Plenário

Projeto permite ciclistas em treinamento fora da ciclovia

  • Ciclovia
    Ciclistas em menor velocidade teriam mais espaço nas ciclofaixas (Foto: Josiele Silva/CMPA)
  • Discussão geral e votação, do projeto de autoria do vereador Marcelo Sgarbossa, que obriga o Executivo Municipal a adquirir produtos orgânicos para serem incluídos no cardápio da merenda escolar da Rede Municipal de Ensino. Na foto: Vereador Marcelo Sgarbossa na tribuna do plenário.
    Vereador Marcelo Sgarbossa (PT) é o autor da proposta (Foto: Matheus Piccini/CMPA)

Um projeto de Lei quer alterar o Plano Diretor Cicloviário Integrado (PDCI) para que ciclistas em treinamento ou em velocidade igual ou superior a 20 quilômetros por hora possam trafegar fora das ciclovias ou ciclofaixas. A medida, proposta pelo vereador Marcelo Sgarbossa (PT), modifica o parágrafo único do art. 31, da Lei Complementar nº 626, de 15 de julho de 2009, que proíbe a circulação das bicicletas na rua nos locais onde já exista uma ciclofaixa ou ciclovia.

“O Plano Cicloviário menciona ciclista amador, o que é um termo vago e restrito a um grupo pequeno de atletas. A condição de treinamento e de velocidade abrange melhor a realidade de quem pedala mais rápido”, explica Sgarbossa. “Cabe destacar que a velocidade de ciclistas de competição ou em treinamento é de 35 km/h em média, podendo chegar a aproximadamente 60 km/h, o que é incompatível com a circulação num espaço designado para os tipos mais diversos de deslocamento, como ao local de trabalho, à escola ou ao lazer”, complementa.

O vereador destaca, ainda, que vem crescendo em Porto Alegre os serviços de bike courier, bike boys ou bike messengers, que são serviços de entrega rápida de documentos ou encomendas por meio de bicicletas. Frente à urgência das entregas, ciclistas valem-se de velocidades incompatíveis com as permitidas em ciclovias ou ciclofaixas.

Com isso, segundo Marcelo, o objetivo também é garantir a segurança de quem trafega pelas ciclovias e ciclofaixas, uma vez que ciclistas com diferentes velocidades e habilidades transitam por essas vias. “Ressalte-se que, para conduzir uma bicicleta, não é necessário nenhum tipo de habilitação ou treinamento, o que pode gerar situações de conflito, em razão dos diferentes objetivos e condições pessoais entre ciclistas”, acrescenta Sgarbossa.


Texto: Maurício Macedo (reg. prof. 9532)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)