Câmara homenageia o Dia do Exército Brasileiro

A Câmara Municipal de Porto Alegre dedicou o período destinado às Comunicações, durante a sessão ordinária desta segunda-feira (22/4), para homenagear o Dia do Exército Brasileiro. A data de 19 de abril de 1648, dia da Batalha de Guararapes, é tida oficialmente como a de fundação do Exército Brasileiro, por marcar a primeira luta de tropas nacionais contra invasores estrangeiros (holandeses) em Pernambuco, nordeste do país. A sessão foi presidida pelo vice-presidente da Casa, vereador Reginaldo Pujol (DEM), e teve também as presenças dos comandantes Militar do Sul, general Antônio Miotto, e da 3ª Região Militar, general Riyuzo Ikeda, além de várias outras autoridades civis e militares.

Proponente da homenagem, a presidente da Câmara, vereadora Mônica Leal (PP), salientou que o ato de reverência ao Exército Brasileiro é uma "questão de honra, respeito e gratidão pelo que instituição fez e faz pelo país há 371 anos". Lembrando ser filha de militar (o coronel e ex-vereador Pedro Américo Leal), Mônica destacou os valores transmitidos pelo Exército, como patriotismo, cooperação, prontidão, disciplina, lealdade e coragem. "São valores transmitidos a todos que por ele passam e  recebem formação profissional, prática e intelectutal."

A presidente da Câmara também destacou a importância da instituição militar para que o Brasil se livre da corrupção e recupere valores éticos, índices de excelência, qualidade na educação e a auto-estima dos brasileiros. Observou que o Exército ajuda a garantir o bem-estar da população, a lei, a ordem e a segurança pública. Lembrou ainda a participação cada vez maior das mulheres no Exército, "conquistando mais igualdade e vencendo preconceitos". Para a vereadora, "é preciso exaltar a história e olhar para o presente da instituição, que está dia a dia nas ruas, nas campanhas e missões, pronta para se apresentar onde for preciso".

Defesa das fronteiras

Ao agradecer a homenagem, o comandante militar do Sul, general Geraldo Antônio Miotto, lembrou que a fundação do Exército foi marcada pela expulsão dos holandeses, em Pernambuco, quando a Companhia das Índias explorava as riquezas do país. Destacando a tradição do Exército em defender e expandir as fronteiras brasileiras, afirmou que "o desenho das nossas fronteiras foi feito às custas de muito sangue e combate". Lembrou ainda a participação da instituição militar em diversos momentos da história em prol da liberdade do povo brasileiro, como na Inconfidência Mineira, na proclamação da República e na defesa da soberania nacional contra invasões de piratas. Miotto fez menção especial à luta do Exército Brasileiro pela igualdade racial no país, e citou, como exemplo, o episódio em que a instituição se negou a capturar negros escravos fugitivos na época do Império. "Hoje, na Academia Militar das Agulhas Negras, 35% dos integrantes são afrodescendentes. O Exército é uma instituição democrática."

Miotto destacou igualmente o exemplo moral do Duque de Caxias, patrono do Exército Brasileiro, lembrando que ele propôs a paz entre imperiais e republicanos, promovendo anistia total, ampla e irrestrita. "É preciso olhar para a frente e não reabrir feridas." Também fez homenagem aos ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial. "Eles, sim, foram realmente combater o fascismo, na Itália, com o sacríficio da própria vida." Salientando que o Exército mantém a mesma missão e os mesmos valores e ideais, Miotto garantiu que a instituição militar é legalista e cumpre a lei. "É uma das instituições com maior credibilidade no país."

Durante a homenagem, também se manifestaram em reconhecimento aos serviços prestados pelo Exército os vereadores Valter Nagelstein (MDB), Airto Ferronato (PSB), Comissário Rafão Oliveira (PTB), Márcio Bins Ely (PDT), Professor Wambert (PROS), Cassiá Carpes (PP) e Adeli Sell (PT).

Texto: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)