Presidência

Associação quer homenagear Lanceiros Negros em Passagem de Pedestres

João Volino foi recebido pelo presidente Mauro Pinheiro (d) Foto: Tonico Alvares
João Volino foi recebido pelo presidente Mauro Pinheiro (d) Foto: Tonico Alvares (Foto: Tonico Alvares/CMPA)
O presidente da Associação dos Moradores e Amigos do Bairro Auxiliadora (AMA), João Augusto Volino Corrêa, esteve reunido, na manhã desta quarta-feira (4/3), com o presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereador Mauro Pinheiro (PT). Corrêa pediu apoio do Legislativo na mobilização para criar o projeto Passagem de Pedestres, num terreno que fica na rua Mata Bacelar, entre as ruas Cândido Silveira e Xavier Ferreira. “Queremos construir um mural ali para prestar uma homenagem aos Lanceiros Negros e a todo o povo negro, pois na região residiam, e ainda residem, famílias de quilombolas, descendentes de quilombos. É uma forma de resgatar a importância deles para a nossa comunidade”, explicou.

A intenção da AMA é garantir a mudança do gravame da área (de 17 metros de largura por 70 metros de comprimento), que destina o terreno para construção de uma rua. “Para garantir que a Passagem de Pedestres não seja destruída futuramente, queremos a alteração do gravame”, afirmou.

Segundo Corrêa, a especulação imobiliária está promovendo uma série de movimentos na região. “Como não existem praças no bairro Auxiliadora, aquele espaço é uma conquista dos moradores. Queremos preservar a área como um local de convívio e lazer para a comunidade.”

O presidente Mauro Pinheiro encaminhou a questão para análise da Diretoria Legislativa. “Vamos analisar o caso para ver a forma mais adequada de encaminhar o pedido da AMA”, disse.

Passagem de Pedestres

O projeto Passagem de Pedestres é fruto de uma luta da AMA iniciada em 2007, quando a comunidade solicitou à prefeitura que o local fosse transformado em praça. Dois anos depois, a entidade conquistou, junto ao Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae), o Termo de Permissão de Uso Temporário da área, que estaria abandonada e teria sido usada como canteiro de obras durante a construção do Conduto Álvaro Chaves. “O projeto mudou. Buscamos uma solução para a circulação de pedestres na região e conseguimos reduzir a distância de um trajeto anterior, que tinha 350 metros, para apenas 70 metros”, contou Corrêa.


Texto: Maurício Macedo (reg. prof. 9532)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)


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