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Lei do motofrete deverá ser regulamentada até junho

Silva, do Sindimoto, disse que regulamentação diminui acidentes Foto: Pedro Revillion
Silva, do Sindimoto, disse que regulamentação diminui acidentes Foto: Pedro Revillion

Lei municipal que trata sobre o serviço de motofrete deverá ser regulamentada ainda no primeiro semestre de 2008. A informação foi dada pelo representante da EPTC, Fábio Juliano, durante reunião da Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação (Cuthab) da Câmara Municipal. Vereadores, EPTC e mototaxistas estiveram reunidos no Plenário Otávio Rocha, na tarde desta terça-feira (4/3).

Segundo Juliano, um grupo da empresa trabalha na elaboração do decreto que prevê o aperfeiçoamento na formação dos condutores. Juliano informou que, para os motociclistas que dirigem há mais de dois anos, está previsto um curso de 50 horas/aula de direção defensiva. Para quem dirige há menos de dois anos, a intenção é que o curso seja ampliado em mais 12 horas com a previsão de aulas práticas.

“A EPTC está envolvida diretamente com a questão da segurança no trânsito e, para tanto, estamos elaborando cursos para preparar estes novos profissionais que deverão trafegar pelas ruas da nossa Cidade”, afirmou.
 
O presidente do Sindimoto, Valter Ferreira da Silva, informou que nas cidades onde foi regulamentada a profissão de motoboy, os acidentes com motos diminuíram em até 90%. “Foram adotadas medidas em que os motociclistas tivereram que se adequar”.

Para Silva a formação pedida pelo Detran para fornecer habilitação aos motociclistas é altamente falha. “Eles exigem somente 10 horas/aula e dizem que as pessoas estão habilitadas”. Disse que os profissionais da EPTC que pilotam motos recebem 60 horas/aula.

“Há dois anos e meio não acontecem acidentes com estes profissionais”. Considerou ainda que dos 18 aos 25 anos as pessoas que dirgem motos não estão preparadas. “Falta maturidade e vivência no trânsito”.

Segundo Juliano, com a regulamentação da lei, aprovada pela Câmara Municipal em setembro de 2006, os acidentes envolvendo motos deverão diminuir em até 75%. “O outros 25 ficam por conta da educação de cada um”.

Fiscalização
 
O capitão da Brigada Militar (BM), Gilberto da Silva Viegas, disse que o trânsito em Porto Alegre vem matando mais que a guerra do Vietnã. “É uma verdadeira carnificina”. Considerou que negligência e imperícia são os principais fatores na causa de acidentes.

Viegas informou que em Porto Alegre existem 50 mil motos habilitadas e que destas, 15 mil são pilotadas por motoboys. “A BM atua diretamente na segurança do trânsito realizando barreiras em diversos pontos da cidade”, disse.

O capitão ressaltou que a Brigada age na fiscalização da habilitação e nos equipamentos obrigatórios e não na formação dos condutores. “Acho que aí está um grande erro, pois não podemos intervir no tempo de habilitação do condutor”.

A reunião foi presidida pelo presidente da Cuthab, vereador Elói Guimarães (PTB), que defendeu a realização de mais encontros pela comissão. “Vamos chamar outros órgãos vinculados ao tema e vamos aprofundar esta matéria”.

A vereadora Maristela Maffei (PCdoB) sugeriu que os empresários que contratam motoboys também participem das reuniões. “Eles determinam horários para entregas, provocando verdadeiras correrias na cidade”, disse.

Participaram ainda da reunião os vereadores Ervino Besson (PDT), Alceu Brasinha (PTB) e José Ismael Heinen (DEM).

Regina Andrade (reg. prof. 8423)