Plenário

Comunicações Temática

Mario Manfro Foto: Lívia Stumpf
Mario Manfro Foto: Lívia Stumpf

No período de Comunicações Temático, que na sessão ordinária realizada nesta quinta-feira (1º/7) versou sobre Síndrome da Alienação Parental, os vereadores da Capital abordaram os seguintes temas:

REFLEXÃO –Engenheiro Comassetto (PT) disse que a Síndrome da Alienação Parental é um novo tema de debate que passou a ser reconhecido pela sociedade. “Este é um problema sério, em que crianças são até assassinadas por rivalidade entre os pais. O mal que ocasionam as crianças e a sociedade são irreparáveis”, disse Comassetto. Ele lembrou que também existem os casos sobre os pais que ainda vivem sobre o mesmo teto e utilizam da mesma forma de agressão. “Não podemos permitir que adultos usem de agressividade no momento de vida mais nobre do ser humano que é a infância”. (LO)
 
SEMANA – Mário Manfro (PSDB) informou que protocolou projeto de lei que institui a Semana Municipal de Conscientização da Alienação Parental. “Todos nós conhecemos famílias em que ocorre alienação parental. Estava faltando um conceito para saber com o que estamos lidando”, disse Manfro. O vereador informou que tramita no Senado Federal projeto de lei que institui penalizações e cria juridicamente forma de punir quem realiza esta prática. “Quem mais sofre são as crianças, e vem em boa hora este alerta, porque sem punição isto passava de forma despercebida”, avaliou. (LO)

FAMÍLIA - João Dib (PP) disse que a alienação parental é mais um problema criado com a desagregação da família causada pela falta de união, de entrosamento e de solidariedade entre seus integrantes. "Aos se separarem, os pais precisam continuar dando atenção e carinho aos filhos." Para Dib, as famílias só podem ser felizes se houver respeito mútuo entre seus membros. (MAM)

DESCONHECIMENTO - Aldacir Oliboni (PT) destacou o fato de que muitas famílias ainda desconhecem a alienação parental e os efeitos que ela tem sobre os filhos. "Vemos muitas crianças doentes, com depressão, por causa da alienação." Oliboni elogiou a Associação Gaúcha Criança Feliz pelo trabalho de esclarecimento que está fazendo sobre o problema. Citou como bom exemplo o folder distribuído pela entidade que traz as principais ações praticadas na alienação parental. (MAM)

DESAFIO - Para André Carús (PMDB), a alienação parental é um grande desafio a ser enfrentado pelas famílias. Observou que a desmoralização da figura do pai ou da mãe interfere na vida da criança e na formação de sua personalidade. "Uma criança vítima da alienação parental tem prejuízos na escola e certamente terá dificuldades para encarar a vida na fase adulta." Carús prometeu enviar ao senador Pedro Simom (PMDB/RS) as notas da sessão de hoje com pedido para que apoie projeto no Senado que torna crime a alienação parental. (MAM)

PLANEJAMENTO - Dr. Thiago (PDT) acredita que o surgimento de ações como a alienação parental é consequência da falta de planejamento familiar. Disse que sua experiência mostra que, quando é dada oportunidade às mulheres de escolherem o método contraceptivo, elas sabem escolher o melhor. "Não podemos negar às famílias o que a medicina oferece de melhor em contracepção." Thiago acrescentou que a ausência de planejamento, além de contribuir para a prática da alienação parental, resulta na drogadição de muitos jovens. (MAM)

PERIFERIA - Dr. Raul (PMDB) concordou com a importância do tema e disse que lida com o assunto da separação de pais e mães há muito tempo nas áreas mais periféricas da cidade. "Lidamos com problemas familiares no dia a dia e sabemos como funcionam", registrou. Segundo ele, foi uma grande avanço lançar em Porto Alegre, o Centro Municipal de Planejamento Familiar, pois contribui muito para que a população compreenda a importância da constituição de uma família e as consequências que isso acarreta para todos. (ES)

RESPONSABILIDADE - Fernanda Melchionna (PSOL) parabenizou o trabalho da entidade Criança Feliz e a campanha contra a alienação parental. Segundo ela, são com intervenções como esta os problemas vão se resolvendo. "Muitas vezes, deixamos os cidadãos resolverem as questões como se não fossem problemas da sociedade ou do Estado. Isso é errado. O Estado é responsável pelo futuro de crianças e adolescentes", afirmou. Conforme Fernanda, é importante continuar com esta campanha, principalmente nas periferias da cidade. (ES)

Leonardo Oliveira (reg. prof. 12552)
Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
Ester Scotti (reg. prof. 13387)

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