Plenário

Arquiteto defende manutenção do Fundo Monumenta

Tribuna Popular sobre o Fundo Monumenta. Na foto, o representante do  Instituto dos Arquitetos do Brasil/ RS, Lucas Volpatto.
Volpatto pediu na tribuna que vereadores mantenham o Fumpoa (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Representando o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) no RS e integrante do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico Artístico e Cultural (Comphac), o arquiteto Lucas Volpatto ocupou a Tribuna Popular, durante a sessão ordinária da Câmara Municipal nesta quinta-feira (23/8), para defender a manutenção do Fundo Monumenta em Porto Alegre. Volpatto observou que a extinção do Fundo está prevista no projeto do Executivo que trata de novas regras para a utilização dos recursos dos fundos municipais, cuja discusssão e votação teve início nesta quarta-feira (22/8) e deve ter continuidade na próxima segunda-feira (27/8).

De acordo com Volpatto, é fundamental que o Monumenta seja mantido e possa beneficiar também os proprietários de imóveis tombados no Centro Histórico, que tem este meio como única forma de obtenção de recursos para sua restauração e valorização. Lembrou que o Fundo Monumenta foi criado em 2002 com objetivo de restaurar áreas e imóveis degradados do Centro Histórico. "O Monumenta é auto-sustentável e é considerado um modelo de gestão nesta área. É o único fundo que ainda funciona, nestes moldes, no país. Por isso, é importante que coninue."

O arquiteto observou que os proprietários de imóveis tombados, muitas vezes, sentem-se lesados por não terem condições financeiras de manterem aqueles patrimônios históricos e veem, como única alternativa, a possibilidade de obter financiamento através de recursos federais do Monumenta. "É preciso que os vereadores reflitam sobre as consequências da extinção deste fundo. Seria um retrocesso para a cidade, que está cada vez mais degradada e possui um modelo de gestão do seu patrimônio histórico."

Lembrando ainda que o Fundo Monumenta teria funcionamento até 2022, citou alguns imóveis tombados na cidade e que foram restaurados com estes recursos: Clube do Comércio, Igreja Anglicana, Viaduto Otávio Rocha, Hotel Praça da Matriz, Edifício Sulacap e vários edifícios residenciais do Centro Histórico. "A restauração valorizou esses imóveis e melhorou seus entornos."

Texto: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)

Tópicos:Imóveis TombadosFundo Monumenta