi retirado, mas estou dizendo, Verª Maria do Rosário, que os Vereadores estão compreendendo politicamente que nós estamos votando o orçamento, não é uma distribuição de verbas para qualquer entidade, para qualquer setor da sociedade. Essa é a responsabilidade que a Câmara, as Bancadas devem ter. Por isto eu concluo, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, chamando a atenção de novo para essas emendas subscritas pela Bancada do PTB, especialmente pelo seu Líder. Não é verdadeiro que não haja investimento; Há, mas tem que incorporar nos 13,5% da saúde, as despesas com a saúde, não só investimento. E na educação os 32%, despesas também com a educação. E na educação, são sete escolas novas que estão sendo previstas para serem construídas no ano que vem. Isto já está projetado, planejado. Inclusive com assentimento das respectivas comunidades. Então é difícil chegar de repente no Vereador, fazer emenda, tirar “x” recurso daqui, botar para lá para construir prédios escolares. Mas tem que ter uma construção política este tipo de emenda. Então é isto, Sr. Presidente.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Sobre a mesa Requerimento de autoria do Ver. Jocelin Azambuja,
que solicita a ouvida do Plenário, para que sejam retiradas de tramitação as
Emendas de nºs 08, 20, 21, 35 e 36.
Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam
o Requerimento do Ver. Jocelin Azambuja permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Com a palavra, a Verª Clênia Maranhão.
A SRA.
CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, desde a discussão da LDO
nós temos procurado, nesta Casa, aprofundar a discussão sobre as leis
orçamentárias procurando fazer com que as nossas emendas correspondam àquilo
que nós consideramos fundamental para a Cidade sem que isso venha significar
uma fragmentação da proposta de orçamento e nem venha prejudicar uma visão
global de uma proposta de orçamento para Porto Alegre. Em relação a este
momento nós apresentamos três emendas, uma emenda que se referia à necessidade
da criação de um albergue para mulheres tendo em vista que o albergue muncipal
é um albergue que, hoje, já está saturado. Nós retiramos essa emenda porque,
acompanhando os trabalhos na Assembléia Legislativa, nós vimos que este ano a
Assembléia Legislativa está preocupada em garantir, inclusive, um artigo da
Constituição do Estado, que eu tenho muito orgulho de ter apresentado através
da minha entidade, que dá obrigatoriedade desse Albergue. Isso nós retiramos
porque o nosso objetivo não é criar uma superposição de atendimento na área
social porque isso já é um velho problema nesta País que tem que ser corrigido.
Duas outras preocupações se apresentaram como fundamentais a partir do
diagnóstico desta realidade que nós fizemos. A primeira se refere à população
de rua que em Porto Alegre, tendo em vista a migração do interior, ao aumento
da pobreza e aos poucos recursos, cada vez menores são destinados através dos
órgãos federais deste País para essa área, tem aumentado o contigente de
populações em situação de mendicância e com absoluta dificuldade de
sobrevivência na nossa Cidade. Essa proposta foi discutida desde o início com
vários técnicos da área social. Discuti com o Líder da Bancada do PT, Ver. João
Verle, e a partir dessas discussões e de dados apresentados pelas pessoas que
estão no Executivo e que, portanto têm condições de ter uma avaliação precisa
sobre a necessidade dos recursos, nós readaptamos essa emenda, modificamos os
valores, para que se adaptassem à realidade do orçamento. Outra questão que
para nós é fundamental é quanto a criança e o adolescente de Porto Alegre.
Quando garantimos o Estatuto da Criança e do Adolescente - a legislação mais
avançada sobre essa questão - sabíamos que era preciso criar equipamentos
capazes de garantir, no dia a dia dessas crianças, aquilo que tínhamos
garantido nas leis. Foi com essa concepção que sempre defendemos os conselhos
tutelares, o fortalecimento dos conselhos de direito, a amplitude dos conselhos
e a existência de um fundo que venha a garantir a existência de uma política efetiva
de atendimento aos meninos de rua, à menina prostituída, às crianças em
situação de risco, enfim, a todo àquele segmento infantil e de adolescentes que
precisam de uma atuação do nosso Conselho Municipal dos Direitos da Criança.
Conversando com as companheiras do Conselho, cada vez mais temos a certeza da
necessidade do fortalecimento e do crescimento do fundo. Não queremos ter uma
posição intransigente, em cima de valores; queremos adaptar a nossa emenda,
através de uma subemenda capaz de se adequar às condições do orçamento. E acho
que isso será possível se conseguirmos compatibilizar o conjunto dos interesses
e das necessidades específicas de cada área dentro de uma visão global do
orçamento. Não se pode tirar essas emendas que são fundamentais na área da
criança e do adolescente. Não podemos retirar uma emenda de uma área
fundamental como é a das populações de rua, que nos invernos do Rio Grande do
Sul morrem devido a recursos mínimos e que, se fossem alojados, evitariam suas
mortes. Queremos explicar aos Srs. Vereadores que temos que adequar essas
emendas à realidade do orçamento, mas não podemos abrir mão daquelas emendas
que são de áreas fundamentais como das populações com situação de vida
fragilizada e como das crianças e adolescentes que estão vulneráveis nesta
Cidade pela situação econômica, por essa crise recessiva cada vez mais brutal
em que vive o Brasil e, conseqüentemente, a cidade de Porto Alegre. Peço a
compreensão e o esforço de todos os Vereadores para podermos chegar a uma
solução capaz de aprovar essas emendas, sem que ninguém se sinta prejudicado
com relação a isso. Era isso. Muito obrigada.
(Não revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE: Apregoamos a Subemenda à Emenda nº 12 e a Subemenda à Emenda nº 10, ambas do Ver. Jocelin Azambuja.
Com a palavra, o Ver. Guilherme Barbosa.
O SR.
GUILHERME BARBOSA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, num momento como este,
em que estamos discutindo, vale uma reflexão. Na verdade, estamos aqui
debatendo e discutindo toda uma atividade do Executivo Municipal para o ano de
1994, e portanto, estamos aqui definindo não uma ação isolada, mas está em jogo
toda a ação, toda a iniciativa do Executivo para o ano e também para a Cidade.
A tradição dos Executivos tem sido, como autoridade legal e política para
fazê-lo, de encaminhar o Projeto de Orçamento a seu bel prazer, com a sua cara,
a sua imagem e semelhança. Esta é uma forma de se elaborar e estruturar um
orçamento, e pode dar em coisas como temos visto, exatamente nestes dias em que
estamos vivendo, em procedimentos que envergonham a todos nós e a todo o
cidadão brasileiro. Uma outra forma de superar isso é exatamente a forma que o
Executivo Municipal, através da Administração Popular, tem colocado em prática
a partir de 1989. Um procedimento que alguns nesta Casa não conseguem absorver,
e acham, inclusive, que é um procedimento ditatorial do Executivo sobre o
Legislativo. Ledo engano! Ao colocar na discussão a população da Cidade,
através de suas entidades representativas, mesmo que esse processo necessite
ainda avançar, como reconhecemos, mesmo que esse processo precise de melhoria,
como reconhecemos, é uma forma de colocar clareza, colocar luz e abrir as
portas para a população, através de suas entidades representativas, através de
suas lideranças, sobre os números da Prefeitura, sobre os números que regrarão
a atividade do Executivo no ano seguinte. É isto o que se discute neste momento
e, mesmo que alguns não gostem e coloquem muitas dúvidas sobre isto, já é fato
concreto. Cada vez mais vemos pessoas de responsabilidade política muito ampla
- e aqui é preciso citar o Senador Pedro Simon, que fica longe na disputa
municipal, mas que percebe que este procedimento que, desde 1989, a
Administração Popular tem colocado em prática é a saída para que se democratize
o orçamento municipal, estadual e federal e para que se fechem as
possibilidades dos “João Alves” da vida e de toda a sua laia. A partir desse
procedimento democrático e aberto à participação do cidadão é que se limita as
possibilidades de Emenda, não num processo autoritário por parte do Executivo,
mas, ao contrário, limita-se através de um procedimento muito amplo que teve
como agente principal, juntamente com o Executivo, a própria população.
De nossa parte fica difícil aceitarmos algumas
Emendas que descaracterizem este Orçamento, que não é da vontade do Executivo,
mas sim da vontade da maioria da população, mesmo considerando que este
processo precise de melhorias. Então, algumas emendas são bem vistas pelo
Executivo e pela sua Bancada, mas há emendas de setores muito reduzidos da
população e de interesse de apenas um Vereador e desta forma não se deve
legislar. Devemos procurar emendas para qualificar este Orçamento e que sejam
do interesse da maioria da população. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Luiz Braz): Com a palavra, o Ver. Divo do Canto que cede seu
tempo ao Ver. Jocelin Azambuja.
O SR.
JOCELIN AZAMBUJA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, parece-me um tanto
quanto equivocado os representantes do Executivo Municipal colocarem que as
emendas que se apresentam não têm uma base política adequada, não estão dentro
de um princípio político adequado. Claro, adequado é esta Câmara receber o
Orçamento do Governo, aprovar e pronto. Esse é o adequado na visão do Governo,
pelo que entendi, ou estou errado de estar aqui na Câmara de Vereadores. Por
outro lado, parece-me que é muito claro que a população de Porto Alegre tenha
consciência de que nunca se gastou tanto em publicidade como o Governo
Municipal tem gasto. Isso é voz corrente. Ninguém tem tanto dinheiro para fazer
programa de três, quatro minutos, como tem o Governo Municipal para divulgar as
suas propostas políticas e o seu trabalho. Então, parece-nos que não há óbice
nenhum em se direcionar essas verbas. Nós não estamos engessando o Executivo.
Nós estamos gerenciando, de uma melhor forma, essas verbas. Nós retiramos
algumas verbas que estavam previstas para a reserva de contingência. Então, na
reserva de contingência não haverá dificuldade alguma de o Governo Municipal
encaminhar, por exemplo, aquela verba que envolve a Procuradoria Geral do
Município. Nós estamos colocando em reserva de contingência, porque existe um
Projeto que tramita nesta Casa em relação à assistência judiciária gratuita. Se
for aprovada a assistência judiciária gratuita, evidente que o Governo
Municipal deverá levar algum recurso financeiro para poder prestar esta
assistência. Nada mais lógico, então, que buscar essa verba numa reserva de
contingência, que é justamente, o que estamos propondo: deixar parte dos
valores de publicidade da Procuradoria para investimentos nesta área. Quanto à
questão de investimentos que aqui foi colocado pelo Ver. João Motta, parece-me
equivocada a posição porque o investimento que ele coloca que é alto, na verdade
não é. O governo apenas cumpre a Legislação, coloca o mínimo, mas a Lei
Orgânica do Município não diz qual é o máximo. O que nos diz o máximo é o
bom-senso. O interesse de investimento em educação e saúde. Nós temos
consciência de que este País não avança porque não existe o interesse de
investimento em educação e saúde. Os investimentos são pequenos nesta área. Eu
vou fornecer para o Ver. João Motta um quadro resumo do orçamento do Município,
que nós elaboramos na Bancada, em que mostra que esses 31% que o Vereador
destacou, não são investimentos, isto é pagar o que existe, é pagar o pessoal
que está lá, é manter a máquina funcionando; investimento é 7%. Vou-lhe provar,
vou dar uma cópia para V. Exª ter consciência do que é investimento em cada
secretaria, porque investimento V. Exª tem que computar no conjunto da
secretaria. Pela primeira vez a nossa Bancada trabalha com esse Orçamento do
Município. Descobrimos que as verbas estão colocadas em rubricas que não
condizem com a realidade do Orçamento. Vejam que nos desgastamos, perdemos
tempo, fizemos três emendas no Orçamento, e depois, na última hora, nos foi
explicado que estava errado e que no próximo Orçamento, será corrigido.
Se o
Governo Municipal tivesse nos esclarecido há quase um mês atrás, não teríamos
um desgaste desnecessário. Agora tivemos que retirar aquelas emendas porque não
existe aquela rubrica, faltou agilidade na Assesoria do Executivo Municipal,
para nos mostrar qual é o caminho certo. Não entramos com as emendas ontem, as
emendas estão aí há quase um mês, temos que protestar, nós precisamos conviver
com agilidade. Fiz contatos com as Lideranças do Partido do Governo, aguardei,
e continuamos aguardando, estamos procurando encaminhar da melhor forma. Quanto
a investimentos na área da Educação, CPMs. São estruturas que existem nas
Escolas Municipais desde a sua fundação, prestem serviços à Escola. Eu prefiro
repassar verba para programas das Escolas Municipais, ao Círculo de Pais e
Mestres, que vão trabalhar com o seu dinheiro e com o do governo para aquisição
de material escolar para os estudantes, uniforme de Educação Física, do que
repassar dinheiro para Escola Menino Deus, para Escola Maria Imaculada, para
Escola La Salle, e para tantas outras que o Governo Municipal compra bolsas. Eu
tenho certeza de que a população carente de Porto Alegre não está precisando
estudar nessas escolas, nem precisa estar estudando no Unificado, nem aqui, nem
ali. Eu prefiro fazer convênios que revertam para os estudantes do Município.
Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Henrique Fontana.
O SR.
HENRIQUE FONTANA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e demais cidadãos de
Porto Alegre que acompanham a votação, do Orçamento da Prefeitura Municipal
para o ano que vem. Eu acho que algumas coisas são importantes destacar neste
momento em que se termina o processo de discussão e debate com a Cidade a
respeito de que rumo dar aos recursos públicos que pertencem a toda cidadania
de Porto Alegre. O primeiro esclarecimento, eu acho importante colocar porque
ouvi com atenção o debate do Ver. Jocelin a respeito dos investimentos na área
da saúde e educação e que efetivamente podem passar uma idéia errônea para a
Cidade de que a Prefeitura Municipal de Porto Alegre teria um investimento
baixo nas áreas da saúde e educação. Ao contrário Srs. Vereadores, a Prefeitura
Municipal de Porto Alegre tem um investimento na área da saúde considerado
ótimo por todos aqueles que militam e lutam nesta área. O investimento previsto
para o próximo período é de 13% de todas as despesas do Município. Para que se
tenha uma noção, a determinação do Conselho Nacional de Saúde é que os três
níveis de Governo, Municipal, Estadual e Federal, dediquem no mínimo 10% do seu
orçamento para fazer frente aos investimentos na área da saúde. Portanto, a
Prefeitura Municipal de Porto Alegre esta investindo 13% - o que é 3% - acima
deste mínimo determinado pelo Conselho Nacional de Saúde. É importante, estão,
ressaltar que quando se fala nos investimentos de saúde, o Ver. Jocelin
colocava o questionamento, não são investimentos em novas obras, em novos
postos ou em novos serviços, pois os usuários, os cidadãos de Porto Alegre já
aprenderam que o grande desafio na área da saúde é fazer funcionar os serviços
existentes. Não se trata de fazer uma política de construir dez postos de saúde
a cada ano, e no ano seguinte oito ou nove desses postos ficarem fechados por
falta de equipamento, por falta de medicamento e por falta de profissionais
para atender as demandas da população que procura esse serviço. Portanto, esse
raciocínio é fundamental para as áreas da saúde e educação. O mais caro e o
mais difícil para os investimentos públicos é manter o custeio desses serviços,
é manter esses serviços funcionando. Insisto que é um argumento equivocado
dizer que a Prefeitura de Porto Alegre investe pouco na área da saúde e
educação. Na área da educação, o investimento é de trinta e dois por cento de
todas as despesas do Município. Outro assunto a ressaltar, e acho importante
que se percebeu uma sensibilidade ao longo das discussões do orçamento nas
Sessões que antecederam essa Sessão de hoje, uma sensibilidade desta Câmara de
Vereadores para a necessidade da indexação dos tributos que o Município
arrecada. Ora, em período de inflação galopante como nós vivemos, passou de
trinta para trinta e cinco por cento e não se sabe se amanhã será de quarenta
por cento, existem dois setores que, fundamentalmente têm perdido dentro do
nosso País. Esses setores são os salários e a arrecadação de tributos,
arrecadação pública. Num período de crise, não é novidade para nenhum dos
Senhores Vereadores que a necessidade de investimentos públicos cresce de
maneira mais forte do que nunca. Portanto, é exatamente neste momento de crise
social profunda que nós temos que ter a responsabilidade de buscar um orçamento
equilibrado que possa fazer frente às necessidades crescentes de uma população
que demanda por mais serviços na área da saúde, educação, assistência social e
de tantas outras. Quero chamar a atenção e também dividir este elogio ao
orçamento e às finanças do Município com os Senhores Vereadores que têm
permitido esse equilíbrio orçamentário. A Prefeitura Municipal de Porto Alegre,
hoje, gasta dois por cento de sua arrecadação com os chamados serviços da
dívida, ou seja, no pagamento de juros e de empréstimos. Para aqueles que não
estão tão atentos a essa discussão tenham um termo de comparação, eu coloco o
dado do Governo Federal, onde sessenta e sete por cento, ou seja, dois terços
do orçamento são utilizados para pagar o serviço da dívida, ou seja, para pagar
os juros da dívida interna e externa. Senhores Vereadores, é preciso que nós
mantenhamos este equilíbrio, entre a capacidade de contribuição do contribuinte
de Porto Alegre e as necessidades de serviço desta Cidade, que são crescentes e
que são demandas justas e legítimas. Para tanto, a aprovação da indexação dos
impostos é fundamental e eu tenho a certeza de que esta Câmara terá
sensibilidade para aprová-la. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Décio Schauren.
O SR. DÉCIO
SCHAUREN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, distinto público que está
acompanhando a votação do orçamento. Em primeiro lugar, quero fazer uma
consideração sobre a Emenda nº 02. Por mais que eu seja um dos fundadores da
UAMPA, não posso concordar que cabe ao Estado sustentar as entidades de
movimento popular, até porque sempre defendi a autonomia dos movimentos
populares. Então, acho que, realmente, não cabe.
Em segundo lugar, quero abordar a Emenda nº 11, do
Ver. Jocelin Azambuja. Sua justificativa é de que, como há uma falta de vagas e
como o Estado tem uma política de calendário rotativo, então o Município é que
deve construir mais salas para que se possa acabar com o calendário rotativo.
Têm-se de ter um mínimo de cuidado nessa questão, porque o Município não pode
dar um passo maior do que a perna. Não podemos começar a construir um grande
número de escolas e de salas de aula e, depois não ter professores. Se
discordamos do calendário rotativo, não pode o Município querer, em função
dessa discordância, ocupar a obrigação que seria do Estado, ou seja, não pode o
Município, por isso, desobrigar o Estado do seu dever. Acho uma Emenda
totalmente equivocada.
A outra Emenda que quero abordar é a de nº 13,
da Vereadora Clênia Maranhão. Concordo com o mérito da Emenda, sei que
está havendo uma negociação em função de que esta Emenda esvazia uma rubrica
que não pode ser esvaziada. Mas concordo com o mérito da Emenda e quero dizer
que o Estatuto da Criança e do Adolescente diz no seu art. 4° que é dever da
família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com
absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referente à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura,
à dignidade, ao respeito, à convivência familiar e comunitária e à liberdade.
Então é importante dizer que, muitas vezes a gente
diz isso no discurso, mas na prática não se cumpre. Hoje, é o Município uma das
poucas esferas que está destinando recursos à questão da criança e do
adolescente. Talvez, relativamente muito mais do que o Estado e a União, mas
acho que ainda não é suficiente. E o Município de Porto Alegre, para poder
criticar o Estado e a União, tem que dar o exemplo.
Sinceramente, acho que os recursos destinados,
apesar de ser um volume considerável, não são o suficiente, porque temos
dezenas, centenas de creches comunitárias absolutamente miseráveis. E caberia
ao Município fazer isto: aumentar os recursos. Sei que as Escolas Infantis dão
às crianças, mas, infelizmente temos que olhar essas centenas e dezenas de
creches comunitárias que estão fazendo um esforço enorme, porque são
absolutamente miseráveis e não conseguem atender com o mínimo de dignidade o grande
número de crianças que estão aí. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Queremos, antes de dar prosseguimento aos trabalhos,
cumprimentar o Líder da Bancada do PT, Ver. João Verle, porque está
aniversariando no dia de hoje. (Palmas.)
Requerimento da Verª Clênia Maranhão, solicitando a
retirada de tramitação da Emenda nº 13.
Requerimento do Ver. Isaac Ainhorn, solicitando a
retirada de tramitação da Emenda nº 17.
A Mesa comunica ao Plenário o recebimento da Emenda
nº 38 ao PLE nº 072/93, de autoria da Verª Clênia Maranhão. (Lê o teor da
Emenda.)
A Mesa comunica ao Plenário o recebimento de
Subemenda à Emenda nº 38 ao PLE nº 072/93, também de autoria da Verª Clênia
Maranhão. (Lê o teor da Subemenda.)
O SR.
PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Isaac Ainhorn para discutir.
O SR. ISAAC
AINHORN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, ao lado da votação do orçamento,
evidentemente, dizendo muito com essa previsão de receita e despesa que
estaremos examinando, discutindo e aprovando na tarde de hoje, evidentemente
inserida dentro do quadro dessa discussão, encontra-se a questão das receitas
próprias do Município, que tem sua base na estrutura tributária; expressa
através dos seus tributos mais importantes e taxas, como: ISSQN, IPTU, ITBI e a
Taxa do Lixo. Nós tínhamos apresentado uma emenda ao orçamento, querendo
intervir na questão da Planta de Valores da cidade de Porto Alegre, exatamente
porque o Executivo, como eu já dizia ao final do ano passado, início deste ano,
o Executivo não vai mais mexer no IPTU da cidade de Porto Alegre. Não vai mais
mexer porque, depois de todas as reavaliações da planta e da manutenção das
alíquotas, não tinha mais interesse neste ano de discutir o IPTU. Não mandou
nenhum projeto dessa natureza, para não permitir que essa Casa se aprofundasse
na questão do IPTU. Não mandou! Simplesmente mandou uma Planta de Valores no
limite máximo, e nós alertamos esta Casa de que o valor do IPTU seria acima da
inflação, porque a base de cálculo, que é a inflação deste ano de 1993, para o
IPTU de 1994 recairia sobre a Planta de Valores do ano passado; exatamente
recairia sobre a Planta de Valores do ano passado. Vale dizer que a Planta de
Valores do ano passado não tem a dedução que foi dada ao valor lançado do IPTU
de 25%. Então, Planta de Valores sobre Planta de Valores, vai dar 2.600% que é
a inflação projetada do ano, mais 25% que representa 650 a mais dos 25%,
daquilo que ela está recuperando do ano passado. Vale dizer que a Planta de
Valores do no passado, não tem a dedução que foi dada ao valor lançado ao IPTU
de 25%. Então, Planta de Valores, sobre Planta de Valores vai dar 2.600%, que é
a inflação projetada do ano, mais 25% que representam os seiscentos e cinqüenta
a mais dos vinte e cinco por cento, daquilo que ela está recuperando do ano
passado. Nós passamos o ano inteiro alertando, infelizmente nós achamos que
esta Câmara, que esta Casa, já está consciente para o problema. Nós batemos
sistematicamente nesta tecla. Agora, a grande verdade é que, tecnicamente, nós
tínhamos que encontrar um caminho para fazer isto. Pela Lei Orçamentária, pelas
Leis Tributárias, o próprio Prefeito da cidade de Porto Alegre deu entrevistas,
em algumas delas referindo a este Vereador, dizendo: Olha, o Vereador Isaac
Ainhorn não vai poder apresentar emenda - Ver. Dib - ao Projeto de Lei do IPTU,
porque não tem IPTU em discussão este ano. Não vai dar para apresentar. Mas
como há Leis Tributárias, duas, e estas Leis Tributárias envolvem o Código
Tributário Municipal, que trata de ISSQN, IPTU, etc., que é a Lei Complementar
número sete, que o Secretário Arno Augustin sabe muito bem, que é uma
verdadeira colcha de retalhos; são dezenas, quase cem alterações, é uma loucura
de alterações; de anos, não digo uma centena, mas umas trinta, trinta e cinco Leis.
Não mandam o Código Tributário, que nós precisaríamos de um Código Tributário
Municipal na cidade de Porto Alegre, para reavaliar. Não mandam, porque aí, nós
vamos poder mexer na Lei Tributária, e ele quer passar os três anos, quatro
anos com os cofres recheados de dinheiro. Evidentemente, se mandar para cá, nós
vamos querer mexer muito na Lei Tributária. Então, inteligentemente, nem o
Prefeito, nem ele mandam esta Lei para cá.
Então, o que nós estamos propondo? Embora o Prefeito tenha dito que nós não poderíamos mexer no IPTU, porque não havia Lei sobre a matéria, na realidade é possível mexer.
O SR.
PRESIDENTE: O tempo de V. Exª está encerrado. Eu pediria, por favor, que V.
Exª finalizasse o seu pronunciamento.
O SR. ISAAC AINHORN: Veja V. Exª, como é pouco cinco minutos. Como
esta Casa errou: há trinta anos atrás, a gente verificou, constatando os Anais
da Casa, uma Lei era debatida por 18, 20, 22 horas, infelizmente, hoje, são 5
minutos para discutir uma Lei, é pouco tempo, Ver. José Gomes. Isso aí se está
repetindo um grave erro que não permite a ampla discussão dos projetos nesta
Casa.
Sr. Presidente, para concluir, não é possível fazer por Lei
Ordinária. Não é pela Lei Orçamentária que nós vamos poder mexer na redução do
IPTU da cidade de Porto Alegre. E nós temos uma Lei, a do ITBI, que envolve
assuntos da Lei Complementar nº 27, e até a que muda a URM para UFM, o que é
muito ruim para a Cidade. Eu prefiro ficar na alteração, pela Lei do ITBI.
Portanto, estou formalizando a retirada desse dispositivo, dessa minha Emenda
de redução do IPTU pela Lei Orçamentária, e optar para que esta alteração seja
feita pela Lei Complementar para que, depois, não entre o Executivo em juízo,
tentando desmanchar esta possibilidade de reduzir o IPTU. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Está com a palavra o Ver. Airto Ferronato, pelo tempo que lhe
cede o Ver. Luis Negrinho.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Presidente, Srs. Vereadores, Senhoras e Senhores, é de registrar
de início que o Relator da matéria é o Ver. Artur Zanella que, por problemas
particulares, não se encontra presente. E me foi designado, pelo Ver. Antonio
Hohfeldt para passar a relatar as Emendas a partir de agora.
Eu quero, de início, conversar a respeito de como
funciona, como deveria funcionar este processo. Este processo, para que os
senhores tenham idéia, ele tem o Projeto, uma Mensagem Retificativa e, até o
presente momento, as 38 Emendas e duas subemendas para serem discutidas. E o
sistema que existe, hoje, na Comissão de Finanças, seria o de que estas Emendas
iriam para a Comissão de Finanças e, a partir daí, houvesse um Parecer, e este
Parecer deveria ser definitivo. Apenas com a maioria dos Vereadores da Comissão
se poderia alterar este processo. Até este momento, as coisas não estão
funcionando desta maneira, ou seja, ainda estão ingressando emendas. Eu,
particularmente, acredito, como Relator, a partir de agora, que seria
indispensável e necessária, Senhor Presidente, a suspensão dos trabalhos, para
que se possa compatibilizar as emendas apresentadas. Se procedermos desta
maneira, teremos condições de fazer uma análise ampla dessas propostas, até
para segurança de todos os Senhores Vereadores e por responsabilização nossa.
Nós não podemos votar, neste momento, essas propostas, sem uma análise profunda
dessas emendas, até para se constatar, se há recursos suficientes para a
aprovação das emendas que se está propondo aprovar, porque, daqui a pouco,
vamos retirar mais recursos do que se tem e, com isto, vamos votar um Orçamento
errado. Amanhã, seremos motivo de responsabilização da sociedade, em razão da
forma de como estão sendo conduzidos os trabalhos. Estou apresentando para as
Lideranças esta proposição: que se suspendam os trabalhos e façamos uma reunião
para analisar estas propostas.
A Emenda de nº 38 vamos dar uma analisada em suas
propostas, uma a uma. Temos a Parecer favorável da Emenda n° 01, que dá dotação
específica para a divulgação turística do Município, sob a seguinte
classificação orçamentária: publicação e divulgação do turismo do Município.
Amplamente favorável esta proposta, porque não se pode pensar em turismo no
Estado, sem uma divulgação. Acho que é positiva e merece aprovação. Esta
proposta dota recursos, publicação e divulgação para o turismo e retira de recurso,
outros serviços e encargos no valor de dez milhões, aí é que não entendi,
porquê. Autoria do Ver. João Dib, por que não retirar recursos da publicidade?
Eu acho que devemos parar, repensar e até refazer este tipo de emenda, porque
ela é positiva. Por quê? Porque precisamos, sim, recursos para publicidade. Eu
apresentei um projeto, certa vez, aqui na Câmara, dizendo que Porto Alegre tem
que fazer divulgação de Porto Alegre na Argentina, no Uruguai, em São Paulo, em
Santa Catarina. Não podemos ter medo de arrojar. Aquele que poupa migalha perde
muito. Porto Alegre precisa de um amplo projeto de divulgação de Porto Alegre
para fazer com que esta Cidade se torne uma cidade de polo turístico e não
apenas um corredor, como está hoje.
A Emenda nº 01 é positiva. Eu acho que carece de um
debate. Por que retirar recursos de outros encargos e não retirar da
publicidade?
Sr. Presidente, solicito o meu tempo de Relator.
O SR.
PRESIDENTE: V. Exª tem mais cinco minutos pelo tempo de Relator.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Pelo que eu saiba seriam dez minutos, porque o dobro de dez é
vinte.
O SR.
PRESIDENTE: Ver. Airto Ferronato, como existe um acordo de Plenário para
que o tempo dos oradores seja reduzido de dez para cinco, foi por isso que
disse a V. Exª que o tempo de V. Exª seria de cinco minutos. Mas se V. Exª
exige os dez minutos...
O SR. AIRTO
FERRONATO: Seria de vinte minutos para dez minutos Sr. Presidente. Mas
vamos tentar discutir neste tempo.
A Emenda nº 02, como disse, o Relator foi o Ver.
Artur Zanella e nós estamos tentando aos poucos dizer o que temos aqui e a
nossa visão para uma análise da Casa. A Emenda nº 02 é popular, e é a primeira
emenda popular relativamente ao Orçamento que aparece nesta Casa. E esta
proposta foi aprovada na Comissão de Finanças, quando criamos a Lei Orgânica.
O SR.
PRESIDENTE: Ver. Airto Ferronato, a Mesa interrompe o tempo de V. Exª para
pedir que, por favor, os Srs. Vereadores que estão parlamentando, de forma
paralela, nos corredores, tomem assento às suas tribunas, permitindo que o
orador da tribuna possa continuar a exposição de suas idéias com relação ao
Orçamento.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Eu vou encerrar porque se encontra presente o Ver. Artur Zanella
que é o Relator. Vou apenas falar da Emenda nº 02, se possível.
Vejam bem, é a primeira emenda popular. A UAMPA
pede recursos de 208 mil cruzeiros para passagens de ônibus; pequenos valores
para essas pessoas que têm prestado relevantes serviços à sociedade e têm feito
isto por iniciativa própria. Eu tenho acompanhado. Eles estão em tudo o que é
reunião da Cidade,
pagando a sua passagem de ônibus. É claro que é barata. É razoável. Eles andam
em 5 ou 6, 10 lugares por dia. Gastam 5 ou 6, 3 mil cruzeiros por dia atendendo
as necessidades da sociedade. Vou me retirar da tribuna, dizendo o seguinte:
vamos votar.
O SR.
PRESIDENTE: Eu acredito que o Ver. Antonio Hohlfeldt tenha informado a V.
Exª de forma equivocada. V. Exª não tem mais esse tempo. Esse tempo é do
Relator. O Relator não é V. Exª, é o Ver. Artur Zanella.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Eu quero, para o bem da Casa, dizer que estava presente aqui,
porque fui designado pelo Presidente em exercício - o Ver. Antonio Hohlfeldt -
eu não vim porque quis vir; nem me candidatei para isso. Por isso estou me
retirando. Vamos votar favorável à Emenda nº 02, que é uma demonstração
positiva para a valorização das entidades da Cidade. Muito obrigado.
O SR.
PRESIDENTE: Questão de Ordem com o Ver. Artur Zanella.
O SR. ARTUR
ZANELLA (Questão de Ordem): Eu não queria que o Ver. Ferronato se retirasse
de lá porque, como eu estava ausente, tratando outro assunto, o Vice-Presidente
da Comissão de Finanças e Orçamento designou o Ver. Airto Ferronato como
Relator, e ele tem o tempo de Relator.
O SR.
PRESIDENTE: Ver. Artur Zanella, no processo existe um Relator designado,
que é V. Exª, e o Regimento é muito claro, quando diz que o tempo é o tempo de
Relator. O Presidente da Comissão, de repente, indicou um outro Relator agora,
sem comunicar o Presidente da Casa, que está dirigindo os trabalhos. Isso não deve
o acontecer.
O SR.
ANTONIO HOHLFELDT: Senhor Presidente, ocorre que o Ver. Artur Zanella não
se encontrava em Plenário. Eu sou o Vice-Presidente da Comissão, no exercício
da Presidência e designei o Ver. Airto Ferronato para relatar todas as emendas
que estão entrando e saindo, uma atrás da outra, há mais de 40 minutos.
O SR.
PRESIDENTE: As inversões da Relatoria, Vereador, já que dependerão dela
para o tempo da tribuna, seria ideal que fossem comunicadas, também, ao
Presidente que está dirigindo os trabalhos.
O SR.
ANTONIO HOHLFELDT: O Ver. Zanella não protestou, e V. Exª tem, formalmente,
indicado por min que o Ver. Ferronato é o Relator, hoje, na ausência do Ver.
Zanella.
O SR.
PRESIDENTE: O Ver. Elói Guimarães está com a palavra.
O SR. ELÓI
GUIMARÃES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, evidentemente que o tempo é
exígüo para que se proceda uma análise detalhada às unidades orçamentárias.
Todavia, dizer-se que o orçamento é uma ficção, é asneira, porque o orçamento é
exatamente a lei mais importante, é o documento mais importante onde se fixa a
despesa e se estabelece a previsão da receita. Então, há que ter-se um cuidado
muito grande no que respeita às emendas porque estamos vivendo uma, eu diria
até, uma “emendocracia”, de tantas emendas que estão surgindo. É bom que se
diga que a questão do Executivo, e eu falo como alguém que já teve a
oportunidade de trabalhar no Executivo, não imaginam muitos aqui, e o Ver. João
Dib é mestre, e outros vereadores que participaram da Administração sabem o que
representa, em transtornos, à Administração. Porque as Administrações, via de
regra, ultrapassam as Administrações diferenciadas de partidos políticos, e o
trabalho, a máquina, a Administração vem numa marcha, quando se começa alterar
através de emendas, cria para o Administrador um problema seríssimo na
continuidade administrativa. Então, é um apelo que faço, e essa sugestão do
Ver. Airto Ferronato, que afigura-se excelente, que num determinado momento
vamos ter que parar, reunir esse conjunto de emendas e fazer uma análise
harmônica, porque senão, o orçamento que é uma peça fundamental vai virar um
mosaico, enfim, o orçamento será esfarrapado, que é algo importante para o
interesse da Cidade, para o interesse da Administração, para o interesse da
Câmara. Vejo, por exemplo, tirar-se verba de publicidade, de determinadas
unidades orçamentárias, jogar-se na reserva de contingente. Isso cria todo um
problema. Por exemplo, está-se tirando da Procuradoria Municipal, verbas da
publicidade, jogando-as na reserva de contingente, é bom que se diga que a
Procuradoria do Município ela tem um peso no Orçamento de 0,38. O papel da
Procuradoria do Município para a Cidade, para a Administração, é fundamental.
Sem falar em outras unidades orçamentárias. Então, sem tecer uma análise, a
cada órgão, a cada setor, enfim, a cada unidade orçamentária, nós temos que
buscar um entendimento, sob pena de este Vereador não votar nenhuma emenda. Por
quê? Ou nós negociamos, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, as lideranças
negociam uma decisão amadurecida ou nós ficaremos num impasse, tentando passar
emendas. A Administração que tem planos, programas, esses planos e programas
não podem ser interrompidos, isso causa uma descontinuidade da Administração.
Isso não é questão ideológica, isso é uma questão de administração. Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, temos que encarar o Orçamento como uma lei que
vai estabelecer os recursos para a Administração, administração da Cidade. A
expansão da Receita deve-se dar ao nível da inflação. Por que afirmo isso?
Porque se não procedermos assim vai faltar recursos para infra-estrutura, vai
faltar recursos para o funcionalismo e por aí se vai. Fica a nossa
manifestação, o tempo é exígüo, para dizer que temos que encontrar nesse
conjunto de Emendas, o mínimo, sob pena de criarmos um problema que não leva a
bom termo. A Casa, evidentemente, tem o maior interesse no zelo da Proposta
Orçamentária para que se atenda as suas finalidades. Agora esse conjunto de
emendas parece que nos criará inquestionável problema. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: O Ver. Clovis Ilgenfritz está com a palavra.
O SR. CLOVIS
ILGENFRITZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, distinto público aqui presente
nesta Sessão. A rigor estamos repetindo um processo que, infelizmente, tem
acontecido nos anos anteriores, embora tenha havido uma preocupação muito
grande, por parte das lideranças do governo, e, também, dos demais Partidos, em
fazer inúmeras reuniões para discutir emendas, para fazer acordos. Disseram-me,
porque eu, infelizmente, estive ausente por alguns dias e não participei dessas
negociações, como aconteceu em anos anteriores, que estava tudo encaminhado. Eu
não ia falar sobre o Orçamento, mas me sinto na obrigação de subir à tribuna
para dizer que estou de pleno acordo com o discurso feito aqui pelo Ver. Elói
Guimarães, que tem experiência maior do que a minha nesta Casa. É o apelo que
faço aos Srs. Vereadores e as Sras Vereadoras, para que consigamos
entrar logo no processo de votação.
Veja bem, Verª Clênia Maranhão, eu
custo a aceitar, por exemplo, a sua Emenda nº 13, agora substituída pela Emenda
nº 39, se não me engano. Pelo que tive conhecimento no primeiro ano do governo
Olívio Dutra, em 1989, quando participei diretamente da elaboração do
Orçamento. E senti o quanto era difícil - está aqui o economista Mauro Borba
que era um dos supervisores da área -, compatibilizar o orçamento, de forma a
atender todas as nessecidades. Isso é um dado. O outro é que nós nunca
ignoramos a importância dos Vereadores influirem na organização e na
distribuição desse processo. Só que, isso deve ser feito na época oportuna. A
inovação que existiu na Orçamento que já não é mais uma coisa feita apenas pela
atual administração ou administração que passou, Olívio Dutra, inovou no processo
de consulta popular que antes foi tentada por outros governos também, mas que
este governo e o governo Olívio Dutra conseguiram sistematizar um processo de
consulta justamente para mostrar que com pouco recurso para investimento,
precisava haver uma discussão [MC1]muito
profunda e o mais democrática possível para estabelecer as prioridades. Para
mais de mil demandas, poderiam ser atendidas, quem sabe, 10 a 15% com o
dinheiro existente. É isso que foi feito. Além disso, feito o orçamento,
discutido com a população, mandado para a Câmara, esta Casa teve tempo
suficiente pata discutir entre si na Comissão de Finanças e Orçamento, nas
reuniões de Lideranças com as Bancadas, nas reuniões das Lideranças com a
Comissão de Finanças e assim por diante. Então, hoje eu estranho que na
undécima hora nós tenhamos tantas emendas e subemendas entrando no momento em
que nós viemos aqui convencidos de que só íamos votar, que já tinham ocorrido
as negociações com o Executivo, com as Secretarias e assim por diante. Eu
queria deixar ao Ver. Jocelin um questionamento, ele disse que são feitos
apenas 7% de investimento na educação. Eu perguntaria ao Ver. Jocelin, quando
aconteceu investimento maior do que esse? Investimentos, no caso, são em novas
obras, em novas realizações para construção de salas, etc. O que se investe em
educação está na rubrica da educação, como verbas para manter e melhorar a
condição para educar, para pagamento de professores, para todo o processo de
desenvolvimento pedagógico, etc. E, neste lado da questão, V. Exª examinando o
orçamento vai ver que ele está cumprindo com a Lei Orgânica e com os princípios
Constitucionais e assim mesmo está fazendo investimentos novos, e isso é muito
significativo. Então, ao invés de ser criticada, deveria ser elogiada. E diante
da circunstância de não ter participado das negociações, entendia que estava
aqui para começar a votação. É o apelo que faço, que iniciemos logo as
votações. Era isso. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Anunciamos a entrada de Subemenda à Emenda nº 11,
de autoria do Ver. Jocelin Azambuja, como também, a Subemenda à Emenda nº 09,
de autoria do mesmo Vereador.
Há sobre a mesa Requerimento da
Verª Clênia Maranhão, para que a Emenda nº 13 seja retirada de tramitação. Em
votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
Requerimento do Ver. Isaac
Ainhorn, para que seja retirada de tramitação a Emenda nº 17. Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Com a palavra, o Ver. Eliseu
Santos que cede seu tempo ao Ver. Jocelin Azambuja.
O SR. JOCELIN AZAMBUJA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores,
apresentamos duas subemendas às emendas já apresentadas, de números 09 e 12,
que envolviam a verba de publicidade para, então, colocarmos a verba na rubrica
da reserva de contingência. Isso porque entendemos que o Governo Municipal tem
que ter reserva prevista no seu orçamento para poder, na medida das urgências e
necessidades do Governo Municipal, ter agilidade no sentido de onde buscar
esses recursos, e é justamente nesta reserva de contingência que poderá ser
viabilizado. Explicando para o Ver. Clovis Ingenfritz, por quem fui referido,
nós estamos retirando, fazendo na subemenda, daquele investimento nas áreas da
saúde e educação, porque há um compromisso do Governo de fazer maiores
investimentos, que poderão vir da própria Reserva de Contingência. Nós fizemos
um quadro-resumo, depois, vamos-lhe passar às mãos o Orçamento, isso, claro, em
números de julho. Na parte de investimentos, obras e equipamentos permanentes,
por exemplo, a Secretaria de Educação tem 7% das verbas da área da educação,
evidentemente, da rubrica, 21.57. A área da saúde tem 5%. As obras públicas têm
novecentos milhões, ou seja, 60%. Então, vejam o seguinte: educação, em termos
de investimentos, significa, em números de julho, duzentos e onze milhões e
duzentos e quarenta e sete mil; saúde significa cento e três milhões e
seiscentos e cinqüenta e nove mil; Obras Públicas novecentos milhões e oitocentos
mil; Publicidade, setenta milhões e cento e poucos mil, praticamente, a verba
de investimento na área da saúde. Depois, nós vamos lá, olha, para transportes,
cento e sessenta e sete milhões, 43% do Orçamento; meio ambiente, cento e três
milhões, 31%; SMIC, cento e quatro milhões, 39% do Orçamento; planejamento,
cento e vinte e um milhões, 49%. Então, vejam que no Orçamento os investimentos
nas áreas da saúde e educação são muito diminutos. Nossa Bancada teve que
pegar, porque não consegui ter os dados que precisava por parte do Governo
Municipal, com amigos do Partido, a ajuda para fazer um resumo de todo esse
Orçamento, porque aquele conjunto que a Secretaria da Fazenda elabora lá com o
Governo para nos mandar, é extremamente complexo. Se não houver uma informação
mais acurada, detalhada a respeito daqueles investimentos todos, a Câmara
acabará por aprovar o Orçamento sem discuti-lo. Por isso que nós fizemos este
estudo. Vou passar, depois, uma cópia desse resumo para que os Vereadores do
Partido do Governo - já dei uma cópia para o Ver. João Motta, mas vou tirar
outras e passar ao Ver. Clovis Ilgenfritz e os demais Vereadores, para verem a
desproporcionalidade dos números de investimento. Eu volto a dizer aos senhores
que o investimento em saúde e educação é muito diminuto, e quero dizer que não
conheço governo, na história deste mundo, que tenha conseguido vencer as
dificuldades da pobreza e do subdesenvolvimento, sem investir em saúde e
educação. Por isso é que estou um tanto pasmo com o orçamento feito pelo
Governo Municipal. Há pouco ainda se via, e eu já disse aqui, uma Prefeitura
que tinha zerado, praticamente, os índices de analfabetismo e de mortalidade
infantil, porque descobriram que lá investiam 58% do orçamento em saúde e
educação no interior do Ceará.
O SR. CLOVIS ILGENFRITZ: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do
orador.) Eu queira dizer a V. Exª que tem dois aspectos, o primeiro é que
saneamento básico e saúde. Em 1992, 47% dos investimentos foram nessa área.
Isso é fundamental para quem quer prevenir e não gastar com doenças, e também
criar condições para as crianças crescerem sadiamente. O outro aspecto, é que a
educação de 18 mil vagas no início de 1989, já está em mais de 30 mil vagas,
sem precisar de grandes investimentos nas áreas físicas de construção de
prédios, etc. Por quê? Porque se fez um amplo investimento na educação com
relação à questão pedagógica e didática. Isso é investimento. Acho que isso é
uma questão complexa, os números em si nem dizem a realidade.
O SR. PRESIDENTE: Ver. Jocelin Azambuja, seu tempo está esgotado.
V. Exª tem mais cinco minutos que lhe foram cedidos pelo Ver. João Dib. Com
aquiescência do Ver. Lauro Hagemann, V. Exª continua com a palavra.
O SR. JOCELIN AZAMBUJA: Continuando na mesma linha, nós gostaríamos
de colocar algumas questões que consideramos prioritárias. Nós temos defendido
que é um compromisso fundamental de todos os grupos políticos que chegam ao
poder, fazer investimentos maciços no amplo da saúde e da educação, porque, se
não fizermos isso, podem ter a certeza, Srs. Vereadores, que nós iremos
continuar sendo este País com vontade de se desenvolver, mas na prática não se
desenvolvendo, porque pecamos justamente na base e nos princípios fundamentais.
Esses números que o Governo
Municipal coloca de vinte mil para trinta e poucos mil estudantes, temos que
considerar que estes números envolvem as escolas infantis, que é uma outra área
que inclui as crianças de 0 a 6 anos. Temos que falar na educação básica em
ensino regular, onde os alunos matriculados pelo Município giram em torno de
23.000, o que é uma vergonha para nós. Se formos analisar o número de
habitantes de Porto Alegre e o número de matrículas que o Governo Municipal
oferece para o ensino regular, a partir dos 7 anos, é realmente lamentável. O
assumir uma política educacional no Governo de Porto Alegre está totalmente
longe daquilo que deveria ser. É por isto que estamos sofrendo com medidas que
nos são impostas, porque não podemos oferecer, na rede municipal, as vagas
necessárias à população. As escolas abertas - estão sendo projetadas mais duas
- têm que ser repensadas, porque o simples colocar de uma escola não resolve os
problemas educacionais.
Nesta altura, temos que repensar
também a função do MAPA - estou fazendo um estudo neste sentido e gostaria que
todos pensássemos a respeito -, já que estamos ampliando as escolas abertas
temos que repensá-lo, porque é o MAPA que tem atendido a essas crianças.
O SR. JOÃO DIB: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Vereador Jocelin Azambuja, o MAPA não é uma entidade do Município de Porto Alegre; é uma entidade privada.
O SR. JOCELIN AZAMBUJA: Sob o controle do Município de Porto
Alegre, está dentro dos trabalhos que o Município desenvolve. É importante a
sua colocação, pois é justamente isso que temos que analisar, qual o papel do
MAPA nesse contexto, já que os projetos que estão vindo atingem a mesma área
daquilo que já existe, que é o Movimento Assistencial de Porto Alegre, que é
colocado como uma entidade privada, como diz o Ver. João Dib, estaria na mesma
relação das Escolas abertas, porque atendem o mesmo público, o mesmo conjunto
de situações. Parece-me um trabalho muito positivo, mas dentro dessa outra
realidade nós temos que repensar. Dentro desse orçamento os investimentos em
saúde e educação, comparados com os números dos investimentos para outras
áreas, para outras Secretarias, são extremamente diminutos, e não contemplam a
real necessidade da população de Porto Alegre. Cremos que o Município deveria
fazer investimentos mais amplos nessa área, se quer realmente ajudar a
população mais necessitada de Porto Alegre, as populações que realmente
precisam daquilo que é fundamental, saúde e educação. Se nos últimos dez anos
os ditos governos democráticos deste País tivessem nas mais de duas, três mil
Prefeituras existentes neste País, investindo em saúde e educação, tenho
certeza de que não estaríamos assistindo ao que estamos assistindo hoje neste
País. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Lauro Hagemann.
O SR. LAURO HAGEMANN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu relutei
muito em vir à tribuna discutir a proposta orçamentária, até porque esse é o
momento mais importante da função de Vereador. Historicamente a função do Edil
começou com a discussão orçamentária, entre os suseranos e os vassalos. Estamos
assistindo hoje, aqui nessa tarde, uma confusão e meia, eu gostaria de dizer
que, embora o orçamento deste ano seja uma declaração de intenções, porque num
processo inflacionário veloz como este que estamos vivendo, apesar da
indexação, é quase impossível um administrador público, ainda mais de uma
Cidade do tamanho da nossa, ter a consciência plena de que vai gastar x ou y
num determinado espaço de tempo e vai arrecadar tanto. Ninguém sabe,
honestamente, o que vai acontecer daqui a dois, três meses com essas reformas
em nível federal que estão se prenunciando. Mas independente disto, eu ouvi
algumas coisas hoje que me fizeram vir aqui. No ano passado quando presidi a
Comissão de Finanças, as coisas foram mais disciplinadas. Eu não quero dizer
que haja falta de democracia, mas também não quero que se caia num
democratismo. Pelo Regimento Interno e pela Lei Orgânica, a Comissão de
Finanças é quem dirige o processo orçamentário, inclusive na votação. Parece-me
que houve um excesso de liberalismo, porque as emendas que estão sendo
apresentadas têm que ter o aval da Comissão de Finanças. E estão tendo? Eu fui
verificar. A comissão de Finanças não pode queixar-se da armação que se criou
aqui. Digo isso porque no ano que vem vamos ver se conseguimos reordenar essa
coisa. Há um prazo limite para o recebimento das emendas. É amplo, divulgado.
Este ano o orçamento não chegou a ser discutido nas seis Sessões Preliminares
de Pauta, muito pouco, quando o foi. Não quero incriminar ninguém. Estou apenas
constatando alguma coisa que aconteceu.
O SR. ARTUR ZANELLA: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do
orador.) Já estou enlevado por ser acusado de excesso de liberalismo. Ocorre,
Vereador, que nas emendas que estão aparecendo, se continuarmos sempre com as
duas ou três fontes de recursos, vamos ficar devendo recursos nos próximos três
ou quatro anos. O que a Comissão fez, e este Relator fez, foi encaminhar às
Lideranças que se reuniram, V. Exª deve ter-se reunido, para que se
compatibilizassem essa série de emendas. Eu acho, Ver. Lauro, que ainda temos
tempo hábil, sem problema nenhum, e esse excesso de liberalismo, tenho certeza,
reverterá num orçamento bem colocado porque não queremos, nós da Comissão, como
também nunca houve, V. Exª foi Presidente da Comissão, não queremos ser
acusados depois: “vocês gerenciaram isso, fizeram aquilo...” Então, estamos
pedindo para as lideranças fazerem acordos, inclusive tem uns que estão sendo
previstos com projetos que não foram nem discutidos, nem votados nesta Casa.
Tenho certeza que V. Exª, no final, vai elogiar e dizer que esse excesso de
liberalismo terminou numa bela peça orçamentária.
O SR. LAURO HAGEMANN: Ver. Zanella, eu acabei de dizer que não acuso
V. Exª de nada. Repito que não acusei a Comissão de Finanças de nada. Apenas se
constata que houve esta pletora de retiradas de emendas, de subemendas que vêm
confundir o Plenário a ponto de se preconizar a suspensão da Sessão de um
quadro mais claro a fim de que o Plenário possa votar com tranqüilidade o
orçamento que é a peça principal, em tese, da Administração da Prefeitura.
O Sr. Pedro Américo Leal: Eu também quero lhe dar o meu apoio.
O SR. LAURO HAGEMANN: Então, que pequemos por democratas e não por
excesso. Era isso que eu queria dizer. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Não havendo mais escritos para discutir, em
votação o PLE nº 072/93. (Pausa.) Com a palavra, o Ver. Artur Zanella para
encaminhar.
O SR. ARTUR ZANELLA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, acompanhando
e secundando o que disse o Ver. Lauro Hagemann, a Comissão de Finanças e
Orçamento, sua Presidência, tiveram um excesso de liberalidade. Os colegas
devem lembrar-se que vim a esta tribuna para avisar que o prazo estava
encerrando, etc., etc. Agora, Sr. Presidente, esse excesso de liberalidade fará
com que a Comissão de Finanças, seu Relator, no caso, tanto da FESC como da
centralizada, tenha que compatibilizar essas últimas subemendas e emendas que
entraram.
Então, Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, requeiro à Presidência que a Sessão seja suspensa por uns dez ou
quinze minutos, para que se faça o relatório das últimas emendas, tendo em
vista que não vejo aqui nenhum encaminhamento das Bancadas, para que, então, se
possa fazer a relação final das emendas que terão sua aprovação proposta e as
que terão rejeição, as que terão pedido de destaque. Isso não é fácil de fazer,
principalmente funcionando no Plenário.
Sugiro que haja uma suspensão de
uns dez, quinze minutos, para que se compatibilize, porque, por um erro
qualquer de votação, poderá ocorrer, por exemplo, que tenha verba negativa no
final. Se continuar, vamos gastar as verbas de publicidade nos próximos três
anos, tendo em vista a pletora de emendas que recolhem recursos dessa rubrica.
Também os carros locados, se continuar assim, pararão dia 02 de janeiro por
falta de recursos.
Então, sugiro a suspensão da
Sessão para que haja uma compatibilização final, principalmente entre os
Líderes das Bancadas com os Líderes do Partido dos Trabalhadores, que
representa o Executivo, para que possamos fazer um parecer definitivo que não
traga problemas futuramente. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Iremos adotar a sugestão do Relator Ver. Artur
Zanella, dado que existe, segundo informação da Assessoria da Mesa, da
Diretoria Legislativa, Subemendas a que ainda não foram dados pareceres,
compatibilizando com o resto do texto. Então, faz-se necessária uma parada para
que se possa dar os pareceres, logo após reiniciando os trabalhos.
Suspenderemos os trabalhos por dez
minutos, encarecendo o Sr. Relator-Geral que, nesse prazo, traga os pareceres
ao Plenário.
(Suspendem-se os trabalhos às
16h56min.)
O SR. PRESIDENTE (Wilton Araújo – às 18h): Estão reabertos os trabalhos da presente sessão.
Sobre a mesa Requerimento de
autoria do Ver. Jocelin Azambuja, para que sejam retiradas de tramitação as
Emendas nºs 10 e 12, com Subemendas. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados (Pausa.) APROVADO.
Estamos no período de
encaminhamentos, já tendo sido o PLE nº 072/93 encaminhado pelo Relator, Ver.
Artur Zanella. Já há Parecer pela aprovação da Emenda nº 38, Subemenda nº 01 à
Emenda nº 29, Subemenda nº 01 à Emenda n° 38, Subemenda nº 01 à Emenda nº 09 e
Subemenda nº 01 à Emenda nº 11.
Em votação o PLE nº 072/93 - Proc.
nº 2502/93. Vota-se o Projeto com as Emendas de nºs 01, 09, 11, 18, 22, 24, 25,
27, 29, 30, 31, 34 e 38 e as Subemendas às Emendas de nºs 09, 11, 29 e 38 e Mensagem
Retificativa. Todas essas anunciadas pela Mesa estarão sendo votadas no
primeiro momento da votação. Logo após, passaremos à votação das Emendas
destacadas que são as de nºs 02, 07, 16, 19 e 37, por solicitação do Ver. João
Verle. Foram retiradas as Emendas de nºs 10, 12 e 13.
A Emenda nº 14 não consta como
retirada.
O SR. JOÃO VERLE (Questão de Ordem): Presidente, como é uma questão
muito complexa, de muitas Emendas, de Subemendas, Emendas retiradas, eu pediria
que V. Exª, por gentileza, queira repetir. Primeiro, quais as Emendas que serão
votadas em bloco e depois as destacadas.
O SR. PRESIDENTE: Sobre a mesa Requerimento de autoria de Verª
Maria do Rosário, para que seja destacada a Emenda de nº 37.
A Emenda nº 37, Verª Maria do
Rosário, está com Parecer pela rejeição.
Vota-se primeiro o Projeto com as Emendas de nºs 01, 09, 11, 18, 22, 24, 25, 27, 29, 30, 31, 34 e 38 e as Subemendas às Emendas nºs 09, 11, 29 e 38 e Mensagem Retificativa. Todos esses votaremos num primeiro momento em conjunto.
Há Requerimento sobre a mesa de
autoria do Ver. João Verle, solicitando destaque para a Emenda de nº 37.
Deferido pela Mesa.
Vamos colocar em votação o
Projeto, Emendas, Subemendas e Mensagem Retificativa com Pareceres favoráveis.
Sr. Secretário, V. Exª está com a palavra para a chamada nominal dos Srs.
Vereadores.
O SR. SECRETÁRIO: (Procede à chamada e colhe os votos dos Srs.
Vereadores.) Sr. Presidente, 32 Srs. Vereadores votaram SIM.
O SR. PRESIDENTE: APROVADO
o PLE nº 072/93, com Mensagem Retificativa às Emendas nºs 01, 09, 11, 18, 22,
24, 25, 27, 29, 30, 31, 34 e 38, bem como as Subemendas às Emendas nºs 09, 11,
29 e 38 a ele apostas.
(Votaram SIM os Vereadores Airto Ferronato, Antonio
Hohlfeldt, Artur Zanella, Clênia Maranhão, Clovis Ilgenfritz, Décio Schauren,
Divo do Canto, Eliseu Santos, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Geraldo de Matos
Filho, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, Isaac Ainhorn, Jair
Soares, João Dib, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Gomes, Lauro
Hagemann, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Maria do Rosário, Mario Fraga, Nereu
D’Ávila, Milton Zuanazzi, Pedro Américo Leal, Pedro Ruas, Dilamar Machado e
Gerson Almeida.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação a Emenda nº 02.
O SR. PEDRO RUAS (Requerimento): Solicito votação nominal, Sr.
Presidente.
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Sr. Secretário para a chamada
nominal dos Srs. Vereadores.
O SR. SECRETÀRIO: (Procede à chamada e colhe os votos dos Srs.
Vereadores.) Sr. Presidente, 18 Srs. Vereadores votaram SIM, 13 Srs. Vereadores
votaram NÃO e 01 Sr. Vereador optou pela ABSTENÇÃO.
O SR. PRESIDENTE: APROVADA a Emenda nº 02 ao PLE nº 072/93.
(Votaram SIM os Vereadores Airto Ferronato, Antonio
Hohlfeldt, Artur Zanella, Clênia Maranhão, Dilamar Machado, Divo do Canto,
Eliseu Santos, Fernando Záchia, Geraldo de Matos Filho, Isaac Ainhorn, Jair
Soares, Jocelin Azambuja, Lauro Hagemann, Maria do Rosário, Mario Fraga, Milton
Zuanazzi, Nereu D’Ávila e Pedro Ruas. Votaram NÃO os Vereadores Clovis
Ilgenfritz, Elói Guimarães, Décio Schauren, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá,
Henrique Fontana, João Dib, João Motta, João Verle, José Gomes, Luiz Negrinho,
Pedro Américo Leal e Gerson Almeida. ABSTEVE-SE de votar o Ver. Luiz Braz.)
O SR. PRESIDENTE: Destacada a Emenda nº 07.
Com a palavra, o Ver. Isaac
Ainhorn para encaminhar como autor da Emenda.
O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu gostaria
da atenção especial dos Srs. Vereadores, para explicar o sentido dessa Emenda.
O Festival do Chopp da Av.
Cristóvão Colombo é um evento que já pertence ao calendário turístico da cidade
de Porto Alegre e é oficializado pela Lei nº 7.001, de 10 de Janeiro de 1991.
Gostaria de explicar, portanto,
que este festival é oficializado por Lei Municipal. A EPATUR coloca toda a
estrutura de iluminação e de cercas, desde a época da Administração Collares e
João Dib, sempre deu a infra-estrutura. No entanto por uma forma de
encaminhamento dado pela Administração do PT, ela tem cobrado os serviços da
EPATUR da Associação Cristóvão Colombo. E é fundamental este tipo de trabalho
que realiza a EPATUR. E para que haja recursos, a EPATUR da nova estrutura, ela
tem que cobrar o serviço. E ocorre o seguinte: A Associação passa a enfrentar o
problema. Uma Associação que arca com todo o custo da estrutura deste evento,e
que tem uma participação de 20% do Município. E que o ano passado foi
concedida, exatamente porque constou verba. Então, o que aconteceu? Nós
estabelecemos uma verba que é da Secretaria do Governo Municipal, no item
“outros serviços e encargos”, e ela repassa imediatamente esse dinheiro para a
Empresa Porto-Alegrense de Turismo. A Associação, rigorosamente, não recebe
nenhum recurso, simplesmente os recursos são repassados da Secretaria do
Governo Municipal, da rubrica “outros serviços e encargos” para a mesma
Secretaria no item Fomento ao Turismo Epatur. Fica o recurso na mesma
Secretaria e ela repassa para a Epatur. Ora, Srs. Vereadores, o Prefeito
Municipal, os Senhores Vereadores do PT e de todas as Bancadas têm dado todo o
apoio a essa festa e não vai ser agora, esta Casa não dando o recurso, que vai
inviabilizar a realização da Festa do Chopp na Avenida, que é um evento
tradicional que faz parte do calendário turístico da Cidade. Portanto, nenhum
recurso é canalizado diretamente para a Associação e sim para esse item Fomento
ao Turismo a fim de que ele seja repassado à Epatur e, via de conseqüência, ela
possa prestar esses serviços se iluminação e colocação de cercas e banheiros
para a realização do evento durante uma noite na Av. Cristóvão Colombo. Eram os
esclarecimentos que tínhamos que fazer. Isso é comum. Aqui mesmo nesta Casa,
criou-se uma rubrica especial, na época em que elaboramos a Lei Orgânica, para
que retirássemos o recurso de Encargos Gerais e colocássemos para a PROCEMPA a
fim de que ela pudesse realizar o serviço de computação aqui desta Casa.
São extremamente comuns essas
operações que envolvem instituições públicas, ou instituições que têm eventos
oficializados e de reconhecido aspecto para a Cidade.
São os esclarecimentos que nós
gostaríamos de fazer no sentido de defesa dessa Emenda. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Para encaminhar, com a palavra, o Ver. Airto
Ferronato.
O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. presidente, Srs. Vereadores, Senhoras e
Senhores.
Em primeiro lugar quero dizer que
acredito ser importante a Emenda do Ver. Isaac Ainhorn, mas tenho minhas
reflexões a trazer a esta Casa.
A EPATUR tem, sim, os seus eventos
na Cidade, e que merecem, sim, apoio do Poder Público. Eu acredito que é necessária
a canalização de verbas para essas atividades, até no sentido de se incentivar
esse tipo de ação no Município.
Acho que nós devemos parar e
pensar na seguinte situação. Em primeiro lugar temos em Porto Alegre a Festa
dos Navegantes. Eu vim do interior com a mala e a saudade, e me lembro que uma
das primeiras coisas que nós fazíamos aqui era a Festa dos Navegantes - um
evento extremamente tradicional, importante para a Cidade - e que eu acho que é
necessário se pensar em recursos nesses termos, e não apenas num só.
Po outro lado, aqui em Porto
Alegre, nós temos uma característica que talvez nenhuma cidade tenha. Eu já
tive oportunidade de dizer que, quando nós falamos em reforma agrária, nós
pensamos no norte, nordeste, os coronéis, etc. Esquecemos que Porto Alegre, há
exceção de um ponto, não produz um pé de couve. Temos em Porto Alegre a Festa
da Vila Nova, que é a Festa do Pêssego, e Porto Alegre é o Município maior
produtor de pêssego de mesa do País - e acho que é necessário se pensar em
recursos também para este evento.
Eu acho que, ao invés de
lutarmos para a Festa do Chopp - eu acho positivo, favorável, necessário -
vamos compor, nesta Casa, para que se encaminhe recursos para esses eventos
tradicionais do Município de Porto Alegre, porque se quisermos pensar no
turismo na cidade de Porto Alegre, temos que pensar como V. Exª está pensando,
nestes encontros. Então, acho que é positiva a proposta, mas estaríamos
direcionando para uma só, e retirando das demais. Porque não pensarmos em
recursos do Município para a Festa do Chopp, Chopp na Avenida, para a Festa dos
Navegantes, para a Festa do Pêssego, para a Festa das Nações, e assim por
diante? Vamos criar aqui, a partir da Emenda do Ver. Isaac Ainhorn, um conjunto
liderado pelo Ver. Isaac Ainhorn, no sentido de se buscar recursos para esse
eventos do calendário turístico do Município de Porto Alegre. Porque se
direcionarmos apenas a uma, na minha visão, estaríamos prestando algo não bom
para eventos da Cidade. A Vila Nova, por exemplo, tem a Festa do Pêssego e faz
o evento no salão da igreja da Vila Nova. Acho que a municipalidade tem que
pensar em alguma coisa, um salão para eventos desse tipo. Vamos modificar neste
ano Vereador, ao invés de lutar por uma, vamos lutar, todos nós, para que se
dêem, para os evento turísticos da Cidade, recursos. Esta é minha posição
particular. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Não há mais partidos inscritos para encaminhar,
vamos a votação da Emenda nº 07.
Votação nominal, a pedido do Ver.
Isaac Ainhorn.
Em votação a Emenda nº 07. Com
a palavra, o Sr. Secretário para a chamada nominal dos Srs. Vereadores para a
votação.
O SR. SECRETÁRIO: (Procede à chamada e colhe os votos dos Srs.
Vereadores.) Sr. Presidente, 07 Srs. Vereadores votaram SIM e 25 Srs.
Vereadores votaram NÃO.
O SR. PRESIDENTE: REJEITADA
a Emenda nº 07 aposta ao PLE nº 072/93.
(Votaram SIM os Vereadores Artur Zanella, Dilamar Machado,
Fernando Záchia, João Dib, Isaac Ainhorn, Mario Fraga e Pedro Ruas. Votaram NÃO
os Vereadores Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Clênia Maranhão, Clovis
Ilgenfritz, Décio Schauren, Divo do Canto, Eliseu Santos, Elói Guimarães,
Geraldo de Matos Filho, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana,
Jair Soares, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Gomes, Lauro
Hagemann, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Maria do Rosário, Milton Zuanazzi, Nereu
D’Ávila, Pedro Américo Leal e Gerson Almeida.)
O SR. PRESIDENTE: Sobre a mesa Requerimento de autoria do Ver.
Guilherme Barbosa, solicitando Licença para Tratar de Interesses Particulares
no dia de hoje. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
A Mesa declara empossado na
Vereança o Suplente Darci Campani em substituição ao Ver. Guilherme Barbosa,
nos termos regimentais, e informa a S. Exª que passará a integrar a Comissão de
Saúde e Meio Ambiente desta Casa.
O SR. ISAAC AINHORN (Questão de Ordem): Gostaria de que V. Exª
esclarecesse se o subsídio dos Vereadores é contado hora a hora no dia em que
há continuidade da Sessão, ou ficam 34 Vereadores?
O SR. PRESIDENTE: De acordo com o Regimento Interno, é de interesse
particular, irá receber o dia de hoje o Ver. Darci Campani.
Sobre a mesa Requerimento da Verª
Clênia Maranhão que solicita a retirada de tramitação da Emenda nº 14. Em
votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como estão.
(Pausa.) APROVADO.
Sobre a mesa Requerimento da Verª
Clênia Maranhão que solicita a retirada de tramitação da Emenda nº 15. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Com a retirada da Emenda nº 15,
passamos à Emenda nº 16, com destaque.
O SR. ARTUR. ZANELLA (Questão de Ordem): À Emenda nº 16, que é de
minha autoria, dei parecer favorável no mesmo valor da Emenda do Ver. Isaac
Ainhorn, da Festa das Nações, que são festas oficializadas por lei. Como a
Emenda do Ver. Isaac Ainhorn foi rejeitada, solicito a V. Exª que faça a
votação simbólica, porque se aquela Emenda foi rejeitada, essa também deve ser.
O SR. PRESIDENTE: Em votação a Emenda nº 16. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) REJEITADA.
Em votação a Emenda nº 19, com
destaque. (Pausa.) Com a palavra, para encaminhar, o Ver. Artur Zanella.
O SR. ARTUR ZANELLA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, temos que ter
a máxima clareza nessas votações, para que não paire nenhuma dúvida sobre
qualquer emenda que possa ser aprovada ou rejeitada. As emendas que fiz para a
Secretaria Municipal da Saúde e Serviço Social foram propostas pelo orçamento
participativo da área da Restinga, com o apoio da Secretaria da Saúde e Serviço
Social do Município, mas, tendo em vista os detalhamentos ainda não há um valor
global para essas propostas. Então, eu havia apresentado, com um acordo do
Executivo, um milhão de cruzeiros para cada um dos programas, permitindo,
assim, que esses programas tivessem possibilidade de fazer depois uma
suplementação. No Caso das ambulâncias, para que não houvesse nenhuma colocação
do tipo: o relator aprovou, negociou, etc., e como para ambulâncias não precisa
projeto, que é o que precisa para os outros, que já foram aprovados nesta Casa,
eu próprio me dirigi ao Ver. João Verle, Líder do PT, dizendo que, como para
ambulância não precisa fazer projeto, eu achava que seria interessante, para
dar maior velocidade, que essa emenda fosse destacada, e, ao ser destacada,
fosse rejeitada. Evidente que nenhum Vereador desta Casa é contra ambulância
para a Restinga. Parece-me claro, apesar de que, às vezes, não é tão claro assim.
Mas acho que ninguém é contra. Então, eu próprio vou votar pela rejeição,
porque essa compra de ambulância será definida pelo Poder Executivo quando
tiver os recursos, enquanto as outras, para o Serviço de Saúde da Restinga,
precisam de um valor inicial para a implementação dos Projetos. Por isso, Sr.
Presidente, acho que deve ser rejeitada, dentro de um contexto, não porque seja
dispensável ambulância para a zona da Restinga. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Não havendo mais quem queira encaminhar, em
votação a Emenda nº 19. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) REJEITADA a Emenda nº 19 ao
PLE n° 072/93, com voto favorável do Ver. Mario Fraga.
Em votação a Emenda nº 37.
(Pausa.) Solicito ao Sr. Secretário que proceda à chamada nominal dos Srs.
Vereadores para a votação.
O SR. SECRETÁRIO: (Procede à chamada e colhe os votos dos Srs.
Vereadores.) Sr. Presidente, 19 Srs. Vereadores votaram SIM, 07 Srs.
Vereadores votaram NÃO e 05 Srs. Vereadores optaram pela ABSTENÇÃO.
O SR. PRESIDENTE: APROVADA a Emenda nº 37 ao PLE nº 072/93.
(Votaram SIM os Vereadores Artur Zanella, Divo do Canto,
Eliseu Santos, Fernando Záchia, Geraldo de Matos Filho, Helena Bonumá, Jair
Soares, João Dib, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, Lauro Hagemann,
Luiz Braz, Luiz Negrinho, Pedro Américo Leal, Gerson Almeida, Darci Campani,
Mario Fraga e Nereu D’Ávila. Votaram NÃO os Vereadores Airto Ferronato, Antonio
Hohlfeldt, Décio Schauren, Elói Guimarães, José Gomes, Maria do Rosário e Pedro
Ruas. ABSTIVERAM-SE de votar os Vereadores Clênia Maranhão, Clovis Ilgenfritz,
Henrique Fontana, Milton Zuanazzi e Isaac Ainhorn.)
VOTAÇÃO
PROC. N° 2504/93 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 074/93, que estima a Receita e fixa a
Despesa da Fundação de Educação Social e Comunitária para o exercício
econômico-financeiro de 1994. Com Emendas nºs 01 e 02.
Parecer:
- da CFO. Relator Ver. Antonio Hohlfeldt: pela
aprovação do Projeto e da Emenda nº 02, pela rejeição da Emenda nº 01.
Observações:
- adiada a discussão por três Sessões;
- as Emendas nºs 01 e 02 foram retiradas.
O SR. PRESIDENTE: Sobre a mesa Requerimento de autoria do Ver. João
Verle, para que a Emenda nº 03 aposta ao PLE nº 074/93 seja votada em destaque.
Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
Em votação o PLE nº 074/93. (Pausa.) Com a palavra, para encaminhar, o Ver. Antonio Hohlfeldt.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente, Srs. Vereadores,
pessoalmente, pediria a atenção da Verª Clênia Maranhão. Dei parecer à Emenda
nº 01, porque entendo que esta interfere diretamente nos projetos da
Administração. Havia dado parecer favorável à Emenda nº 02, que foi retirada
pela vereadora. Posteriormente, esta fez uma terceira emenda que incide sobre a
Emenda nº 01, porque é o mesmo programa, e mal havia alertado que havia um
acordo com o Governo, neste sentido. Daí porque dei parecer favorável a esta
Emenda, pois havia inclusive a assinatura do Ver. João Verle na Emenda nº 03 e
não haveria por que este Relator ser contrário à Emenda. No entanto, me informa
o Ver. João Verle que, no conjunto de negociações desenvolvidas hoje a tarde,
esta Emenda nº 03 teria sido trocada por outras Emendas no Orçamento principal
da Centralizada, que afetaria diretamente a parte da SMED, se isso se
confirmar, eu, evidentemente, mudarei o meu voto para contrário, porque a
Vereadora já teria sido atendida no seu pleito, através do projeto anterior. A
Vereadora deveria retirar a Emenda nº 03 para ficar mais claro, para facilitar.
Assim, teríamos apenas um projeto para votar e liquidaríamos a questão
objetivamente. Em síntese, a Emenda nº 01 está ultrapassada pela Emenda nº 03,
e a Emenda nº 02 que nós éramos favoráveis, foi retirada. Portanto, é
impossível votar a Emenda nº 01 e a Emenda n° 03 ao mesmo tempo. A Emenda nº 03
está atendida no Projeto que nós já votamos, portanto, não tem porque haver
emendas; caberia apenas votar o Parecer, retirando a Vereadora as Emendas nºs
01 e 03, sendo o Projeto encaminhado sem maiores problemas. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, a Verª Clênia Maranhão.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Realmente, com essa modificações essa
Emenda ficou prejudicada, estamos pedindo votação contra essa Emenda. Muito
obrigada.
(Não revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE: Não
havendo mais quem queira encaminhar, em votação o PLE nº 074/93. Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, com abstenção do Ver. Pedro Ruas.
As Emendas nºs 01 e 02 apostas ao PLE nº 074/93 foram retiradas de tramitação, a Requerimento da Verª Clênia Maranhão.
Em votação a Emenda nº 03 aposta
ao PLE nº 074/93. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) REJEITADA, com abstenção do
Ver. Pedro Ruas.
Sobre a mesa Requerimento de
autoria do Ver. João Verle, solicitando que o PLE nº 074/93 seja dispensado de
distribuição em avulsos e interstício para sua Redação Final, considerando-a
aprovada nesta data. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
PROC. N° 1424/93 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 016/93, de autoria do Ver. João Motta, que concede
o título honorífico de Cidadã Emérita à Professora Esther Pillar Grossi.
Pareceres:
- da CCJ.
Relator Ver. José Gomes: pela aprovação;
- da CEC. Relator Ver. Jocelin Azambuja:
pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PR nº 016/93. (Pausa.) Em votação.
(Pausa.) Com a palavra, o Sr. Secretário para a chamada nominal dos Srs.
Vereadores para a votação.
O SR. SECRETÁRIO: (Procede à chamada e colhe os votos dos Srs.
Vereadores.) Sr. Presidente, 31 Srs. Vereadores votaram SIM.
O SR. PRESIDENTE: APROVADO o PR nº 016/93.
(Votaram SIM os Vereadores Airto Ferronato, Antonio
Hohlfeldt, Artur Zanella, Clênia Maranhão, Décio Schauren, Divo do Canto,
Eliseu Santos, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Geraldo de Matos Filho, Helena
Bonumá, Henrique Fontana, Isaac Ainhorn, Jair Soares, João Dib, João Motta,
Jocelin Azambuja, José Gomes, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Maria
do Rosário, Mario Fraga, Milton Zuanazzi, Nereu D’Ávila, Pedro Américo Leal,
Pedro Ruas, Wilton Araújo, Gerson Almeida, Darci Campani e João Verle.)
O SR. PRESIDENTE: Sobre a mesa Requerimento de autoria do Ver. João
Verle, solicitando que o PR nº 016/93 seja dispensado de distribuição em
avulsos e interstício para sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta
data. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
O SR. PRESIDENTE: Esgotado o prazo regimental da presente Sessão,
convocamos os Srs. Vereadores para a Sessão Especial de amanhã, às 17h, e para
a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental.
(Levanta-se a Sessão às 19h04min.)
* * * * *